Arquivo da categoria: imprensa

letrinhas do palmeirense indie…

publicadas no caderno de esporte da folha/SP:

Lúcio Ribeiro – Peladeiros da Colina

Com o time mais legal do Brasil, o Vasco nos representa contra o futebol moderno

Quando o zagueiro Dedé fez uma jogada de meia habilidoso e correu à área para marcar um gol de centroavante oportunista, ele “reclamou” com os companheiros que vinham abraçá-lo, extasiados com um gol tão importante num jogo tão difícil, em uma semana tão iluminada, dentro de um ano tão abençoado.

Era o segundo do Vasco no clássico com o Botafogo, anteontem, selando a vitória que manteve o time grudado no Corinthians na disputa do Brasileiro. Quatro dias após o feito heroico na Sul-Americana, que o botou na semifinal do torneio. No ano em que o Vasco já vai a campo com duas glórias: a de campeão da Copa do Brasil e dono de uma vaga na Libertadores de 2012.

Dedé não queria abraços. E sim enfileirar os amigos de time para puxar o “trem-bala da Colina”. A celebração de gol tradicional do Vasco em 2011 lembra os tempos do “Expresso da Vitória” dos anos 40 e remete ao estado de espírito atual dos vascaínos: um trem da alegria puxado por Dedé, o “Neymar do Vasco”, o Dedéckenbauer.

Que os vascaínos estejam felizes com o time é óbvio. Mas acontece que muitos fãs de outros clubes, mesmo os rivais, também estão ficando simpáticos à esquadra de São Januário. O Vasco é o “time mais legal do Brasil”, permita-me criar tal categoria. Em meio a tantas boas notícias cruz-maltinas, essa é “a” notícia.

Sob a era Eurico Miranda, como presidente ou como vice mandando mais que o presidente, o Vasco passou anos sendo o “time mais chato do Brasil”. Amigos vascaínos disseram ter sentido na pele o que era torcer para o clube quando ele ganhou fama pelas tais “vascanagens”.

Agora, depois de um tempo na Série B (2009) e de reajustes internos, o Vasco é um novo Vasco. Para além de seus torcedores. O que aproxima mais o clube de uma empatia nacional é o espírito de jogo. O time luta partida a partida contra uma das coisas mais insuportáveis do futebol moderno: “poupar jogador para torneios mais importantes”. A tal história de que um campeonato vale menos pelo título dele em si do que uma classificação para um torneio “mais relevante”. Atualmente, uma competição é sempre um degrau para outra.

Só que o Vasco parece não pensar assim. O time não poupa ninguém. Resgatou o “vencer por vencer”, porque ninguém gosta de perder. Na sua pelada, que não vale nada e não rende nenhum tostão, é assim, caro leitor. Ou foi assim. Ou será.

No fim do jogo contra o Botafogo, Dedé saiu com cara sofrida por causa de cãibras. Mas, à beira do gramado, fez questão de falar que nada o tira do duelo com o Palmeiras em São Paulo, amanhã. Hoje, no futebol moderno, o Vasco nos representa.

sopa!

Não é possível…

por RicaPerrone (globoesporte.com)

Não, não é possível. O Vasco é campeão da Copa do Brasil, disputa o Brasileirão na contra-mão do que faz a maioria quando leva a Copa e ainda não está tentando se livrar da Sulamericana.  Pior do que isso? Lidera o Brasileiro com o Corinthians e está nas semi da Sulamericana.

Não satisfeito em buscar, está chegando. E ontem o que mais repeti vendo a história ser escrita foi “não é possível”.

Time titular faltando 5 rodadas no Brasileirão com 3 clássicos por vir? Não é possível…  É um sonho ou algum clube se tocou que ninguém morre jogando duas vezes por semana?

A bola rola, o tal do Universitário não a encontra. O Vasco deita, rola, finge de morto e faz 1×0.

Bola na área e o mediocre atacante deles bate de primeira por cobertura… Não é possível que ele tentou fazer aquilo. Mas fez.

Juninho, experiente, se joga na área pra simular um pênalti. Porque não chutou? Não é possível que tenha preferido cavar do que tentar o gol…

Fim de primeiro tempo, empurra-empurra.

Na volta Diego Souza expulso. Não, não é mais possível.

Dois minutos depois o time dos caras dá um chute sem vergonha da entrada da área, bate no Dedé e entra. 2×1, acabou.

O Vasco tem que fazer mais 4 gols em 45 minutos pra conseguir a vaga. Não é possível.

Bola na área, Elton de cabeça, 2×2. Correria, pega a bola, volta correndo, aquela cena toda, mas…. não era possível.

Dedé resolve, então, virar atacante.  Não satisfeito em ser o melhor zagueiro do país disparado, desafiou a lógica e partiu.

Virou ponta direita. Recebeu, cruzou, entrou. O goleirão aceitou, é verdade. Mas aquele 2×1 contra de minutos atrás agora era um 3×2 que ainda deixava esperanças.

Faltam 2. Mas será possível?

Pressão, caldeirão fervendo, torcida em pé, time vibrante e os peruanos assustados.

Aos 27, o candidato a atacante conquista a posição. De cabeça, Dedé faz 4×2 e o Vasco precisa de apenas um gol para conseguir o impossível.

Eu, confesso, em pé diante da TV, repetia em voz alta: “Não é possível…. “.

A senhora Perrone passava pelo quarto sem entender muito bem que euforia era aquela e eu tentava explicar: “O Vasco tá quase…. Não é possível, não é possível!”.

E aos 37, Dedé desvia, Alecsandro empurra, o Vasco torna o impossível real.

Tá, eu confesso sem medo! Gritei gol e não fui só eu.  Conheço alguns que não tinham nada com isso e que também se envolveram com a virada a este ponto.

Em 45 minutos o Vasco conquistou 4 gols, a torcida, a vaga na sulamericana e qualquer sujeito que estivesse na frente da TV sem ser flamenguista, tricolor ou botafoguense.

Estes, convenhamos, tem anti-corpos suficientes pra não se envolverem.

Era possível.

O Vasco dava outra aula de vontade, ousadia e vergonha na cara.  Quantos ali entregariam no 2×2 só pra não sair da competição perdendo?

Quantos iam querer levar a Sulamericana a sério já tendo a vaga?

Porque só pro Vasco título é título e dane-se a tal da vaga?

Porque o Vasco está sendo tão mais ousado, inteligente e corajoso do que os outros ao disputar tudo que tem pela frente?

E se perder o Brasileiro por causa da Sulamericana e, talvez, ficar sem os dois? Dirão os comentaristas de resultado que não valeu a pena?

Valeu, já valeu.

O ano de 2011, seja com título de Sulamericana ou não, com Brasileirão ou não, já é do Vasco.

Eu pensei que “não era possível” um clube trocar o ódio que o país todo sentia em virtude do seu ex-presidente por simpatia.

Pensei que o Vasco estivesse eternamente rotulado pela lamentável postura do Eurico que fez do clube o mais odiado do país.

Hoje, não.  Com Roberto, com Ricardo, com essa postura e sem pisar em ninguém por estar em cima, o Vasco reverteu também esta imagem.

Sim, o Vasco é o time da virada. O Vasco é o time do amor.

Duvida? Cai dentro do Caldeirão pra ver se não vira sopa…

léo (pai de larinha) mandou pra gente…

Somos todos bregas

O antigo mau gosto musical virou convicção no Brasil

Luíz Antômio Giron

Discos sempre foram para mim fontes de descoberta. Talvez o hábito de ouvi-los tenha ficadp fora de moda por causa da internet e da pirataria, mas nada se compara em nitidez sonora a um CD feito com plástico, alumínio e bits sonoros. Pois ontem escutei dois discos de duas cantoras representantes de faixas de público aparentemente diversas que me ajudaram a refletir sobre a atual situação da música popular brasileira: O que você quer saber de verdade (EMI), da cult MPB carioca Marisa Monte, e Ao Vivo(Universal), da mineira e sertaneja Paula Fernandes.

Há dez anos, para não ir muito longe, minha experiência sonora seria considerada abstrusa, pois obviamente duas artistas de registros tão diferentes iriam apenas mostrar a multiplicidade da música brasileira – e reafirmariam minhas convicções em relação àquilo que é refinamento e singeleza. Marisa, representante da alta cultura; Paula, das camadas populares. Mas minha experiência não se deu assim. Antes pelo contrário: o que eu ouvi nos dois discos são cantoras quase idênticas, entoando baladas românticas muito simples, acompanhadas por instrumentos acústicos, repletas de uma versalhada tida antes por piegas, tresmolhados de bons sentimentos e mensagens de amor nada discretas. Ambas seriam chamadas de bregas no Brasil Velho. Nos anos 60 e 70, a música romântica influenciada pelo bolero, a modinha e a toada caipira era considerada um produto barato, para uso do povão. Nos 80, bandas da vanguarda paulistana e cantores como Eduardo Dussek exploraram a verve paródica, meio que esnobando o brega, mas lucrando com o gênero. Depois da apreensão ingênua e da paródica, as pessoas assumiram o gênero com pungente fé. Hoje o brega é a convicção de um povo. Ele se consagrou. Marisa e Paula, duas grandes artistas vocais brasileiras, assumem com serenidade o novo bom gosto. Uma prova de que o brega se converteu em cult –e vice-versa.

O cult está brega. Isso quer dizer que o cidadão brasileiro cool e descolado se vale de todo tipo de referências para compor a sua roupa, seu modo de agir e seu imaginário. Esse novo comportamento reflete a mudança demográfica do país, com a ascensão das classes C e D. Essas camadas se tornaram importantes e terminam por impor seu gosto, seus hábitos e costumes ao restante da sociedade de consumo. A gente vê isso na novela Fina Estampa, da TV Globo, de Aguinaldo Silva. Ela relata a ascensão social da pobretona Griselda (Lília Cabral), que de quebra-galho se torna empresária. A novela não maquia a luta de classes, e mostra o conflito entre a emergente Griselda e a socialite Maria Teresa (Cristiane Torloni). Baseado em pesquisas, o autor faz um retrato realista de como a mulher brasileira se tornou chefe de família, está galgando posições – e, no universo da cultura, obriga a turma do narizinho empinado a prestar atenção no que ela gosta, no que ela sente, pensa e consome. Esse “ovo Brasil” é uma realidade insofismável. É preciso considerá-la e respeitá-la. Os novos-ricos e os novos-classe-média vieram para ficar e se mostrar, para horror das marias-teresas da vida.

Além da novela, o cinema brasileiro tem explorado, de uns cinco aos para cá, o universo da nova classe média: são favelas que enriquecem com o tráfico e o tráfico que domina os “bem-nascidos”(Tropa de Elite 1 e 2Meu nome não é Johhny), mulheres que lutam para sobreviver sem preconceito (O céu de Suely,Bruna SurfistinhaDe pernas para o ar), formas de arte em extinção que insistem em se manter vivas (O palhaçoSuprema Felicidade), personagens que questionam a identidade e os tabus sexuais (Se eu fosse você 1 e 2). É um novo mundo que se descortina, e talvez não se coadune com aquela ilha da fantasia sonhada pelos estetas, que hoje só sabem admirar o cinema classe-média-bonitinha da Argentina. Infelizmente (eu diria felizmente), o Brasil não é a Argentina. O Brasil se mostra muito mais rico e variado em termos demográficos e, por isso, culturais. Se é cultura “inferior” nos padrões europeus, paciência.

Os gostos, os hábitos, os amores e os ventos mudam, já dizia o poeta seiscentista Luís de Camões. Até a novidade sofre tantas e tamanhas metamorfoses em sua estrutura que chega o dia em que as coisas mais antigas, descartáveis e antes desprezíveis viram artigo de luxo. Experimentamos hoje o choque do velho, em contraposição ao que preconizavam as vanguardas artísticas até os anos 1920. No terreno da música cultura de massa, o processo se acelera ainda mais. Não apenas velhos paradigmas voltam à tona – trata-se de uma forma de reciclagem rápida dos produtos culturais – como também os usos e costumes de classes sociais antes antagônicas começam a interagir e a se fundir de forma irreversível, alterando o que se pensa sobre o mundo e como se consome arte, entre outras coisas.

Mas voltemos à música, que sempre foi a antena das tendências por aqui, e, apesar de viver momentos não muito brilhantes, continua a ser uma arena de mudanças. O que tem acontecido na música brasileira é uma quebra de paradigma. Caiu a hegemonia do eixo Rio-São Paulo. A música axé da Bahia tomou conta do país inteiro, e gerou estrelas como Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Carlinhos Brown. O interior invadiu as capitais, e surgiu o forró universitário e, mais recentemente, o sertanejo universitário. O funk se fundiu com o samba e a MPB. E vieram para baixo os sons amazônicos. ÉPOCA publicou recentemente uma reportagem intitulada “E o brega virou cult”, de Mariana Shirai, sobre o gênero tecnobrega paraense e sua influência no movimento Avalanche Tropical, que congrega bandas e DJs bregas do país inteiro. Dessa enxurrada fazem parte a cantora Gaby Amarantos, Garotas Suecas e a Banda Uó.

O que as vertentes do pós-bom gosto ensinam? Em primeiro lugar, que é inútil ter preconceitos musicais, porque ela é invasiva mesmo, capaz que é de se apossar de sua alma. Em segundo, que aquilo que é considerado de mau-gosto na verdade ajuda a enriquecer a imaginação. Em terceiro, que nada é fixo no mundo, e nada mais dinâmico e pervasivo que o som. Quarto, torna-se urgente reavaliar nossas próprias crenças artísticas.

Por isso, finalmente o “populacho” e os “caipiras” invadiram os salões. Na nova geopolítica sonora do Brasil, podemos ouvir os ecos do brega na voz de Marisa Monte, e traços de erudição na de Paula Fernandes. Junte as duas e o resultado será parecido com Vanessa da Mata, uma acoplagem do sertanejo e do alto pop dançante. Junte a duas e você ouve a volta ainda não anunciada de Zezé di Camargo & Luciano. Você vai entender nas entrelinhas o tecnobrega, a axé. Junte-as em uma audição e você comporá o seu rosto. O Brasil joga na nossa cara quem e como somos de fato. Querendo ou não, se fazendo de culto ou nem tanto, você é brega, meu velho.

(Luís Antônio Giron escreve às terças-feiras.)

retirado do revistaepoca.globo.com

tudo surrupiado do site allan sieber, semana passada…

TOM WAITS
No The Guardian de hoje.

Um belo trecho:

He is, he says, equally wary of the ease of search and shuffle. “They have removed the struggle to find anything. And therefore there is no genuine sense of discovery. Struggle is the first thing we know getting along the birth canal, out in the world. It’s pretty basic. Book store owners and record store owners used to be oracles, in that way; you’d go in this dusty old place and they might point you toward something that would change your life. All that’s gone.”

*********************

É isso aí, tá tudo muito fácil. Acho inclusive que foi toda essa facilidade que produziu a geração mais bundona de todos os tempos, essa que está aí com seus iPhones enfiados no cu e um bonezinho com uma marca gigante na cabeça. Ninguém quer procurar, fazer esforço, CONSTRUIR alguma coisa. Não, o negócio é ficar na merda do facefuck o dia inteiro recebendo uma coisa “engraçadinha” depois da outra  e passando adiante. São mimados inúteis que jamais tomarão qualquer responsabilidade para si e seu grito de guerra é “Tá de boa”. Caralho, nada irrita mais que ouvir essa merda, “tá de boa”.

Allan Sieber

menos uma!

– “maurição, tô muito chateada, aporrinhada, triste pra meirelles”

– “pô, risada… tô mimindo. pô, são 7 da matina. caraca”

– “pô, maurição. levanta, você precisa me ajudar… anda”

– “risadinha, vai lá na padaria comer um joelho e me liga às 9, ok?”

– “não… preciso te falar uma coisa muito triste”

– “tá bom… anda, criança, desembucha”

– “maurição, lembra que eu fiquei com uma das duas revistas wire que seu amigo trouxe?”

– “ahn… anda”

– “você não sabe… sabe?”

– “caraca, risadinha, fala logo antes que eu perca o sono de vez”

– “tá bom, vou falar. é o seguinte a dub vendor acabou”

– “porra, hein? como é?”

– “isso, maurição. tem uma nota aqui nessa merda da wire dizendo que as lojas acabaram. agora, só na web”

– “pô, risada… que bad trip. agora, lascou. perdi a porra do sono. vou aí ver essa desgraça”

– “vem logo e traz uns compactos de lá que você sempre tocou… e traz a parada que você usa há anos na vitrola”

sim, risadinha estava certa… a DUB VENDOR, principal loja de reggae em londres, fechou as portas!!!

PQParille!!!

olha a nota…

sinister!!!

e assim, não consigo parar de pensar na indagação de lucio “mister white”:

– quem disse que o mundo não acaba?

enfim, sobrou o “feltrinho” nas mãos de risadinha…

) :

torcida descabeladaça… mas afinadona, em todos os cantos!

Subject: jogo de música

“Mauval

Hoje lendo a crônica do Zé Miguel Wisnik me lembrei muito do Ronca, do aniversário de 300 programas, da paixão de vcs e de nós que fazemos juntos uma corrente de emoção que gera um programa muito bonito, forte e tantas outras coisas mais.
Compartilho a crônica que gostei e sei que vc vai gostar tb!
Beijo grande
Ate terça!
Carol
(Rio de Janeiro)
+
Subject: agradecimento

“cara, passando rapi10 só pra agradecer pela tua teimosia em continuar botando o ronca ronca pra voar com música boa e de qualidade. ontem assisti a um showzaço do marcelo jeneci aqui em fortaleza, embora um pouco frustrado pela ausência de tulipa ruiz. brigadão por me apresentar a jenecis, tulipinhas, ortinhos, tiês, criolos e cia. (e eu aqui sempre na peleja pra ouvir o ronca pela internet…)

e como diz otto: “manda música, manda música! ronca ronca: o melhor, o melhor!”
haha abraço,

filipe. (fortaleza)

+

Subject: John Scofield
“Fala, Mauval. Saudações vascaínas.Tudo bem por aí?
Ontem eu estive em Oakland (CA) pra conferir o John Scofield Quartet.
É a segunda vez que o vejo. A primeira foi em Rio das Ostras (RJ). Realmente, o cara é um dos 3 melhores guitarristas de jazz vivos. Dizem que se apresenta em 200 dias por ano. Segue uma foto.”
Abração,
Vinicius (Berkeley / USA)
+
Subject: KaDeath+Miles

“Fala, Mauricio
Pra ilustrar a morte do KaDeath (porque a Folha diz Gaddafi ?), que tal, na próxima terça, “Terror Couple Killed Colonel”, do Bauhaus ?
Tem a ver ?
E segue anexo uma dica pros próximos dias. Não li ainda, mas já gostei.
Abraços
Kleber (Rio de Janeiro)

viajar é preciso!

volta e meia coloco pra fora meus delírios envolvendo discos e suas Histórias.

já até recomendei o tema como um provável documentário… ou filme de “ficção”!

lembra a pauta?

os caminhos dos discos, por onde eles passaram, quem os agarrou, beijou… em quem foram arremessados…

como trocaram de mãos… enfim, não faltaria assunto.

mas, no meu caso, quando pego um determinado disco antigo viajo na maionese de que ele já pode ter sido ouvido por um eric clapton, hendrix, dylan… manja?

aconteceu isto, semana passada, quando toquei o compacto inglês do chuck berry. o disquinho, que não tem data, certamente foi lançado – no máximo – no início dos 60… portanto, quem vai me cortar o barato de que ele – o compacto – não passou pelas mãos de ray davies do kinks?

ontem, revendo a edição especial da revista life sobre george harrison, esbarrei nesta foto:

pois bem, quem vai me convencer que este Lp, no suvaco de macca, não é – exatamente – esta cópia aqui que acabei de registrar?

segura aí que vou dar uma cafungada no disco pra saber se paul estava com o desodorante vencido!

( :

o gentleman!

descolar entrevista com eric clapton é quase uma missão impossível… ainda mais individual!

pois bem, a vênus conseguiu.

e mais uma vez ficou escancarada a razão de certas entidades não se submeterem a jornalistas.

sabemos de algumas figuras que, no meio da função, picaram a mula.

clapton, jamais, tomaria esta atitude… e suportou o insano bombardeio até o fim.

sofreu muito… certamente, pensou “pra quê estou aqui?”!

a entrevistadora metralhou os mesmos temas de sempre – heroína, a morte do filho, carla bruni, “god” e arrematou com uma inacreditável comparação com jimi hendrix… e se “esqueceu” de perguntar alguma coisa sobre a música dele!

http://www.youtube.com/watch?v=F9XnosvLmDI

esta é a edição do jornal da globo… existe outra, mais longa e deprimente, que foi ao ar na globo news e que está no g1.

cacilds, fui dar uma olhada nela para tirar a dúvida e, lamentavelmente, confirmei que a entrevistadora teve a “classe” de perguntar para clapton:

– quem é melhor eric clapton ou jimi hendrix?

sim, ela perguntou… mesmo!

outro momento premiado foi o “diálogo” travado pelos dois logo aos primeiros minutos da “entrevista”!

que vergonha… que desperdício!!!

birutando…

a mais recente edição da revista MOJO (sir harrison na capa) traz uma matéria com o caboclo zach condon do beirut!

pois bem, na reportagem, fui informado do evento “beirutando na praça” que aconteceu em 2009, por conta do sucesso da banda na mini-série “capitu”.

no mesmo dia, várias cidades brasileiras – e de forma muito organizada – tiveram reuniões de “fissurados” em beirut tocando seus sucessos (?!)!!!

o condon lembrou:

sacou?

fico matutando onde estão as milhares de pessoas que participaram tão devotadamente do “beirutando”!

ainda na matéria, o condon apontou quatro discos fundamentais para a banda:

é isto mesmo que foi dito sobre o angenor de oliveira?

será que a turma do “beirutando” vai se manifestar a respeito?

) :

B.J

Bert Jansch obituary

Derek Schofield / The Guardian

Of all the guitarists to emerge from the early days of the British folk music revival, it was Bert Jansch, who has died aged 67, who had the most sustained influence, not only within folk circles, but also on the wider music scene. To Led Zeppelin’s Jimmy Page, Jansch was “the innovator of the time … so far ahead of what anyone else was doing”. Johnny Marr of the Smiths described Jansch’s effect on his musicianship as “massive … one of the most influential and intriguing musicians to have come out of the British music scene”. Other artists he influenced included Paul Simon, Donovan and Neil Young, with whom Jansch toured in the US in 2010.

On stage, he was an introverted, shy, yet riveting solo performer. In his early days especially, he was often unkempt on stage and unconventional off it – a non-conformist who cared little for personal possessions and who often had no fixed address. It was as a member of the groundbreaking folk band Pentangle that he first achieved recognition beyond the folk scene. Formed in 1967, the band toured extensively until 1972, and although all the original members reunited in 1982, it was only Jansch and Jacqui McShee who stayed the course until the band folded in 1995.

His finger-picking playing style included a good deal of improvisation, bending the strings and varying the time signatures to fit the natural rhythm of the words of a song.

Jansch, whose forebears had come from Germany in the 19th century, was born in Glasgow but the family moved to Edinburgh, where he attended Ainslie Park secondary school. He worked, briefly, as a nurseryman, spending his early wages on a guitar. He sought lessons at the Howff folk club, wishing to emulate the guitar style of the American Big Bill Broonzy. Soon, Jansch had become resident unofficial caretaker at the Howff, spending much of his time developing his playing skills, with the Scottish singer Archie Fisher as a significant influence.

In the early 1960s, Jansch graduated from playing for his own pleasure to performing for an audience. He was one of the first guitarists to understand and then interpret and popularise Davy Graham’s guitar solo Anji. At the time, his personal, self-composed songs contrasted with the usual traditional or political repertoire of folk singers.

After busking in Europe in 1964, he moved to London, where his instrumental and songwriting skills were recognised by the producer Bill Leader, who recorded his eponymous first album, released on the Transatlantic label in 1965. The album included Needle of Death, a stark anti-drugs song written after a friend died of an overdose. His second record, It Don’t Bother Me, followed the same year.

It was a time of innovation in traditional song accompaniment. Graham had already brought his jazz and Arabic rhythms to a joint recording project with the folk singer Shirley Collins, and Jansch was by then greatly influenced by the young singer Anne Briggs. The traditional folk songs she taught him, plus his bluesy, improvised guitar accompaniment, dominated his third solo album, Jack Orion (1966), which featured John Renbourn on guitar. A joint album the same year, Bert and John, laid the foundations of Pentangle. Jack Orion included Blackwaterside, a traditional song Jansch learned from Briggs. His arrangement was copied by Page, who recorded the song with Led Zeppelin. The success of Jansch’s albums led to sell-out concerts in London and a tour of provincial city concert halls.

Renbourn was already performing with McShee when the idea of a band was suggested by Jansch; Danny Thompson (bass) and Terry Cox (percussion) added a jazz flavour to the mix of folk and blues. Pentangle’s performances were characterised by extended solos and improvisation, with McShee’s distinctive voice singing a mixture of traditional and band-composed songs. After a debut at the Royal Festival Hall in 1967, they began a relentless touring schedule as well as doing TV and radio work. The opening track of their third album, Basket of Light, was Light Flight, which became the theme tune of the popular television series Take Three Girls (1969). The album reached number five in the charts, and the band appeared on Top of the Pops.

During the Pentangle years, Jansch recorded three solo albums, notably Rosemary Lane (1971), a stark, reflective work that included the traditional song Reynardine, learned from Briggs, alongside his own compositions.

Jansch found the touring with Pentangle too much, and he forced the band to split in early 1973. He retreated to his farm in Wales, but he needed musical challenges, and also to relearn his craft as a solo performer. By the time his album LA Turnaround was released in 1974, he had separated from his second wife, Heather, and moved back to London. At this point, his heavy drinking was taking its toll on his performances and reliability.

Appreciative audiences worldwide and the need to earn a living meant a return to international touring, and Jansch teamed up with the multi-instrumentalist Martin Jenkins. Their concept album Avocet (1979) contained an 18-minute title track inspired by the traditional song the Cuckoo, and five further pieces named after birds.

Pentangle re-formed in 1982, but within a couple of years Renbourn, Thompson and Cox had left. Replacements were found, but the nostalgia surrounding the part-time band had a detrimental effect on Jansch’s already diminishing solo career.

In 1987 Jansch became seriously ill and he gave up alcohol. His biographer, Colin Harper, wrote that “Bert’s creativity, reliability, energy, commitment and quality of performance were all rescued dramatically” by this decision. In 1995 he left Pentangle, which then re-formed as Jacqui McShee’s Pentangle. His back catalogue emerged on CD, and a new generation of musicians discovered his work.

He continued to write songs and make albums. When the Circus Comes to Town (1995), with its tribute to the doctor who saved him – The Lady Doctor from Ashington – led to extensive international touring and a television appearance on Later with Jools Holland. The television documentaries Acoustic Routes (1992) and Dreamweaver (2000), as well as Harper’s biography, Dazzling Stranger (2000), helped cement his renewed reputation.

In 2001 Jansch received a lifetime achievement award at the BBC Radio 2 Folk Awards and, in 2007, so did Pentangle. The original line-up performed at the award ceremony and on a 2008 reunion tour. He received an honorary doctorate from Edinburgh Napier University in 2007. That year, he performed with the Babyshambles singer Pete Doherty, and the singer-songwriter Beth Orton guested on his 2006 album The Black Swan.

Jansch had heart surgery in 2005, and a further operation for lung cancer led to the cancellation of his 2009 tour of the US. But in the summer of 2010, he joined Young on his Twisted Road tour of the US. Last summer, he and the other original members of Pentangle were reunited at Glastonbury, Cambridge folk festival and the Royal Festival Hall.

Jansch was married three times: briefly to Lynda Campbell in 1963, to the sculptor Heather Jansch, and to Loren Auerbach, who survives him. He is also survived by his sons, Kieron and Adam. Another son, Richard, predeceased him.

Robin Denselow writes: Bert Jansch was that rarity, a musician who really did deserve to be regarded as a legend, and who retained that status throughout his career. He was an extraordinary guitarist and a thoughtful songwriter, and generations of would-be pickers sat at his concerts watching his fingerwork with envy and astonishment.

He was influenced by traditional songs, blues and the “folk-baroque” of Davy Graham, but his distinctive style always allowed him to take chances and work with different musicians. When I first met him, as a student journalist in the 1960s, he was outselling Bob Dylan in the folk shops along the Charing Cross Road, and told me: “I’m not recording for anyone, just myself.”

Years later, visiting him at his garden flat in Kilburn, it always struck me how little he had changed – he was still a tousled-haired figure with a slight mumble and quiet sense of humour, happiest when picking up a guitar and discussing music. One of the most memorable of Bert’s shows was his 60th birthday celebration at London’s South Bank, when he ran through the full gamut of his work, joined by younger fans including Johnny Marr, Bernard Butler and Hope Sandoval. He was a unique performer.

• Bert (Herbert) Jansch, guitarist, born 3 November 1943; died 5 October 2011

sem saída!

http://www.youtube.com/watch?v=g9UTGHRjj9E

“Os deputados que forem pela aprovação, a favor da votação, permaneçam como se encontram”

BRASÍLIA – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, numa sessão meteórica de pouco mais de três minutos, aprovou, na manhã de quinta-feira, 118 projetos. O deputado Luiz Couto (PT-PB), o único presente, foi chamado com urgência na comissão para ter pelo menos um parlamentar no plenário da CCJ. Quem presidiu a sessão foi o deputado Cesar Colnago (PSDB-ES), terceiro vice-presidente. Quando Couto chegou, Colnago declarou: “havendo número regimental, declaro aberta a reunião”. Para abrir uma sessão na CCJ, a mais numerosa e mais importante da Câmara, são necessárias assinaturas de 31 deputados. Esse quórum existia, mas todos assinaram e foram embora, como ocorre em todas quintas-feiras.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/09/22/com-apenas-um-deputado-em-plenario-ccj-aprova-118-projetos-em-sessao-de-tres-minutos-925423503.asp#ixzz1ZBWjEgFc
© 1996 – 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

pára que eu quero descer!!!

Funk legend Sly Stone homeless and living in a van in LA!

Today, Sly Stone — one of the greatest figures in soul-music history — is homeless, his fortune stolen by a lethal combination of excess, substance abuse and financial mismanagement. He lays his head inside a white camper van ironically stamped with the words “Pleasure Way” on the side. The van is parked on a residential street in Crenshaw, the rough Los Angeles neighborhood where “Boyz n the Hood” was set. A retired couple makes sure he eats once a day, and Stone showers at their house. The couple’s son serves as his assistant and driver.

Inside the van, the former mastermind of Sly & the Family Stone, now 68, continues to record music with the help of a laptop computer.

“I like my small camper,” he says, his voice raspy with age and years of hard living. “I just do not want to return to a fixed home. I cannot stand being in one place. I must keep moving.”

Stone has been difficult to pin down for years. In the last two decades, he’s become one of music’s most enigmatic figures, bordering on reclusive. You’d be forgiven for assuming he’s dead. He rarely appears in public, and just getting him in a room requires hours or years of detective work, middlemen and, of course, making peace with the likelihood that he just won’t show up.

There was a time when Sly was difficult to escape. Stone, whose real name is Sylvester Stewart, was one of the most visible, flamboyant figures of the late 1960s and early 1970s.

The multiracial, multi-gender band that Stone assembled fused funk, soul and psychedelic rock and became one of the most influential acts ever. The San Fran-based group released a string of hits beginning with the 1968 album “Dance to the Music,” followed by “Everyday People,” “Family Affair,” “Thank You (Falettinme Be Mice Elf Agin)” and “Stand!”

The group’s costumes and showmanship were just as memorable. The members favored giant afros, flashy capes, Beatle boots, neon vests and leopard-print jumpsuits.

Read more: http://www.nypost.com/p/news/national/the_rise_and_fall_of_sly_stone_qijyKoYzmAqer1PA0YogSJ#ixzz1ZAnrdTFH