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a décima…

o sorridente aqui acima é marcelão saindo da décima feira de vinil (carioca) que rolou, ontem, no bennet.

o caboclo é um dos maiores trafican… (ops!) (sorry!) colecionadores na cidade de são sebá.

portanto, é bem mais difícil ele se satisfazer numa feira que um principiante, procede?

 marcelão tem “tudo”… de “tudo”: samba, trilhas, jazz, rock, afro, eletrônico, chorinho, maluquices, folk, prog, kraut & cia ltd!

mesmo assim, ele arrematou pra lá de SETENTA discos… claro, deixou um dindim forte mas saiu felizaço aço aço!

o importante foi a imensa oferta de pepitas encontrada!

quer dizer, o mais importante mesmo foi notar a mudança de público na feira.

se nas primeiras a clientela foi, majoritariamente, a tchurma cascuda/rodada… a de ontem estabeleceu, definitivamente, uma novíssima faixa etária de caçadores sonoros… e, ainda melhor, uma platéia feminina numerosa!

que essa rapeize mantenha o interesse… e não deixe tudo escorrer pelo ralo do hype (ARGH!)!

ainda o bruxa…

o fogão havia tomado uma piaba de quatro a zero, sei lá de quem…

ao sair de campo, nosso ídolo foi abordado pelo repórter da rádio:

– marinho, como você explica essa derrota?

e Ele:

– vou explicar em apenas duas palavras – E RREI

bruxa solta…

marinho “bruxa” chagas

(1952 – 2014)

) :

marinho sempre foi um poço de histórias, risadas e galhofas… um autêntico fanfarrão… e Craque!

lá pelos tempos da copa de 1974, talvez nos preparativos, a seleça estava concentrada no hotel das paineiras…

que fica no caminho pro cristo redentor, no meio da floresta da tijuca… onde o acesso é através de vias muito estreitas

com espaço, em alguns pontos, para apenas um veículo.

pois bem, parte dos canarinhos entrou numa kombi para ir treinar…

e na descida, no trecho mais estreito, mais perigoso, mais colado à ribanceira, marinho – sentado bem atrás do motora – gritou:

VOO CEGO!

e tampou com as mãos os olhos do motora!

pânico na kombi, gritaria, morte à vista… e marinho às gargalhadas!

o bruxa!

antonio, os beatles e os pregos…

 meu chapa antonio estava felizão por ter conseguido tirar a carteira de motora.

desde o início da semana o caboclo transpirava ypioca…e  o gerente da pastelaria já tinha avisado:

– toni se você continuar a encher a cara, vai rodar do emprego

mas toni estava pra lá de feliz com a CNH.

imagina, 18 aninhos, cheio de gases… só alegria.

acontece que, ontem, toni mandou um email soltando prego enferrujado pelas ventas.

tudo por conta de um lance que viu no globo.com sobre “liderança que devemos aprender com os beatles” (!!!!!!!!!!???????).

a felicidade de toni desceu pelo ralo, acabou!

do alto de sua inoxidável juventude, ele soltou a língua na mulambalização do conhecimento… da vida!

mas pediu para que eu não mostrasse o pombo enviado.

anyway, anyhow, anywhere… segue o motivo de tanta desesperança:

.

– Cinco lições de liderança que aprendemos com os Beatles

Cerque-se de pessoas com talento

“Os Beatles eram incrivelmente talentosos, mas não conquistaram o sucesso sozinhos. Eles contavam com ótimos produtores e equipe, que incluía o produtor musical George Martin e o promoter Ed Sullivan. Apesar de reconhecerem suas próprias forças, também estavam cientes de suas fraquezas, e reconheciam que precisavam dessas pessoas para superá-las. E você, está cercados por jogadores Classe A? Se o seu ciclo está repleto de pessoas talentosas, então está no caminho certo.”

lista amiga & outras “pragas”…

coincidentemente, a volta da festa roNca roNca ilumina as duas décadas do embalo na pista…

na realidade, 22 aninhos… já que, com o nome roNca roNca, a bola começou a rolar em 1992, na torre de babel!

tempo pra meirelles… portanto, com tanta História no lombo, deixamos muitos cacos pela estrada.

por exemplo:

– nosso produtor foi o inventor da tal “lista amiga”… que se transformou numa praga, nacionalmente!

– a mistureba que sempre usei para sonorizar a festa (re)conhecida na época como “som eclético”… se transformou numa praga, nacionalmente!

evidentemente que misturar estilos nunca teve nada de inovador… só que, no início dos anos 80 (na flu fm) e dos 90 (com a festa roNca), não eram muitos os que seguiam por esse caminho. na noite, ou no rádio, tudo era bastante segmentado… cada macaco no seu galho.

pouquíssimos pulavam de galho!

dejóta eclético, hoje,  é sinônimo – em 98% dos casos – de som ruim… daqueles que misturam naldo com daft punk, poposuda com LCD, beatles com gaby amarantos  … achando que estão na crista da onda, transgredindo… e seguem:

balão mágico com los hermanos, ivete com titãs… a noite toda, tortura brutal, metralhadora sinistra…

e, se bobear, no tsunami afro-beat, metem fela com claudinho & bochecha…

qualquer coisa é qualquer coisa… a betoneira desgovernou total, lascou!

mais uma “criação” do roNca:

– o uso de “a festa” junto ao nome roNca roNca… fato que virou uma praga, nacionalmente!

atualmente, 99.6 % das festas usam “a festa” colado ao nome.

claro, sempre, de um jeito superlativo, tipo dizendo “a nossa festa é a fodona”, procede?

só que no caso do roNca, “a festa” sempre foi usado – graficamente – para separar de “o programa”… simples assim.

uma coisa é uma coisa… outra coisa é outra coisa!

( :

negativos & positivos (77) [ronnie lane]…

antes do show começar, ronnie – acompanhado pela mãe (desencapadaça) – circulava pela platéia do teatro.

fui comprar um biricotico… e, na fila, ao olhar pra trás, quem estava colado a mim?

RONNIE LANE

PQParille, no que dei de cara com Ele torci muito pro diabo da fila demorar muito… mas ela andava, rápido.

no que olhei de novo, Ele estava com uma nota de cinco libras na boca… quase me mijei de tanto rir.

caraca, como essa imagem é cristalina para mim!

ronnie sempre foi um exemplo de tudo o que a música pode nos trazer de melhor.

há uns anos, numa ação da loja totem / fred d’orey, foi mostrado o documentário “the passing show” num lugar em copacabana.

o filme acabou, o local esvaziou… e o blublu não parava, fui expulso pela faxineira à vassourada… fueda!

ronnie é desses caras que sinto sodade como se fosse de um amigo muito próximo… de lascar! (vai entender!!!!)

UFA!

no teclado, ali embaixo, está ian stewart (dos stones)…

ronnie lane / the venue (londres) / fevereiro1981

negativos & positivos (76) [bob marley]…

mas que partida, ontem, em lisboa, hein?

ainda no clima da decisão européia – e respondendo aos pedidos d’aTRIPA – volta ao poleiro um dos

maiores peladeiros que já passaram pelo planetinha, o nosso camisa10…

Ele, robert nesta marley!

relembrando:

essas imagens da xeretinha foram registradas na célebre pelada no campo de chico buarque, na barra da tijuca (rio).

bob veio ao brasa para o lançamento da gravadora ariola que representaria o selo island de propriedade de chris blackwell,

cidadão inglês/jamaicano que tirou nosso ídolo dos guetos de kingston.

a xeretinha foi chamada, pela ariola, para documentar a presença de marley no rio de janeiro.

ficamos colados durante as poucas horas Dele em solo auri-verde… papo de dois dias apenas.

muitas dessas imagens correm o mundo… algumas creditadas outras anonimamente.

umas das mais conhecidas e que já passou várias vezes aqui pelo tico é…

e que virou bandeira da torcida santista… muito orgulho!

( :

quem tem um sorriso como este?

bob marley / campo pelada chico buarque / barra da tijuca (rio de janeiro) / março1980

wilko+roger…

PQParille… recentemente, wilko passou por uma operação barra-pesada… mas segue chutando o pau da barraca!

daltrey foi iluminado ao fazer esse disco com o guitarrista do dr. feelgood…

é incrível como ele se transforma sem o peso de carregar o the who nas costas… fica levinho, soltinho… fueda!

destaque para a presença do SUPER MEGA baixista norman watt-roy (ex-blockheads de ian dury)

D+!

aTRIPA relata os dois fatos mais cascudos da atualidade…

o viradão paulistano por ferraz…

Fala MauVal!

Não deu outra, a turnê do magic bus da Rural pela virada cultural foi sucesso absoluto! ahaha O busão deixou a gente em frente a pinacoteca. 40 ruralinos doidos para acender um durante 6 horas de viagem sem poder abrir a janela. Daí em diante fui com a Polly procurar um lugar para deixarmos as mochilas, tomar banho e desbravar o centro velho de SP com aqueles prédios ocupados pela FLM em todo canto. Achamos um hotel ao lado no palco do heavy metal na av. São João. ahaha Fez pouca diferença porque não dormi quase nada e ainda tinha café da manhã no domingo! Antes de começar os shows fui atrás das lojas de disco no centro. Fui na Locomotiva e em algumas outras lojas daquela galeria, a Big Papa estava fechada. Também passei pela galeria do rock para conhecer a baratos e afins que é cara “para meireles” como você diz. As outras que você indicou vou conhecer em outra oportunidade. Comprei o Passo Torto em vinil, a edição de Sorrow, Tears and Blood da goma gringa e o Sintoniza lá do B Negão também em vinil. Numa das lojas locomotiva tinha os dois discos da Gal de 69 em vinil, o primeiro por 120 e o segundo, 190. Deixei pra lá.
Foi então que deixei os discos no quarto e me mandei para o show do Ira! Não vi nenhum arrastão durante o show, mas quando esbarram num energúmeno que estava do meu lado cheirando talco johnsons baby, o pau quebrou em casa de noca bonito.
Saí fora pouco antes do fim do show para acompanhar Juçara Marçal tocando as músicas do Encarnado! A banda era, além dela, kiko Dinucci, Rodrigo Campos e um camarada na rabeca que eu não recordo o nome. Então, depois de umas Originais ultra geladas numa padaria safada, fui com Polly para o Municipal para acompanhar o Ednardo. Chegando lá, um casal gay, dois coroas, nos abordaram perguntando se queríamos ingressos do Ednardo. Sem esperar a resposta, sacaram dois ingressos e duas pulseiras azuis sem pedir nenhum favor sexual em troca. Não conhecia nem o Ednardo, nem o disco dele, fui por indicação precisa do Otaner. D+ o som, coisa fina. Não me lembro de ouvi-lo no programa, mas tenho impressão que você já tocou. Depois do velhinho cearense fiquei no dilema Cidadão Instigado tocando Dark Side ou Bomba Estéreo ou cama. Adiei a terceira e fui na primeira. Muito bom, estavam inspirados!
Então dormi, e quando acordei decidi com Polly que o domingo seria de experiências antropológicas. Vi o finalzinho do show da Márcia de Castro e depois fui ouvir Bach no órgão da igreja de são bento. Daí, assisti Curumin tocando Bill Withers no disco Still Bill. O ônibus sairia 18h e eu não queria sair no meio do show da Céu cantanto Bob Marley, então deixei o gran finale do domingo antropológico para o largo do Arouche com a pensadora contemporânea Valesca Popozuda. A mulher pisou no palco e começou a chover granizo!!! Isso é sinal do(s) tempo(s), Mauval? Idos de maio? Praga de paulista? Foi um corre corre danado, consegui logo um lugar para me abrigar com Polly. A apresentação terminou logo depois junto com o resto da virada. Acho que nem a Céu subiu ao palco. Indo para o ponto de encontro do ônibus passei pelos palcos vazios.
Só me restou voltar ao ônibus, mas antes parei em mais um botequim vagabundo para comer o famigerado churrasco grego. Nisso o dono do boteco levava um sabão da mulher que o acusava de traição e o cara que preparava o sanduba endossava a situação dizendo que ele era corno também! E quem não, é?
Levantei acampamento e cheguei em Serops (Seropédica) uma da madruga. Bem, não acompanhei noticiário sobre a Virada, mas entre mortos e feridos salvaram-se todos os ruralinos pelo menos. Tinha muita PM e guarda municipal nas ruas, imagino que eles sufocavam logo qualquer “problema”. Imagino que nos shows para muita gente na praça Julio Prestes, onde o Ira! tocou, é que teve mais arrastões no meio da multidão. Mas dessa furada aí, eu fiquei de fora.
abração,”
ferraz
##########
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e o depoimento de prof. selvagem, ontem, no clássico do futebol mundial: vasco X sampaio corrêa, em teresina!!!
como listradinho convicto, prof. selvagem esteve antropologicamente no embate.
além das fotocas, remeteu – apenas – as seguintes letrinhas:
“a parte funda do poço… mas que pelada, mamãe”
the wild

negativos & positivos (72) [erasmo carlos & a bolha]…

meu coração está despedaçado…

não só pela absurda subida de gugu mas pelas imagens de erasmo na despedida do filho!

PQParille… que dor brutal!

poucas vezes cruzei com erasmão… mas a atmosfera de nossos encontros fotográficos sempre foi inoxidável.

tanto, que a xeretinha conseguiu captar momentos incomparáveis… olho no olho, só a xerê e ele.

mas nessa hora tão devastadora para nosso ídolo, quero relembrar algo mais distante.

eu estava na platéia… num dos muitos instantes em que ele

mergulhou fundo no tal do rock’n’roll… à vera, a sangue frio, alternativaço, barra pesada…

erasmo carlos & a bolha / museu de arte moderna (rio de janeiro) / janeiro1977

formação da bolha:

pedro lima (guitarra), renato ladeira (teclados), lincoln bittencourt (baixo),

marcelo sussekind (guitarra) e sergio herval (bateria)

mississippi river & o maNto pegando um solzinho…

Assunto: Mississippi River
“Eu ia tirar uma superfoto no ponto em que Jeff Buckley partiu.  Só que a desorientadaça aqui achou que tivesse perdido a camisa do Ronca em Memphis (até que seria um excelente lugar para deixar a marca do Ronca, né não?).

Fiquei muito desolada por uns dias. Logo essa camisa, special edition, copa 2006, que tem tantos momentos especiais…

Eu andava com ela pra cima e para baixo, criando coragem para ir ao local em que JB foi visto pela última vez e então fazer a foto. Você sabe, eu amo Jeff Buckley e o fato dele ter morrido em um local extremamente importante para a música planetária e para os meus ouvidos e alma me deixou ainda mais desorientada.

A coisa boa é que eu achei a camisa tempos depois. Ela estava dentro de um pacote amortecendo souvenirs musicais.

A foto como eu imaginei ficará pra próxima. É certíssimo que repetirei esta viagem musical, pois não deu tempo pra fazer tudinho que eu queria.

Anyway, anyhow… segue o “resistro”…

Tatiana