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amigos em portugal (ou amigo em lisboa)…

o chapa vascão (sim, o nome dele é vasco e – claro – é um apaixonado pelo clube homônimo) está em lisboa nesse exato instante… antes de cruzar as tormentas, perguntou se eu queria alguma coisa de lá… HAHAHAHA… é o mesmo que indagar se o deputado aceita uma propininha.

enfim, jah que ele estava indo para lisboa, nada melhor que tentar (mais uma vez) conseguir o disco (em vinil original) “amigos em portugal”, gravado pelo durutti column e lançado – exclusivamente – pelo selo fundação atlântida, em 1983.

há no mercado algumas edições recentes tanto em cd quanto em vinil.

well, well, well… leia-se vini reilly onde você encontrar escrito durutti column… o gênio de manchester que segue, há anos, como a reserva moral da humanidade…

Reilly was born in Heaton Park, Higher Blackley, Manchester,[3] and raised in Withington, Wythenshawe[4] and Didsbury, all also areas of Manchester. His father was an engineer who did not allow his five children to watch television.[4] His death saddened Vini, who was 16 at the time, and laments it today because he didn’t admire[5] or know him enough.[6] As a child, he played a lot of football, and was even offered a trial for Manchester City F.C., but he declined, opting to concentrate on music.[4][6]

His first recorded work was Ed Banger & The Nosebleeds‘ “Ain’t Bin To No Music School”.[5]

Reilly was Tony Wilson‘s first signing to Manchester’s iconic label, Factory Records. Reilly’s music is respected by fellow musicians and those in the music industry, with Brian Eno citing Reilly’s album LC as his all-time favourite album[4] and former Red Hot Chili PeppersJohn Frusciante stating that Vini Reilly is “the best guitarist in the world”.[7]

Reilly arranged music and played guitar on fellow Manchester artist Morrissey‘s first post-Smiths album Viva Hate in 1988. Reilly has also recorded with artists including John Cooper Clarke, Pauline Murray, Anne Clark, The Wake, Richard Jobson, Quando Quango, Craig Davies, Swing Out Sister and Holly Johnson (on his 2014 album Europa). He also attempted to produce the Happy Mondays‘ debut Forty Five E.P., but found that he simply could not work with the band.

In September 2010, Reilly suffered a “minor” stroke which made him lose “some feeling in his left hand”.[8][9] Despite this, in February 2011 it was reported that he is working on a new album.[10] The new tracks are slower because after the stroke he cannot play as fast as he used to.[11] In January 2013, Reilly’s nephew made an Internet appeal on his behalf for donations because the guitarist had debts for unpaid rent from the time between his strokes and his assessment for disability benefit. Fans sent £3,000 within a day and Reilly was reported to feel that their generosity had “lifted the weight of the world off his shoulders”.

para fechar o assunto, a fotoca de vascão (ainda na terrinha) com a criança…

vasco

louvado seja vini reilly…  e o vasco

cheers

( :

tia aninha, tô chegando…

fant

Assunto: fantasmas

“caro mauvall,

já estou feliz pacas por conta deste inédito título do fantasma, e aí vejo a homenagem espontânea do ronquinha… meu amigo, fico sem saber onde colocar meu coração.
MUITO obrigado, vc e o RoNca sempre foram legais conosco: desde aquela vez do título de 2015, sempre dando espaço ao fantasma com o devido respeito que merecemos!
pouca gente na imprensa nacional (e entre os torcedores de “times grandes”) deu o devido e merecido destaque para essa conquista. muita gente foi até jocoso e irônico – “campeão da série D?”, com um risinho meio complacente… pobres mortais… – mas o RoNca é parceiro, e sabe compreender a grandeza e a importância dessa conquista.
ouso dizer, do alto de meu orgulho e felicidade de torcedor que cresceu vendo o fantasma levar porrada, ser humilhado, passar por décadas de complexo de vira-latas, que essa conquista não foi apenas do operário ferroviário, mas sim, do futebol nacional.
é engraçado – eu vi alguns jornalistas da grande imprensa falando de sua surpresa por Ponta Grossa estar toda tomada de paixão e alegria, contaminada com essa conquista inédita e cabriocárica, mas pensei comigo: o espanto é deles, porque pra mim, não tem nada de espantoso. eu nasci vivenciando essa loucura.
a torcida operariana é e sempre foi apaixonada, fanática e que se dane o mundo. e quem não entende isso, bem, “perdoai-os, eles não sabem o que fazem”, nem o que estão perdendo.
somos um time pequeno (nem tanto, a partir desta conquista nacional), mas temos orgulho de nossa história, da história do operário ferroviário e até mesmo das presepadas que marcaram nossa trajetória – dá pra fazer uma lista, mas acredito, de verdade, que tenham ficado no passado e que o clube assuma uma posição mais profissional e comprometida, a partir de agora.
com todo o respeito por todas as outras apaixonadas torcidas, penso, sinceramente, guardadas as devidas proporções, que nossa torcida não deixa nada a dever  às grandes torcidas dos clubes do brasil.
no paraná, podem me crucificar, mas não há torcida mais apaixonada. a dupla atletiba tem grana, destaque, mídia, badalação, mas não tem a paixão que só torcer por um clube como o fantasma pode exemplificar.
não querendo ser jocoso nem nada, mas o fantasma era até 2015, junto da ponte preta, o último dos centenários tradicionais ainda sem  títulos expressivos.
espero e torço para que a o clube de campinas ganhe um título, porque eles merecem, sem dúvidas, pela história, pela torcida, pela tradição, e eles precisam disso, tanto quanto nós precisávamos.
entretanto, por essas contingências que só os deuses de pernas tortas do futebol poderiam explicar, a macaca ficou com o a última virgem centenária do futebol brasileiro. fazer o quê… dessa pecha, pelo menos, o fantasma se livrou.
finalizando, saiba que eu considero você um operariano honorário, um amigo simpático à causa, mesmo sabendo que você é vascaíno de coração, e que isso não precisa mudar.
um dia, espero ter o prazer de ser seu cicerone em PG, onde será uma honra guiá-lo pelos caminhos e histórias da antiga rede ferroviária e seus operários, que se confundem com a história da minha família, do meu avô (que se tornou um legítimo “operário ferroviário”, ao iniciar sua vida de trabalhador nas oficinas da rede, em 1914, dois anos depois do fantasma ser fundado oficialmente), quem sabe te convidar para um almoço na casa da minha tia aninha, que ainda vive na casa que ele construiu nos anos 1920, e que fica literalmente ao lado do estádio – lugar místico, onde eu passei bons momentos e de onde tenho deliciosas lembranças.
e a gente terminaria esse tour princesino e operariano com um belo chope na choperia do tito.
pode parecer um sonho ou uma ideia vaga – mas até um ou dois anos, eu pensava que era um sonho, uma utopia, poder dizer “OPERÁRIO FERROVIÁRIO CAMPEÃO BRASILEIRO”.
se isso aconteceu, qualquer coisa pode acontecer.
(pra falar a verdade, acho que estou sonhando acordado).

um abraço,”

andré

(foto de luiz estacheski)

Rádio…

ab05835.jpg

.

as estrogonóficas letrinhas do murilo (no post anterior) me empurraram a dividir com você uma inédita experiência radiofônica.

murilo disse que o programa da globo tem uma vibe menos relaxada que o roNca mas que cumpre a função dele (programa) por estar em sua plataforma de origem: o rádio.

como já mencionei antes, o convite de voltar à rua do russel 434 trouxe uma felicidade gigante ao meu coraçãozinho e – acima de tudo – a certeza de me comunicar com uma audiência com outra afinação da que habitualmente está a bordo do roNca.

a diferença básica entre os dois programas é que o roNca é o nosso programa… e o “em cartaz” é o programa que faço para o sistema globo de rádio… simples assim.

uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa… mas acho muito viável que, um dia, as duas poNtas cheguem a ficar bem próximas.

atualmente, os maiores obstáculos para essa total parceria são: o tempo do programa (uma hora) e os intervalos “comerciais”… se essas barreiras não existissem, roNca e “em cartaz” ficariam olho no olho… mas, sempre, com a certidão de nascimento do segundo estampando SGR… hahaha!

o mais importante de tudo – e aqui vai o fato da desconhecida experiência radiofônica – é o corpo a corpo que tenho travado, via SGR, com uma audiência que está COMPLETAMENTE distante da web… isso, uma enorme quantidade de pessoas que não utiliza as ferramentas do novo mundo para ouvir música.

resumindo,  em junho, quando – coincidentemente – o roNca foi para o freezer e comecei o programa na globo, passei a ser ouvido por uma frenética torcida que nunca soube da existência de roNca roNca ou de qualquer outra ilha de informação musical nas “nuvens”.

acredite, fora desse nosso universo digital existe uma galáxia de interessados em sons que se deixa seduzir por novidades de uma forma muito mais direta, pura… de coração aberto.

desde os mais remotos tempos no dial, antes mesmo da Oi FM, que não tenho ecos da audiência sendo ejetados de açougues, táxis, bancas de jornal, botequins, das ruas…

– maurição, chorei com adelzon… foda o fleet foxes. bnegão é nosso rei

D+D+D+D+D+D+D+D+

acredite, o Rádio está vivo… e manter essas duas linhas de atuação, para mim, é uma experiência inédita e cabriocárica!

( :

adelzon alves no SGR#12, hoje, às 23h, no dial e web…

o Rádio em sua forma mais verdadeira e inoxidável, logo mais, às 23h, na rua do russel 434… um programa que será cravado a fogo em nossos corações… e que, sem nenhuma dúvida, restará sobre o solo terrestre junto com as baratas e os discos de vinil depois do apocalipse… que, segundo adelzon, será mental (isso, o apô verdadeiro que vem aí fará a humanidade deixar de pensar. mamãe!). portanto, tudo faz mais sentido ainda.

são salvador…

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imperdível

rádio globo AM, FM e web

98.1FM rio, 94.1FM são paulo, 97.1FM recife, 102.1FM santos

cheers

(fotografia de carlos alberto)

lembrando (sempre) que adelzon alves é o responsável pela existência artística de paulinho da viola, martinho da vila, nelson cavaquinho, cartola, joão nogueira, dona ivone lara, djavan (ele mesmo), os tincoãs, clara nunes, jovelina perola negra, zeca pagodinho, bezerra da silva, candeia, roberto ribeiro e trocentros outros autores e intérpretes… além de ter aproximado – no programa – os gigantes jackson do pandeiro e luiz gonzaga!

a piscina dos sonhos (ou é deus, mamãe)…

como se trata de algo totalmente inusitado e Histórico, vou começar a esquentar a fogueira antes da hora…

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este é o mitológico radialista adelzon alves, citado – desde sempre – como uma das minhas três principais influências no rádio… junto com big boy e john peel.

pois bem, depois de anos e anos admirando – à distância  – a trajetória de adelzon, surgiu a oportunidade de fazer contato com a leNda… mês passado, estive duas vezes no programa dele (foto acima) e amarramos a visita do monumento ao meu programa na rádio globo… ou seja, acertamos o retorno dele à rua do russel 434 de onde saiu no final dos anos 90.

papo pra lá, papo pra cá (contando com a logística do chapa carlos alberto), conseguimos juntar as pontas e… terça que vem, dia 5etembro, às 23h, na rádio globo AM – FM – web, adelzon alves estará com a gente.

é a realização de um sonho pessoal… a parte mais profunda da piscina radiofônica onde ousei mergulhar, minha mais inoxidável ação sonora em todos os tempos… e, acima de tudo, algo que será lembrado – para sempre – por todos que tiverem seus sentidos atropelados pela magia de adelzon.

amém

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pra escolher…

escolha

você acha que a imagem acima é:

– inauguração de uma nova cervejaria artesanal

– demonstração de design quântico

– briga de dois vendedores na praia

– teste de som para a volta do roNca roNca (com programas inéditos)

– reunião da oposição do vasco

– venda de ingressos para a final da copa do brasil

respostas para programa@roncaronca.com.br

cheers

roger, pete, keith, john…

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(paris, parc des expositions, fev1974, lançamento de “quadrophenia”)

ótima entevista, hoje no globo, com roger daltrey feita por eduardo graça em los angeles… entre os muitos destaques, a lembrança de keith moon e john entwhistle:

Do que você mais sente saudade quando pensa em Keith e John?

Não é, por incrível que pareça, da genialidade musical deles. Nos últimos anos de cada um, sejamos honestos, Keith estava muito louco, foi triste, perdeu a habilidade física, caiu da posição de melhor do mundo para algo irreconhecível. Já John ficou completamente surdo no fim, tocava o baixo muito mais alto do que deveria. Sinto falta mesmo é da personalidade, da companhia dos meus dois amigos. Eles eram hilários. Keith foi, de longe, a pessoa que conheci mais interessada em fazer o próximo rir. Muitas vezes eu tinha de fugir dele para não fazer xixi nas calças de tanto rir. E o John era de uma inteligência cômica singular, às vezes deliciosamente maldosa. Sinto falta do humor negro dele, mas isso também poderia ser um inferno. Éramos, nós quatro, no fim, amáveis inimigos. E tem uma coisa que você me fez pensar agora, no aspecto musical…

Que é?

O Zak tem a personalidade dele, claro, mas não dá para esquecer que o Keith foi quem deu a ele o primeiro set de bateria. Ele era menino, pré-adolescente, e o Ringo havia se separado da Maureen (Starkey, 1946-1994). Foram anos duros para nós todos, e Keith foi, para dar uma mão, muitas vezes, babá do Zak. E o Zak sobreviveu! (risos). O resultado é que o jeito de tocar bateria de Zak tem, sim, muito a ver com a do Keith, e nossa história continua.

daltrey.tico

(paris, aeroporto de orly, fev1974)

silvinho da portela, caçulinha & “preto e branco”…

entre as muitas razões que me levaram a encontrar adelzon alves (na quinta feira), estava o desejo de passar para o monumento o livro “preto e branco”…

adelzon.livro.tico

no que adelzon começou a folhear o dito cujo, instantaneamente, ao se deparar com determinada imagem (eu preferi não ver por onde ele estava passando os olhos), bradou:

– silvinho da portela

aí, claro, pulei em cima para saber qual fotografia exibia silvinho da portela…

silvinho

HAHAHAHAHA… que momento… adelzon tascou o dedo no cidadão de chapéu que há 40 anos (a foto é do carná de 78) alimenta nossa imaginação… e repetiu:

– silvinho, puxador de samba da portela por muitos anos

pra confirmar a gloriosa identificação, perguntou a caçulinha (assistente do programa e VIOLONISTA de PIXINGUINHA) que assinou embaixo:

– silvinho da portela

mamãe, que noite… que lendas, que Histórias!

xeretinha, evidente, pirou com caçulinha…

caculinha.tico

cheers

lembrando A carta de um ano atrás…

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pela volta de adelzon à rádio nacional e que deu resultado…

–  Caros doutores Roberto Marinho e Assis Chateaubriand.

Escrevo aos senhores, que foram donos do Brasil e tiveram os políticos sob seus pés – os maus políticos, vá lá, o que tornou suas biografias ainda mais interessantes -, bom, escrevo aos senhores como um último recurso.

Adelzon Alves, 76 anos, 77 daqui a pouco, 55 deles à frente de microfones de rádio, o nosso Adelzon, patrimônio da radiofonia brasileira, profissional que, de modo sobrenatural, consegue reunir excelência e bondade, o Adelzon, enfim, está fora do ar desde a última terça-feira, 20 de de julho.

Isso é um absurdo. Peço a ajuda dos senhores.

Na verdade, já era quarta quando foi ao ar pela última vez. Porque, como os senhores devem se lembrar – mais ainda o doutor Roberto, que foi patrão dele -, Adelzon é o “amigo da madrugada”. Apresenta, com este nome, “Amigo da Madrugada”, um programa desde 1966.

Caso o doutor Chatô não recorde, pois se foi daqui em 1968, e só conviveu dois anos com o sucesso do Adelzon, rogo ao doutor Roberto que confirme a minha descrição. Adelzon Alves é o principal radialista da história da MBB (Música Boa Brasileira). Trabalhou na Rádio Globo por 26 anos. Teria saído de lá (perdoe a indiscrição, doutor Roberto) depois que um sambista cismou de criticar a construtora Odebrecht no ar.

No dia seguinte, segundo relato de gente da época, o Adelzon nem da portaria da emissora da Rua do Russel 434 pôde passar. Águas passadas, doutor Roberto, o tempo as absorve e as absolve – e desconfio mesmo que o senhor não permitiria coisa assim hoje em dia, se por aqui ainda estivesse.

Adelzon é um homem pobre, espero que ele releve a minha inconfidência. Vinha ganhando um salário inacreditável na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), braço do governo federal a que a Rádio Nacional, onde ele trabalha, está submetido.

Aliás, trabalhava. O contrato furreca dele, de R$ 5 mil mensais brutos, não descontados o que ele paga mensalmente de ISS e a um contador, expirou dia 20 – e a EBC não quis renová-lo. A estatal alegou que o país está em crise, que o orçamento da emissora anda prejudicado, e expurgou o nosso “amigo da madrugada”.

Doutor Roberto, doutor Chatô, não duvidem de mim. Adelzon, que nem celular tem, nunca tirou férias, nem descansou em feriado. Mora na Pedra de Guaratiba, bairro humilde da Zona Oeste do Rio, e, até anteontem, ia trabalhar todas as noites de trem. Tomava um ônibus até Santa Cruz, e dali embarcava no comboio da SuperVia.

Na volta, depois de três horas de programa, da meia-noite às 3h, caminhava até a Central do Brasil pra pegar um BRT. Chegava em casa às 5h da manhã. Nunca reclamou disso. À família, sempre disse ter um compromisso com a “música brasileira verdadeira”.

Peço ajuda aos senhores pra que intercedam, daí, de onde estão agora, e este crime de lesa-música seja revertido.

Em plena era das descobertas de imensas corrupções, quando milhões de reais públicos são desviados pra contas na Suíça, e outros bilhões igualmente nossos financiam as Olimpíadas do Rio ou maluquices como a Hidrelétrica de Belo Monte, não é possível que não haja R$ 5 mil no orçamento da EBC pra manter no ar o programa do Adelzon.

Nesta segunda-feira, 25 de julho, ao meio-dia, uma roda de samba promete se formar na Rua Gomes Freire, Centro velho do Rio, em frente ao prédio da EBC, num protesto contra atitude tão mesquinha de subalternos do governo provisório de Michel Temer.

Doutor Roberto, doutor Chatô, os senhores, que foram donos do Brasil e souberam como ninguém criar e conduzir o poder das rádios, os senhores precisam nos ajudar nesta causa.

O Adelzon, sabe bem o doutor Roberto, foi contratado pela Globo, em 1964, pra falar de ieieiê e jovem guarda. No entanto, pôs no ar sambistas do morro, como Cartola, Candeia, Nelson Cavaquinho, Zagaia, Silas de Oliveira, Geraldo Babão, Djalma Sabiá…

O Adelzon, praticamente, lançou Paulinho da Viola e Martinho da Vila.

Coisa parecida, doutor Chatô, com o que fez na sua querida (e nossa também) Rádio Tupi o locutor Salvador Batista.

Adelzon doou ao Brasil o sucesso de Clara Nunes. Lançou João Nogueira (saudade), Roberto Ribeiro (saudade também) e ainda Dona Ivone Lara e ainda Wilson Moreira e ainda tantos e tantos mais.

No programa dele, despontaram Zeca Pagodinho, Almir Guineto, muita gente. Não é possível que façam com ele o que estão fazendo agora.

No início dos anos 1970, Adelzon pôs em seu programa o eterno e grandioso Jackson do Pandeiro – e o resultado foi que a música nordestina se reaqueceu, e Jackson perdurou oito anos com nosso radialista no ar. Graças a esse gesto, vieram novas gravações de Luiz Gonzaga, só pra citar mais um mito.

Doutor Roberto, doutor Chatô, conto com os senhores, que foram donos do Brasil e souberam fazer rádios como ninguém, e tiveram sob seus pés os políticos – sobretudo, os maus e os mesquinhos e os avarentos. Conto com os senhores.

O Adelzon, que é figura maior e iluminada e desapegada das coisas terrenas, não está pedindo ajuda, nem nada. Quem estamos somos nós. Humildemente, somos nós. Em nome do bom rádio brasileiro, humildemente, somos nós.

Com respeito, acolham este tão sincero rogo e aceitem, por favor, o cumprimento, embora desimportante, deste cronista digital.

Marceu Vieira (daqui)

o Mito, ontem…

– de repente, durante o programa, percebi a entrada no estúdio de dois sujeitos da mesma estatura, meio cambaleantes… eles foram se aproximando, se iluminando e identifiquei nelson cavaquinho e lupicínio rodrigues… que ficaram durante toda a madrugada cantando e papeando.

esse foi um dos INACREDITÁVEIS relatos que testemunhei, ontem, de adelzon alves, antes Dele entrar no ar… na rádio nacional para fazer a madrugada até às 3 da matina.

realizei meu sonho de ficar cara a cara com o Mito… aprendi muito de sua indomável e incendiária personalidade, de seu conhecimento gigantesco, das amizades inoxidáveis, de seu inabalável comprometimento político com a cultura brasileira, de seu desapego absoluto com o mundo material, do amor infindável pela música… enfim, fiquei muito feliz, não consegui segurar o blu blu (como era previsto), as perninhas tremeram e a xeretinha pirou…

adelzon.RWL

agradecimentos 1000 a carlos alberto o artesão do encontro e responsável por ter levado nelsão e lupe ao estúdio da rádio globo, por volta de 1970!

cheers

adelzon.vaso.tico

ventre & polo…

ventre2

o ventre (gabriel-larissa-hugo), ainda agora (papo de 20h), pode ter secado o último pedacinho de gelo do polo-norte, estrogonófico estabelecimento na rua felipe camarão (vila isabel)… acho que foi o show de despedida do estúdio/local de show.

pediram a casa. sei lá, pode até ser que alguma situação bacana seja lá instalada… mas imagina isso aqui em pouco tempo…

ventre3

que são marley nos proteja…

ventre1