Arquivo da categoria: historinhas

a + recente traquinagem d’aTRIPA…

volume1.tico

captou? isso mesmo, o primeiro volume reunindo parte (bem reduzida) da rapaziada que foi registrada AO VIVO em inúmeras versões do programa… desde o rock alive (na flu fm) até os dias atuais (em nossa casa própria… passando por globo fm (radiolla), panorama (roNca tripa), oi fm, cidade e imprensa… grosseria que será repetida em outros volumes… já estão prontos os rascunhos de mais cinco golaços na mesma vibe… tudim bolado, confeccionado, selecionado, alavancado & desenhado pel’aTRIPA.

a idéia é que, em poucos dias, o volume1 chegue às plataformas de abrigo sonoro existentes nas galáxias… e, consequentemente, aos ouvidos interessados!

D+D+D+D+

hendrix & amabis…

galgamos parâmetros com hendrix por muitos e muitos ticos… no auge da paixão, sério, cheguei a pensar – por alguns segundos – em transformar, pra sempre, o poleiro num espaço só Dele… seríssimo. anyway, a poeira baixou, os 45 anos de sodade dobrarão e seguirão turbinando nossos corações mas a roda tem que girar… o primeiro assunto pós hendrix foi captado pela xeretinha na noite de ontem (sexta feira) e está subindo aos primeiros minutos do sábado…

amabisgui amabis & banda (richard ribeiro+dustan gallas+regis damasceno+samuel fraga) lançando, na audio rebel, seu novo disco “ruivo em sangue”!

D+!

mudando a prosa (ou o feitiço contra o feiticeiro)…

guardo na minha caixinha de ótimas lembranças dois jornalistas com quem tive encontros muito rápidos mas, totalmente, inoxidáveis: tite de lemos (1942-1989) e josé castello.

já falei e escrevi sobre o tempo em que tite foi editor do segundo caderno do globo e publicou minha resenha sobre os shows do zeppelin, em 1975… e que só fui conhecê-lo anos mais tarde. já castello, em 1988, me procurou por uma razão que não lembro mas, ao ver a série de fotos que eu havia feito com os fotógrafos, mudou o rumo da pauta e publicou o material na primeira página do caderno B (jornal do brasil).

josé castello foi defenestrado do jornal o globo e publicou, na quarta feira, o mais contundente / cristalino / desesperançoso texto de despedida que conheço…

Hora da despedida

POR JOSÉ CASTELLO

Chegou a hora de me despedir de meus leitores. Não é um momento fácil _ nunca é. Mas ele se agrava porque, com o fechamento do “Prosa”, incorporado ao “Segundo Caderno”, desaparece um último posto de resistência na imprensa do sudeste brasileiro. Os suplementos de literatura e pensamento já não existem mais. Um a um, foram condenados e derrotados pela cegueira e pela insensatez dos novos tempos. Comandado pela vigorosa Manya Millen, o “Prosa” resistia como um último lugar de luta contra a repetição e a dificuldade de pensar com independência. Isso, agora, também acabou.

Nosso mundo se define pelo achatamento e pela degola. No lugar do diálogo, predominam o ódio e o desejo de destruição. No lugar da tolerância, a intolerância e a rispidez, quando não a agressão gratuita. É o mundo do Um _ em que todos dizem as mesmas coisas, usando quase sempre as mesmas palavras. Um mundo em que a verdade, que todos ostentam, de fato agoniza. Nesse universo, a literatura se impõe como um reduto de resistência. A literatura é o lugar do diálogo, do múltiplo, da diferença. Não é porque gosto de Clarice que devo odiar Rosa. Não é porque amo Pessoa que devo desprezar Drummond. Ao contrário: na literatura (na arte) há lugar para todos.

Uma pena que o “Prosa” se acabe justamente em um momento em que nos sentimos espremidos por vozes que repetem, sempre, os mesmos ataques e as mesmas agressões. Nesse mundo de consensos nefastos e de clichês que encobertam a arrogância, nesse mundo de doloroso silêncio que se apresenta como gritaria, a literatura se torna um lugar cada vez mais precioso. Nela ainda é possível divergir. Nela ainda é possível trocar ideias com lealdade e dialogar com franqueza. Sabendo que o diálogo, em vez de sinal de fraqueza, é prova de força. Lá se vai o “Prosa” com tudo o que ele significou de luta e de aposta na criação.

A meus leitores, que me acompanharam lealmente durante mais de oito anos, só posso dizer obrigado. E dizer, ainda, que conservem a coragem porque a pluralidade e a liberdade vencerão o escândalo e a cegueira. Apesar de tudo o que se diz e de tudo o que se destrói, ainda acredito muito no Brasil. É com essa aposta não apenas no futuro, mas sobretudo no presente, que quero me despedir de minha coluna e encerrar esse blog. Aos leitores, fica a certeza de que certamente nos encontraremos em outros lugares. Nem a loucura do nazismo, com suas fogueiras de livros, conseguiu destruir a literatura. Não tenho dúvidas também: nesse mundo de estupidez e insolência, ela não só sobreviverá, como se tornará cada vez mais forte.

b1b2jb4b3

ahhhhh, se não fossem os franceses…

o mais inoxidável destas imagens são as cenas, logo no início, registradas no olympic studios (londres) durante a gravação do quarto disco da banda, em 1970. além da presença dos quatro titulares do SM, podemos conferir o baixista (acústico) roy babbington e o MEGA engenheiro de som george chkiantz, responsável pelas sonoridades de hendrix, stones, family, led, bowie, king crimson, small faces, blind faith… tudim lá mesmo, em church street, UFA!

atividade, AQUI, pro tico de abril/2011, durante a virada cultural paulistana que recebeu o soft machine legacy com john marshall & roy babbington… + xeretinha tresloucadaça!

fourth

metá metá, siba & a luz…

pedro “blackhill” mandou essas imagens (captadas para o acervo do circo voador) no Histórico sábado passado quando metá metá & siba esgotaram os ingressos da lona… SOLD OUT!

caramba, sem nenhuma dúvida, uma das principais luzes no fim do comprido túnel… afinal, são dois nomes que estão anos luz de distância da padronização sonora… milhas & milhas afastados do dial & TV (tanto, que sequer apareceram, recentemente, para apanhar a premiação do multishow) … dois artistas que seguem, exatamente, os caminhos mostrados pelos próprios narizes… D+D+D+D+!

viva siba, viva metá metá, viva o circo… viva nós!

ronca.tico

alex, rian & o pinto…

 ontem, no que cheguei ao edifício de miltão, mantive firme nossa brincadeirinha abestalhada de dar nomes escalafobéticos aos porteiros:

– pois não, como é seu nome?

eu: eurico (pô, brotou automaticamente. o vasco estava entrando em campo contra a ponte)

o porteiro (às gargalhadas): não é miranda não, né?

eu: claro que não, aquilo é um demônio

o porteiro: ainda bem, sou vascão

eu: então somos dois. prazer, mauricio. qual seu nome?

o porteiro: alex. vou te mostrar o tanto que sou vasco…

alex.vasco

eu: cacilds, barbarizou, hein?

alex: lá em casa todo mundo torce pro vasco. tenho duas filhas, dois filhos e oito netos todos vascaínos. mas dois genros são flamenguistas o que tá me causando problema com o rian, meu netinho caçula de três anos

eu: mas que situação. com a fase em que estamos, nessa idade, logo logo, ele vai debandar pro lado dos listradinhos

alex: mas é muito ruim disso acontecer. ontem mesmo ele chegou gritando baxcu, baxcu, baxcu, beijando a tattoo… quando perguntei qual era o time dele… hahaha, ele disse – lá na casa da mamãe sou flamengo porque o papai disse que se eu torcer pro baxcu ele vai cortar meu pinto

( :

caroline…

caroline.punk

caroline1

você deve estar perguntando a razão de paul simonon, do clash, aparecer aqui em cima numa música do matching mole. a situação é que robert wyatt e caroline coon tiverem um affair dos mais calientes no início dos anos 70… mas, desde a década anterior, ela já estava na pista chutando o balde lá pelos lados do UK. após uma dessas trivelas, robert se apaixonou pela nossa heroína só que o caso não foi muito adiante por conta da incapacidade dela gerenciar o constante estado “cabeleira altíssima” (heavy manguaça-tentativa de suicídio) de mister wyatt. alguns anos depois, caroline assumiu, claro, fundamental papel na chegada do punk… de jornalista a designer, de coladona na rapeize a “teórica do movimento”, caroline cristalizou sua presença na mídia/cultura britânica.

voltando a fita lááááá pra trás:  quando wyatt montou o primeiro disco do matching mole, em 72, tratou de mandar o bilhete para a fofa em forma de “o caroline”…

David’s on piano, and I may play on a drum
And we’ll try to make the music work, we’ll try to have some fun
But I just can’t help thinking that if you were here with me
I’d get all my thoughts in focus and play more excitingly
I love you still – Caroline
I want you still – Caroline
I need you still – Caroline

If you call this sentimental crap you’ll make me mad
Cause you know that I would not sing about some passing fad
And if my attempts at rhyming aren’t convincing to your ear
Then memories betray you through the passing of the year
I love you still – Caroline
I want you still – Caroline
I need you still – Caroline

You must think it doubtful that I mean the words I sing
Or that all attempts to reach you this way could not mean a thing
But you must admit we both thought we’d be man and wife
And that I could make you happy for the best part of your life
I love you still – Caroline
I love you still – Caroline

negativos & positivos (242) [kiss 2]…

recordando a situação pra denise que não tinha idéia da passagem dos mascaradinhos pelo brasa… por mais que eles não tenham nadica a ver com o meu gosto, foi pra lá de divertido ter presenciado, sobretudo, a fissura descabelada da platéia no maraca (sim, era ele). atualmente, quem teria condição de juntar uma multidão como esta?

kiss.tico3

kiss.tico2

kiss  /  maracanã (rio de janeiro)  /  junho1983

new order (ou globinho)…

a recessão brazuka – somada à crise globalizada (plim plim) – está chegando ao pico da devastação… comércio, indústria e serviços agonizam frente à incerteza… e, agora, mais um degrau da calamidade atingiu o nosso já combalido jornalismo. o ex-poderoso jornal o globo funciona, na últimas horas, como uma inclemente máquina de moer carne. dezenas de profissionais – de todas as áreas – estão sendo colocados no olho da irineu marinho.

a internet que demoliu lojas de discos, rádios, revistas e jornais vem sendo apontada como a grande bandida nesse lacrimejante capítulo (acho que tem mais “bandido” aí). ôxente, logo ela que – até recentemente – era identificada como a mais generosa aliada na propagação da informação? o fato é que o jornal perdeu $$$ do governo / $$$ dos anunciantes / $$$ dos assinantes… e viu descer pelo ralo o mais certo, limpo e histórico $$$ – os cla$$ificados.

lembra como eram, até ontem, as edições do globo de sábado e domingo? pesavam algumas toneladas por contas dos infindáveis classificados… pulverizados pela web.

anyway, anyhow, anywhere… a potência do doutor roberto corre o risco de se transformar, exclusivamente, em uma única peça…

globinho

aliás, o pobre globinho ainda existe?

) :