pelé, o único rei…

sabe o tipo de pessoa que você fica admirando de longe? que você acompanha o picado manso da criança singrando pela calçada? que quando está perto a gentileza toma proporções avassaladoras, hein? malemolência incomum, olhar que perfura cofre de banco, manja? ninguém que saiba portar a camisa do vasco com tamanha autenticidade e beleza, sacumé?

pois bem, em tempos de massacre total, não mais terei essas doses de felicidade que há anos me acompanhavam… soube ainda agora (são 16:30) que – há uma semana – perdemos pelé, o mago dos óculos, o gentleman verdadeiro de um bairro que não mais existe (ainda mais agora).

ficou um mês entubado pelo mocorongo, resistindo, saindo na porrada diária com os genocidas que infectam a tudo e a todos.

buraco, sodade, que falta da porra

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