Arquivo da categoria: torcida

N.Y.C calling…

Assunto: Clique em NYC
“Mauval,
Tudo bem?
Segue um cliquesinho, assim meio paparazzi, do Kyp Malone (TV On The Radio) no Chelsea Market em NYC.
As coisas lá, para variar, continuam demais. Onde mais encontrar uma edição 61 do Genius Sings The Blues, zeradinha, e por 14 dinheiros? Na Music Matters, no Brooklyn, claro.
A Rough Trade NY ficou bem legal, ainda que os preços sejam meio salgados.
No Webster Hall, enquanto uma tal de Jessie Jay deixava uma fila imensa na calçada, no porão rolou a banda do guitarrista do Weezer (The Relationship) e uma outra que achei bem bacana (Gringo Star). O Blur tocou em Williamsburg, de grátis, para umas 500 pessoas, mas claro que os ingressos acabaram em 30 segs. e fiquei chupando o dedo (e que disco legal essa Magic Whip, não achou?).
Muito jazz bom, nos bares e na ruas.
Fora isso, uma Slavic Soul Party no Barbès, Brooklyn, banda bem boa, um papo com o trombonista e uma indicação para ele ouvir o Ao Vivo em Montreux do Hermeto (sim, o cara curtia Hermeto).
Para finalizar, Father John Misty foi a trilha sonora perfeita da viagem.
Grande abraço,”
Leonardo
nyc

menos uma…

ipa

Assunto: o sinal está fechado pra nós

“E aí Mauval, quais as novas na capital da Guanabara?!!!

Lembra que nos anos 90, vez por outra acordávamos no domingo com uma noticia ruim? Parecia que as coisas ruins esperavam sempre para acontecer no domingo.

Pois nesse domingo acordei com uma noticia que por algum motivo me deixou triste, fiquei sabendo que a radio Ipanema FM de Porto Alegre, não será mais transmitida em seu dial 94,9 passando a sua programação somente a ser transmitida pela web.

A rádio Ipanema está para nós aqui do sul, como a Fluminense está para vocês ai no Rio, isso por diversos motivos, por falarem a mesma linguagem, por serem alternativas e tocarem o que outras nunca tocariam. Eram tão identificadas que os locutores aqui até chamavam a Fluminense de coirmã.

Para nós que não tivemos as mesmas possibilidades tecnológicas de hoje, a Ipanema foi nos anos 80, a janela que tínhamos para o mundo, nós que vivemos “longe de mais das capitais” tínhamos nela a janela pela qual olhávamos para o mundo, e podíamos saber o que nele se passava.

Por ela chegou aos nossos ouvidos as sonoridades de bandas como The Cure, The Smith, PIL, Bauhaus, Trio, Television e uma infinidade de outras. Por ela até conhecemos nossa própria província com Jemi Joe, Júlio Reni, Nei Lisboa e tantos outros que talvez nunca conheceríamos não fosse a sua ideologia de não andar pelos caminhos onde todas andavam.

Sei que as mídias atuais têm trazido novas possibilidades e se não fossem elas, quem sabe não teríamos nem a continuação da Ipanema pela web, mas de alguma maneira, olhando pra tantas rádios sem história e sem identidade alguma, continuarem firmes em seus diais, sinto que alguém saiu derrotado, e temo que o poeta estava mesmo certo; “eles venceram e o sinal está fechado pra nós”.

Gil Brito

juventude sônica (ou o leão esfomeado)…

igor+tulio

igor & túlio… dois monumentos d’aTRIPA, ontem, no baixo méier.

estar com essa rapeize sempre foi – e sempre será – o melhor… de tudo.

durante a projeção do doc aTRIPA, em plena praça agripino grieco, meu esforço foi gigante para conter o blu blu sinistróide no zôio… testemunhar, mais uma vez, a conexão inoxidável do roNca  com essa tchurma quase arrancou meu coraçãozinho pela boca… casca!

para a noitada galgar parâmetros, comemoramos dois nivers, na redondeza:

z´da mar´, leNda cabriocárica…

ze.meier

e… e… e… SHOGUN…

shogun.meier

o mito do “cadê shogun? cadê shogun?”, finalmente, desceu pelo ralo… D+!

marcaram presença strogonóficamente:

gabizinha, imperador carlos magno, aline palavrão, magriça, craudinha, MAM, calvin, dine, sgt pimenta, leandrão, professora, JR, pedro “the lonely”…

& dezenas de outras figuraças que fazem d’aTRIPA uma nação cabeleira altíssima.

mas nem tudo foram flores no méier.

quando cheguei à praça (19:30), vi a “produção etíope” ultimar os preparativos para a projeção… fiquei papeando com igor (autor do doc junto com polly) e aguardei para saber

do equipamento de som que eu usaria.

me apresentei e perguntei à simpática/eficiente produtora:

– “onde você vai colocar os aparelhos de cd?”

com a expressão congelada pelo inusitado da indagação ela respondeu:

– “cd? aparelho de cd? não, não tem nada programado”

quando a ficha caiu pros etíopes, o corre corre foi forte para conseguir o tal equipamento…

que, óbvio, já estava acertado, confirmado, “garantido” há muito tempo.

depois da projeção, eles informaram que a busca estava finalizada…

e não haveria som na praça.

muita gente chegava embrasada para balançar o esqueleto por volta das 22:30…

e recebia um balde de água fria por dentro dos cornos… frustração total.

como não cabia encontrar as razões pro brutal silêncio, adivinha pra quem sobrou a creca?

“o leão comeu os aparelhos de cd”… bradou sorin, alucicrazy frequentador do pedaço.

mamãe!!!

mas como o melhor sempre é o corpo-a-corpo (ou melhor, o copo–a–copo) a noite foi memorável… com direito à saideira na vila mimosa…

mimo

ah, já ia esquecendo,

a xeretinha, também, quase foi comida pelo leão!

( :

o fantasma da vila…

operario

Assunto: operário ferroviário, centenário e campeão!!
“pô, mauvall,
estou emocionado .
muito obrigado pelas palavras, pela deferência, pelo reverbe, pelo carinho e pelo reconhecimento desta importantíssima conquista do fantasma da vila.
a história do operário ferroviário é linda. uma história de dificuldades, de altos e baixos, várias vezes beijando a lona, que culmina com esta conquista maravilhosa.
não há um filme ainda, mas há um livro, feito por um apaixonado jornalista ponta-grossense, josé cação ribeiro, chamado “futebol ponta-grossense, recortes da história”. este volume fala sobre o operário ferroviário e outros grandes clubes que existiram na cidade (que chegou a ter um campeonato municipal, disputadíssimo, entre algumas décadas do século 20).
também quero agradecer particularmente pelo seguinte: seu pronunciamento teve o sabor da vingança radiofônica, para mim. explicando: o prefeito de ponta grossa é um boçal. ele e o irmão (que é deputado federal!!!) são donos de uma rádio fm de quinta categoria, que JAMAIS apoiou o clube, e neste ano, transmitiu parte do campeonato em conjunto com a equipe de uma rádio am da city, depois que a coisa começou a pegar fogo. o cara é um canalha sem tamanhos, e SEMPRE tirou sarro do fantasma e da torcida, mas no dia do título, teve a cara de pau de ir tirar uma casquinha junto com os jogadores campeões.
um tremendo e espetacular babaca.
então, você dar o destaque ao operário ferroviário no ronquinha é uma espécie de barricada inteligente e sincera contra o mal. uma redenção em todos os sentidos.
obrigado, mesmo, maurício!
pra encerrar: eu ouvi falar, e isso não é boato, que sopraram lá na diretoria do fantasma um jogo de troca de faixas justamente com o vascão. seria fantástico se isso ocorresse.
um abração, aqui do alto da mooca.”
andré

o+ inoxidável título foi no paraná…

operario

Assunto: Re: Operário Ferroviário 
“Foi muito bom o #125, estava incrível.

mandou brasa no adoniran, no robertão, no brian eno, no mulatu astatke (que eu pensei que fosse o tlahoun gèssèssè), e em tudo o mais. tou colado na audiência aqui no alto da mooca!
brother, será que eu posso ser “chato” e te pedir uma pequena, porém significativa, gentileza, para o próximo ronquinha?
vc poderia falar sobre o operário ferroviário esporte clube?
explico: o clube é simplesmente o mais tradicional do interior do paraná. pra vc ter uma ideia, a primeira partida de futebol no estado do paraná foi disputada onde hoje é o estádio germano krüeger, em ponta grossa, entre um grêmio de operários ferroviários da cidade de pg e o coritiba, no longínquo ano de 1909.
três anos depois, esses operários da rede ferroviária fundaram o clube mais querido do interior do estado. ao longo de sua história, apesar de tudo, o operário não conseguiu jamais conquistar o título de campeão do estado: foi vice 14 vezes, a última vez em 1961.
o “fantasma da vila oficinas” andou meio capenga durante alguns anos.
mas hoje, 54 anos depois de sua última final, voltará a disputar a finalíssima, justamente contra o coxa. venceram a primeira partida com uma atuação de gala, em ponta grossa, por 2 a 0 – e quebraram outro tabu, o de não vencer o coxa desde 1990.
no próximo domingo, no estádio couto pereira, os dois clubes vão decidir o título, com vantagem do fantasma – numa partida que repete os primórdios do futebol no paraná.
o operário ferroviário pode ser campeão pela primeira vez em sua centenária história, justamente no fim de semana em que completam 103 aninhos (completados no dia primeiro de maio).
a torcida está ansiosa, nem precisa falar. é meu time do coração.
e eu posso te afirmar que nenhum outro clube no paraná merece mais esse título que o fantasma.
eu sei que vc gosta de futebol e é vascaíno.
então, sem querer ser chato, vou pedir a  que no próximo programa, vc dê uma notinha a respeito.
se rolar, espero que seja para mencionar esse título inédito. se não, para que o mundo saiba da existência deste tradicional clube centenário, e sua história.
um abração do sempre ouvinte”
andré rosa
ope

Espera de 103 anos: Operário une forças, supera desafios e é o campeão paranaense

O Operário-PR esperou 103 anos para, enfim, soltar o grito de campeão. Fundado em 1912, a equipe de Ponta Grossa – cidade a cerca de 100 quilômetros de Curitiba – tinha sido vice em 14 oportunidades. Mas nunca campeão. Na final, venceu os dois jogos contra o Coritiba: 2 a 0 no Estádio Germano Krüger e 3 a 0 no Couto Pereira. O placar agregado de 5 a 0 pode indicar certa facilidade, mas isso foi algo raro para o Fantasma na sua campanha rumo ao título.

O clube brigou no grupo da morte no ano passado e reformulou praticamente todo o grupo para 2015. No início do ano, o discurso era de que o objetivo seria apenas terminar entre os oito e garantir a permanência na elite estadual. Porém, jogadores, comissão técnica, diretoria e funcionários definiram uma meta, sem divulgá-la para imprensa e torcida: o time brigaria por Série D do Campeonato Brasileiro e, na sequência, pelo título do Paranaense. Deu resultado.

ronca.tico

“go for it” (ou como diz bowie)…

ronca.marca

Assunto: Mike Garson
“Estava ouvindo, apos ouvir comentários de voces, o programa da Cerys Matthews na BBC 6. Nunca tinha ouvido, meio cedo no domingo.
Muito bom o programa, ela tem uma voz e um sotaque gales muito legais.
Ouvi ela entrevistando o Clifford Slapper, biografo de Mike Garson- pianista de jazz, oriundo do Brooklin, de ascendencia judaica- que tocou com David Bowie na decada de 70.
Ele deu uma informação que não tinha visto nem no livro sobre as canções comentadas do Bowie escrito pelo Peter Doggett.
Cerys pergunta a Clifford se era verdade que Aladdin Sane tinha sido gravada em um so take.
Ele responde que nao, na verdade tinham sido 3 takes.
Bowie queria um solo de piano no final da musica e pediu a Mike para executa-lo.
Mike, um pianista de jazz avant-garde em seu primeiro disco de Rock mandou um solo de jazz careta.
Bowie não gostou e pediu para repetir.
Garson tocou algo meio bluesy.
Bowie novamente nao gostou e disse a ele: “queria que voce tocasse algo parecido com o que tocava naqueles bares enfumaçados de jazz de Nova Iorque onde o conheci”.
E Garson respondeu: “OK, mas voce tem certeza, pois acho que se tocar aqueles aquelas solos meio “freaky” voce não vai vender muitos álbuns…
E Bowie respondeu: “Go for it”.
O cara entendia das coisas…

Abraços para voce e Shogun”

Gerson

refazeNdo…

Assunto: OPINIÃO
“Saudações Mauricio Valladares, na paz?

Estou enviando esse singelo e-mail apenas no intuito de saber a opinião de vossa pessoa, autoridade no quesito música.

Deve ser chato receber esse tipo de e-mail, há quem não goste, mas como diria o ditado, “quem arrisca não petisca!” ( para ser sincero eu nunca entendi muito bem o sentido dessa frase )

O causo é que me juntei com dois indivíduos e colocamos na cabeça de fazer conteúdo para o YouTube. Produzimos um piloto falando sobre o grandioso Gilberto Gil e seu não menos grandioso Álbum Refazenda. Tentamos, pluralizando ao melhor estilo jogador de futebol, fazer um trabalho diferente, informativo e descontraído.

Após concluída a edição e postagem do vídeo pensei, “Porque não enviar pro Mauricio?”. Pois é o que estou fazendo. Mas, longe de querer algum tipo de divulgação, mando o vídeo pedindo uma avaliação, opinião, etc. Seria interessante e uma honra, já que sou um admirador do teu trabalho.
Desculpe a encheção de paciência, a verborragia (é que acabei de ler um texto do Felipe Ferrare, aí já viu né?!) e os possíveis erros de português.
Um abraço e Sucesso.
Ps: Parabéns pela nova casa, está phoda!
Atenciosamente,”

William

ronca.tico