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tradition, the future, outer space, electricity, armageddon, death/rebirth…

http://www.youtube.com/watch?v=pn0btWk46jU

The History of Rock ‘N’ Roll in 1 Song

In his new book, Greil Marcus brings us The History of Rock ’n’ Roll in Ten Songs. But rock only needs one—Jimi Hendrix’s 1968 “Voodoo Child (Slight Return).”
 
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“The great Greil Marcus, whose rock-critical illuminations—in books likeMystery Train and Lipstick Traces—sent stroboscopic shafts into the black forest of my early manhood, is about to publish a volume titled The History of Rock ‘n’ Roll in Ten Songs.

So naturally my first thought was: I bet I can do it in five.

And my next thought was: Nah. Five songs is too many. And also too few. Five is a clutter, a randomness, a gallimaufry.  If it’s not going to be 10, it’s got to be one. The history of rock ‘n’ roll in one song.

And if you want a song that does it all—that includes tradition, the future, outer space, electricity, armageddon, death/rebirth and the first stirrings of music itself—then there really is only one song: “Voodoo Child (Slight Return)” by the Jimi Hendrix Experience.”

todos os discos do mundo…

(foto: sebastian liste)

nunca recebi tantas mensagens com a mesma notícia em tão pouco tempo.

contei quase trinta emails recomendando a matéria publicada no new york times, sexta feira.

as letrinhas contam a saga de um brasileiro que vem comprando há décadas “todos os discos do mundo”… casca!

a preocupação do conterrâneo é com a música produzida no planeta que irá se perder… com o tempo.

mesmo reconhecendo ser vítima de uma sipituca (= doença), o caboclo tem a saudável preocupação de arquivar o maior número possível de registros sonoros realizados nos quatro cantos da terra!

a reportagem mostra muito bem a inoxidável conexão de zero freitas – o salvador – com todos os detalhes que estão por trás

de um simples pedaço redondo de plástico revestido por papel… ele mergulha na vastidão existencial dos discos!

hahaha… esse é o ponto que nos aproxima muito.

inclusive, já comentei aqui no tico, essa minha leitura dos discos que apresentam marcas (nomes, carimbos, números…)

de onde estiveram… a quem levaram seus encantos! crazyness!

até cogitei do assunto ser um bom argumento de documentário… lembra?

PQParille!

em termos de informação menos relevante para a maioria – mas muito importante para mim – o new york times conta que a eric discos (espetacular loja na capital paulista) teve seu acervo comprado por zero… e que os discos da modern sound (a mais conhecida loja carioca, fechada em 2010) tiveram o mesmo rumo!

casca gro$$a!

clique aqui para conhecer esse monumento sônico!

literalmente virando o disco, tudo começou graças ao “dinheirinho” arrumado pela família dele explorando

as linhas de ônibus nos subúrbios de são paulo!

well, well, well… pelo menos, essas moedinhas tiveram um bom destino!

aí, folha de são paulo, hoje… aí…

“Peço perdão ao professor Pasquale se invado, aí, a sua seara: sei que meto o bedelho num assunto que ele poderia destrinchar, aí, com muito mais propriedade do que eu, mas não me aguentei. Eu tinha que me manifestar, pois desde a explosão do gerúndio –lá se vão, aí, mais de dez anos– não aparecia uma moda, aí, tão irritante, aí, como essa do “aí”.

Moro longe, nos cafundós da Granja Viana, e sempre que estou, aí, na Raposo Tavares, parado no trânsito ou me movendo, aí, na mesma velocidade que o finado bandeirante devia atingir, aí, a pé, ouço rádio -e as rádios são o celeiro, aí, a estufa, aí, a chocadeira, aí, do “aí”.

Entendo que não deve ser fácil falar ao vivo, aí, pra milhões de pessoas, aí, sobre separatistas na Ucrânia, o novo disco, aí, do Gilberto Gil, o trânsito, aí, na Anhaia Mello. Compreendo que, pro sujeito manter, aí, o ritmo, ele às vezes tem que se escorar, aí, numa ou noutra muleta. É como um chiclete que você mastiga, aí, na porta do cinema enquanto espera, aí, uma garota com quem vai sair, aí, pela primeira vez.

Mas assim como o ininterrupto sobe e desce da mandíbula pode acabar, aí, irritando a garota, o “aí” também consegue, aí, se sobrepor à informação. Aí -e aqui eu uso corretamente o “aí”, como advérbio, não como, aí, um soluço fonético- já não consigo mais prestar atenção em nada do que o cara fala: esqueço, aí, as tramoias do Putin, me desinteresso, aí, dos sambas do Gil, ignoro, aí, o caminhão-baú que enguiçou na pista da direita da Anhaia Mello -sentido bairro: só consigo ficar, aí, esperando o momento, aí, que o sujeito soltará, aí, o seu próximo “aí”.

Tenho pensado muito, aí, sobre o “aí” e cheguei à conclusão que ele exerce, aí, duas funções. Por um lado, ele amacia a frase, fazendo, aí, com que a dureza dos dados se acomode, aí, numa almofada de coloquialidade. Por outro lado, paradoxalmente, o “aí” parece dar, aí, mais complexidade à notícia. Se o repórter fala, aí, que “O mercado espera um crescimento de 1% em 2014”, a impressão que temos é que ele teve acesso a um só dado e nos transmitiu. Mas se ele diz, aí, que “O mercado espera um crescimento, aí, de 1% em 2014”, parece que ele analisou, aí, várias planilhas, viu expectativas de 0,6%, de 0,8%, de 1,3%, de 1,4%, fez seu próprio balanço e chegou à conclusão, aí, de que o crescimento esperado é em torno, aí, de 1%.

É essa falsa profundidade, aí, que me deixa especialmente irritado. Lembra muito o outrora poderoso “no caso”. Teve uma época, aí, em que o brasileiro era incapaz de responder uma pergunta que não começasse, aí, com “no caso”. “Tem Serramalte?” “No caso, não.” “A próxima avenida já é a Brasil?” “No caso, é.” Depois do “no caso”, veio, aí, o gerúndio, depois do gerúndio, aí, o “com certeza” e, agora, aí, o “aí”.

Ouso dizer, aí, que o “aí” é mais perigoso do que todos os modismos anteriores, justamente por ser mais discreto. Invisível aos olhos, quase inaudível aos ouvidos, ele se multiplica em nossas bocas como percevejos, aí, numa cama de pensão. Não quero ser alarmista, aí, mas acho que o problema é sério. Ou o Brasil acaba, aí, com o “aí” ou, no caso, o “aí” vai estar acabando, aí, com o Brasil. Com certeza. Aí”

é escritor. Publicou livros de contos e crônicas, entre eles ‘Meio Intelectual, Meio de Esquerda’ (editora 34). Escreve aos domingos.
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lembra quando o assunto passou porraqui, né?

frisco…

meu chapa clóvis construiu a vida dele, nos últimos muitos anos, em são francisco.

a prole é americana… com altíssimo risco de ser chamada pra dar uma “voltinha” na ucrânia…

ou síria, ou líbano… enfim, comer chumbo moído em nome da dominação!

casca grossa!

durante décadas, clóvis alimentou o desejo carnal de abrir um bar temático em… rock’n’roll…

no rio de janeura!

lá pela américa foi adquirindo centenas de peças (cartazes, autógrafos, discos, postais, traquitanas,

geringonças, revistas, quinquilharias, jornais…) para adornar o tal sonho etílico/musical.

o tempo foi voando… e nada do “botequim” se tornar realidade.

como era previsto pelo psicanalista, a vontade secou… a barra pesou, “the times they are a changin'”…

e:

“maurição, tô vendendo tudo. não vou mais ficar aqui. não aguento mais nossa cidade, nosso país,

meu botafogo… tá tudo desabando. porra, daqui a quantos anos o presidente brasileiro será

empossado no templo de salomão?”

PQParille!

) :

dei um chego lá na maloca dele e arrematei a edição póstuma da rolling stone, lançada em 29outubro1970!

barra pesada… heavy pra meirelles!

TOP10…

tem neguinho que acha (aliás, tem certeza) que basta mudar o “pobre coitado” do técnico dos canarinhos para

que o futiba brasileiro passe por profunda reformulação.

enquanto isso, a alemanha coloca seis clubes na lista dos dez mais populares on earth.

não adianta ficar dizendo que tem a maior torcida do mundo, que é o país do futebol, que tem

a nação na ponta da chuteira e chorar copiosamente durante o hino se os estádios porraqui estão às moscas, procede?

o brasilzinho é representado por apenas duas agremiações no TOP100: cruzeiro (em 70ª) e o gigante santa cruz (em 89ª)!

o resto… é o resto!

baba aí…

essa eu quero ver…

Fla e Inter podem perder até 10 mandos de campo por agressão a André Santos

(oglobo.com)

– André Santos levou socos e chutes de torcedores ao sair do vestiário e se encaminhar à van que o levaria ao aeroporto de Porto Alegre após o Flamengo ser goleado por 4 a 0 pelo Internacional. Segundo o STJD, “um grupo de 30 torcedores do Flamengo o encurralou e iniciou o espancamento, agredindo também o segurança que acompanhava o atleta. A situação só acabou quando dois policiais militares chegaram. Nenhum suposto torcedor foi preso ou identificado”.

(periga sininho & sua gang levarem a culpa… e tudo ficar na mesma)

aí aí aí aí aí aí aí aí aí aí…

ano passado, cheguei pra toni platão e mandei:

– rapá, você que é uma lenda da crônica esportiva (TV, web, rádio e jornal) deve prestar atenção num jeitinho

de se comunicar que acho foi “inventado” pelo nosso ex-colega alex escobar (ele passou pela oi fm como mediador do rock bola)

toni:

– ôpa, qual é a parada?

– já reparou na quantidade de “aís” que o escobar usa nas participações dele na vênus?

– já me falaram disso

– o pior é que essa bagaça já está alastrada, brutalmente, por 98% dos narradores, comentaristas, analistas & o diabo A4!

cheguei em casa (são 16:25) e liguei a TV pra conferir fluminense X atlético paranaense.

na primeira frase proferida, o ex-colega falou quatro “aís”, numa frase de pouquíssimas palavras.

na boa, é pura mágica linguística!

seguem alguns exemplos ditos quase que em seguida, ainda agora aí:

– atleta revelado aí pelo atlético paranaense

– participando ativamente aí de nossa transmissão

– aí o henrique com a bola

– aí vai tocando a bola

– o everton tem aí a posse de bola

– levou aí vantagem

– que joga aí bem com as duas

– você vê aí o árbitro

– pra bater aí de pé trocado

– aumentar o marcador aí

– quem serão aí os dançarinos no faustão

– ótimo reforço aí do fluminense