finis africae / rio de janeiro / dezembro1986
Arquivo da categoria: fotografia
negativos & positivos (531) [jovelina pérola negra]…
jovelina pérola negra / rio de janeiro / janeiro1987
negativos & positivos (530) [fred & jorge]…
dejótas convidados na festa roNca em copa…
fred 04 & jorge du peixe / festa roNca em copa / janeiro2000
amanhã… que tal?
( :
peça original danificada…
(janeiro1979)
# A cidade submersa que o Chico cantou – ela agora é real #
Nada é pra já, mas um restaurante fecha hoje, um botequim amanhã, e vai se formando aos poucos a cidade submersa de que falava a música de Chico Buarque, aquele Rio de Janeiro em que os escafandristas do futuro mergulharão na busca dos vestígios de uma civilização naufragada. Para que tal não se assuceda, urgem cestas básicas para orfanatos, álcool gel para comunidades ou, como faço agora, boas doses do mais fervoroso paganismo carioca.
É preciso erguer os copos da solidariedade e pagar uma rodada de gim tônica na Casa Villarino, no Castelo, o barco à deriva que na semana passada mandou à cidade uma garrafa com mensagem de socorro. A Zona Sul, com seus charmes e mitos, nasceu naquela mesa ao fundo do salão. Foi onde Tom Jobim conheceu Vinicius, depois abriu a tampa do piano para receber os versos do poeta e juntos, sol, sal, sul, som suave, redesenharam a cidade sofisticada que passamos a amar.
O Rio de Janeiro já foi destruído muitas vezes, e o próprio Villarino está sobre os tesouros jesuítas do Castelo, o morro derrubado justo para evitar pandemias. Surgirão muitas encarnações ainda, como houve a das livrarias da Rua do Ouvidor e dos sambas na Festa da Penha – mas é triste quando a cidade que submerge é aquela que a gente conhece e se sente feliz.
Por isso, na esperança de que muitos façam o mesmo, eu peço, e desde já deixo gurja gorda, uma rodada de salada de batata com kassler ao Bar Luiz – e assim faço tilintar a máquina registradora, a mais linda música a se tocar neste momento no restaurante. O alemão da Rua da Carioca sobreviveu aos ataques dos estudantes antinazistas na guerra e agora balança dramático com a versão 2.0 de genocídio pelo vírus. O que era charme, a arquitetura sem janelas para impedir a rua de lhe bisbilhotar o interior, agora é maldição – e no início do mês lá se foi, também sem janelas, o Mosteiro, um cardápio fundamental para explicar a construção do espírito da cidade.
A história do Rio de Janeiro é um sublime palimpsesto onde um incêndio apaga a boate Vogue, mas logo na quadra seguinte alguém acende as luzes do Sacha’s – e, camada sobre camada, tudo se reinventa pela criatividade intrínseca ao DNA malandro-agulha da cidade. Acontecerá outras tantas vezes. Mas o que eu quero hoje é que o Rio Minho, também ameaçado, perdure na Praça XV e sua sopa Leão Veloso (estou pedindo duas) esquente muitos invernos de nossa apavorada existência. Se um dia ele tiver de ir que não seja agora, nesta mesma temporada em que o Navegador, há 45 anos ancorado no porto seguro da Rio Branco, deixou de se lançar ao mar com os doces alhos de seus cabritos.
É uma tragédia ainda não encerrada, a rapidez com que uma cidade inteira de referências históricas está se pondo submersa. Reina o medo de, finda a pandemia, com tantas perdas, o carioca sair às ruas e desconhecê-las. No passado já se chorou a demolição do Palácio Monroe, o fim da geral do Maracanã, o desmonte do Morro de Santo Antônio. Teme-se agora perder a fina baixa gastronomia da empada de camarão do Salete, de igual relevância para nos explicar. Uma cidade se faz do conjunto de seus símbolos. Não é um cardápio, é um discurso de civilização. Não é uma empada, é o Pão de Açúcar sobre a mesa. A propósito, garçom, me traz uma dúzia.
Joaquim Ferreira dos Santos
por incrível que possa parecer, fechando o dominguinho com uma gargalhada…
acho que pode ser uma boa, daqui pra frente, fechar os dominguinhos sempre com uma gargalhada. que tal? será? só rindo? sorrindo?
phil collins pra começar…
rio de janeiro / maio1977
negativos & positivos (528) [rod “the mod”]…
rod “the mod” stewart / copacabana (rio) / janeiro1978
a bula do #397 com kassin e outros tantos…
Lee Perry – Who You Gonna Run To
Kassin +4 – O Seu Lugar (ao vivo no roNca)
The Shins – Sleeping Lessons
Squarepusher – My Red Hot Car
Kassin +4 – Esquecido (ao vivo no roNca)
Lanny Gordin & Max De Castro – O Homem Que Matou…
Marianne Faithfull & P.J Harvey – My Friends Have
The Flying Burrito Brothers – Wild Horses
Kassin +4 – Quando Nara Ri (ao vivo no roNca)
marcelo “caipirinha” em correspondência selada, direto de leeds (UK)
Kassin +4 – Água (ao vivo no roNca)
João Donato – Coisas Distantes
João Do Vale – Carcará
Cidadão Instigado – A Noite Do Espantalho
Kassin +4 – Água (ao vivo no roNca)
Lightnin Rod – Doriella Du Fontaine
mulheres que dizem sim – “momento macho” (ao vivo no roNca, imprensa fm, 14abril1999)
domenico +4 – Futurismo (ao vivo no roNca)
joão brasil – baranga (parte)
Of Montreal – Gronlandic Edit
Kassin +4 – Homem Ao Mar (ao vivo no roNca)
Suicide – Johnny
Kassin +4 – Ponto Final (ao vivo no roNca)
Kassin +4 – Tranquilo (ao vivo no roNca)
Gabor Szabo & Kassin +4 – Gybsy Queen
marcelo D2, aori & marechal – “o voo dos dragões” (ao vivo, imprensa fm, abr1999)
ouça AQUI o programa
pelé, o único rei…
sabe o tipo de pessoa que você fica admirando de longe? que você acompanha o picado manso da criança singrando pela calçada? que quando está perto a gentileza toma proporções avassaladoras, hein? malemolência incomum, olhar que perfura cofre de banco, manja? ninguém que saiba portar a camisa do vasco com tamanha autenticidade e beleza, sacumé?
pois bem, em tempos de massacre total, não mais terei essas doses de felicidade que há anos me acompanhavam… soube ainda agora (são 16:30) que – há uma semana – perdemos pelé, o mago dos óculos, o gentleman verdadeiro de um bairro que não mais existe (ainda mais agora).
ficou um mês entubado pelo mocorongo, resistindo, saindo na porrada diária com os genocidas que infectam a tudo e a todos.
buraco, sodade, que falta da porra
) :
sabe quem tá soprando velinhas hoje, né?
samuca…
cheers
( :
ainda siouxsie & the banshees no monte líbano, 1986…
siouxsie sioux & seus bluecaps entortaram a alma d’aTRIPA com a lembrança da passagem deles pelo clube monte líbano, no rio, em 1986.
na escavação dos negativos desse show, apareceu essa imagem que eu NUNCA tinha visto. i repeat, NUNCA TINHA VISTO…
exatamente, xeretinha captou a rapeize fissuradex em suzana & os baixinhos coladona na grade em frente ao palco do monte líbano… D+D+D+D+
alguém se reconhece aí? hahahahaha… periga, hein?
e nessa onda de momentos inoxidáveis, chegou (hoje) o pombo de nosso querido vasco (é o maravilhoso nome dele)…
Assunto: Sioux
“Fala Maurição!!
Saúde!!
Cara me emocionei em ver o positivos e negativos da Siouxsie and The Banshees!
Porra eu estava exatamente do teu lado mas não te conhecia.
Show vazio e histórico. Eu tinha 17 anos.
Abração!
Cheers my friend!!”
Vasco.