Arquivo da categoria: torcida

allan mandou pra gente…

Subject: Festival In-Edit Brasil 2020
“Salve, Mauricio!

Tudo bem por aí? Espero que sim.

Mando esse e-mail pra lembrar a Tripa de que ontem começou o Festival In-Edit Brasil, que vai de 09/09 a 20/09. Esse ano, ele será realizado totalmente online: cada filme avulso sai a R$3,00 e o passaporte pra 20 filmes tem desconto e sai por R$50,00.
Tem muita coisa boa, vale dar uma conferida.
Seguem os links… AQUI e AQUI
Abraço,”
Allan

marcelo & a seleção da boca (ou futebol para recordar)…

Subject: Lembrei da escalação da Boca
“É aí que entra o “Revivendo Memórias”. A ideia é usar um meio comum e popular, o futebol, para revitalizar as memórias de pacientes com Alzheimer e aumentar a conscientização dos cuidadores. O projeto é uma parceria do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do Museu do Futebol de São Paulo… AQUI”
Marcelo

onaicram no boteco da barata ribeiro…

Subject: O Retorno
“Salve, bom dia a todos!

que bom, após longo e tenebroso inverno, do Ronquinha ao vivo gravado à nossa rotina. e vou dizer que foi um dos top 5 de toda a história do programa. todas, literalmente, TODAS as músicas do #404 eram fora de série. parabéns aos envolvidos. foi como encontrar ao acaso um velho amigo na Barata Ribeiro, e ir tomar só uma Cacildis no primeiro boteco da esquina, para pôr o papo em dia…. só que você chega em casa às 3 da manhã, com a corneta cheia, feliz da vida, pisando de mansinho para não tomar esporro da patroa. mas, com certeza, ela vai entender. no final das contas, em tempos de pandemia, quarentena, ambiente tóxico e medieval, momentos assim tem um valor inestimável.
sejamos todos bem vindos de novo ao planeta Ronca.
abraços, beijos na família e tudo de bom.”
Onaicram.

o #404 entorpeceNdo aTRIPA…

Assunto: e quem acredita em coincidência?

“mauvaul,
dei um pulo da cadeira quando ouvi a primeira música no roNquinha dessa quinta.
comprei esse compacto do osvaldo na segunda passada, numa loja do lado de casa.
da pra acreditar em coincidência?
this is religion!
aquele abraço”
joão (berlim)

+

Assunto: #404 extasiante…

“Mauricio e Nandão,
Que emoção ouvir Atmosphere com New Order, contive as lágrimas… Seguido de Kraftwerk, saudades de Florian.
Edição 404 está cacetante demais, de cortar os pulsos, felicidade em tê-los ao vivo gravado.
Abraço nos amigos,”
Emerson / Belo Horizonte MG

luis, Ela e o figuriNo…

Assunto: aula sobre Tropicalia e marginália com o Ronquinha

“salve Mauval e Nandão, a Lenda

hoje, figurino pronto, playlist na vitrola e a caneca do ronquinha.
o motivo?
uma aula sobre Tropicália e Cultura Marginal.
não podia faltar a inspiração do Ronca Ronca na hora da aula.

um abraço na tripa.
que venham mais 400.
longa vida ao Ronca Ronca.

um abraço,”
Luis Felipe

thiago & john peel (ou MEGA blublu forte aqui, mamãe)…

Assunto: John Peel

“Mauval… que saudade de você.
Não ouço o Ronquinha desde as minhas últimas férias, em fevereiro, quando coloquei várias edições do programa num pendrive e fui viajar.
Quando o mundo ainda permitia essas extravagâncias, fui a Cusco conhecer Machu Picchu devidamente trajado.
Num dia chuvoso, pisei nas mesmas pedras em que pisou John Peel, que hoje faria aniversário. Essa foto aí é da fachada do hotel em ele estava quando morreu. Fiz questão de ir até a porta, para ver onde é, como é, onde essa história foi interrompida. Pra nossa sorte, você o mantém vivo.
Grande abraço, meu caro.

de BH,”
Thiago Borges

# THIS IS RELIGION #

mi ra cu lo sa meN te…

Assunto: Estampa milagrosa

” Salve Mauval! Estou bolando mais uma estampa de camiseta pirata do RoNca RoNca. Peço a sua opinião e aprovação da arte que está em desenvolvimento.

Terça feira que vem, dia 1 de setembro, eu e Arrudinha aniversariamos. Assim como nascemos, sincronizados ouviremos RoNca RoNca bem alto. Ele lá e eu aqui, com nó na garganta. I am a rock, I am a island..

Abração,”
Rodrigo

gustavo, os mohawks, the boss e o pardal canadense…

Subject: 402 (ou os Mohawks)
“Alô Mauricio,

Primeiro, que bacana essa lettuce cara, eu conhecia uma música que tocava no rádio, mas nunca tinha parado pra ouvir, valeu pela curadoria mais uma vez.

E essa semana tive dois momentos distintos com o Programa.

Tive que ouvir 2 vezes, porque na primeira não deu pra absorver tudo.

Bom, na sexta de manhã tava tão amarradao ouvindo o programa pela primeira vez que me empolguei um pouco.
Saindo da highway eu continuei a toda velocidade pela pista lateral, resultado: tinha um carro de polícia esperando com uma pistola de radar, ganhei 120 doletas de prêmio, acontece..

E segunda feira tive que ir numa cidadezinha a uma hora de Montreal, uma reserva indígena Mohawk, bucólica, tudo verde, lagos, maravilha de paisagem e eu dirigindo e ouvindo o 402.
Lá pelas tantas começou um cover alucinante de “make it wit chu” e logo depois um hino do The Boss… momento único, arrepiei até o último cabelo da nuca, aquela paisagem, a música, 2010 tudo fusionou e foi lindo, obrigado por esse momento, valeu os 120 da multa de sexta. Música salva, alimenta a alma

Valeu Mauricio e Nandao, ansioso pro 403, grande abraço!”

Gustavo de Montreal, Quebec

aurora & rollins…

Assunto: A session de jazz barulhento de Henry Rollins no rádio ontem

“Fala Mauricio!
Eis uma dica só para a diretoria e aos melhores amigos. O Henry Rollins tocou domingo em seu programa de rádio, na KRCW, uma seleção espetacular de jazz, incluindo uns temas muito barulhentos de bons… AQUI

Abraço”

Aurora

william, gonzagão e buzzcocks…

Subject: K7s , vinis, gambiarras e grandes descobertas

“Olá Mauricio já estou há algum tempo pra mandar esse email, mas depois do espetacular programa 400, resolvi finalmente fazê-lo.

Era uma noite do distante ano de1997, uma época pré internet, eu com meus 16 anos de inquietações passeava pelas estações do rádio  procurando algo pra ouvir, de repente sintonizei uma estação e  estranhei o que tocava, Luiz Gonzaga na frequência 102.1, a antiga imprensa FM, achei inusitado estar tocando um baião naquela rádio que na época dedicava grande parte da sua programação ao funk carioca, quando a canção terminou   e iniciou-se a próxima é que o estranhamento tomou proporções muito maiores, a memória já me trai um pouco mas a canção seguinte era algo inimaginável de ouvir numa rádio carioca naqueles tempos , acho que era uma canção dos Buzzcocks ou alguma outra banda punk inglesa. Pensei “que porra é essa?” Luiz Gonzaga seguido de Buzzcocks ? Na imprensa FM?
Naquele momento um novo universo musical surgiu. Foi a minha primeira audição do ronca ronca.

Praqueles que hoje em  têm seus vinte e poucos anos e já cresceram na era da internet talvez não tenham ideia do que era  a relação com a música antes disso.

Pra quem não tinha grana, gostava de música e queria descobrir coisas novas antes dos anos 2000, o negócio não era muito fácil, as rádios tocavam em looping a mesmice de sempre. Os cds importados eram caros e de difícil acesso. Aí o  lance era se virar do jeito que dava. Fazer uma gambiarra na antena da tv pra pegar o canal 24 uhf e assim conseguir assistir os programas clássicos e  lado b da mtv apresentados pelo Fábio Massari. Ter sempre uma fita vhs na boca do videocassete esperando que um dia o clipe de love will tear us appart do Joy division passasse de novo  pra poder  gravar , aí depois em mais uma gambiarra ligar o aparelho de som no vídeo cassete pra copiar a canção pra uma fita k7 (com uma qualidade sofrível) e ouvir no walkman até não poder mais aquelas coletâneas de canções pedalando pro trabalho.

Eram tempos de  vaquinha pra juntar um trocado e  pegar um ônibus da ilha do governador pro Méier pra alugar cds e fazer cópias entre os amigos. Passar fins de tardes garimpando nos sebos do centro e encontrar  LPs do Blondie , The Doors, Dead Kennedys por 2 reais e quase chorar de emoção.

Ali entre os meados e fim dos 90 a onda eram o cds, bem mais caros , dava pra comprar um ou dois por mês, já o LPs estavam ultrapassados e aí era o que rolava como  possibilidade pra descobrir a música nova dos velhos tempos. Assim nessas andanças e garimpos encontrei por 50 centavos numa extinta loja de discos do Centro o primeiro Lp do P.I.L , vinis da k.d lang e do Chris Isaak, fitas k7 do Cocteau Twins, Jesus and  Mary Chains e Billy Bragg (que ouvi pela primeira vez num programa do ronca ronca tocando a New England e que ouço nesse momento escrevendo esse email).

Um cachorro quente com um copo de refrigerante por um real pra matar a fome  entre os pombos  do Largo da Carioca  e partia  pra gramophone da sete de setembro pra namorar todos os cds da loja e no fim ter a dificílima tarefa de escolher apenas um pra levar, que era o  que dava pra comprar.

Ir na livraria saraiva na rua do ouvidor pegar uma dúzia de cds importados que nunca iria comprar e  levar no balcão pro funcionário abrir  e pôr no discman pra  ouvir 20 segundos de cada faixa e assim descobrir o som dos Stooges, Velvet underground, MC5, Patti Smith e confirmar que eram  incríveis mesmo, do jeito que eu imaginava ao ler sobre eles nas páginas do livro mate-me por favor .

Naquela época muitas  vezes as músicas chegavam primeiro pelas leituras, pelos recortes de jornais velhos,  pelas páginas do rio fanzine e da revista rock press comprada nas bancas de jornais. Era fã de algumas bandas antes mesmo de ouvi-las só pelas matérias que lia, pelas fotos, influências…

Foi nesse cenário dos anos 90 que a paixão pela música surgiu, e permanece tão intensa como naqueles tempos dos vinis da Pedro Lessa , dos garimpos nos sebos e das fitinhas k7s copiadas.

Foram também naquelas noites de quarta ouvindo o  ronca ronca que experimentei muitas descobertas musicais inesquecíveis , como a primeira vez que escutei fascinado uma canção do Elomar ,  a primeira audição de uma canção do Van Morrison, a voz única de Barry McGuire cantando eve of destruccion , a guitarra crua de Billy Bragg tocando the Milkman of human kindness e tantos outros artistas que me acompanham até hoje.

As noites de quarta eram sagradas, às 22 hs parava tudo pra ouvir o ronca ronca na imprensa fm.  Já separava uma fitinha k7  pra gravar e poder ouvir de novo. Eram tempos de idas até o orelhão da esquina pra  pedir pro Felipe Ferrare comentar sobre algum assunto pertinente . Tempos de carta pelo correio pra fazer elogios  e pedidos. Tempos de  dormir ao som de Neil Young.

Muito obrigado Mauricio por essas décadas  de dedicação e amor  pela música  e pelas inúmeras alegrias e descobertas musicais proporcionadas pelo ronca ronca, um programa feito por alguém que trata a música com a paixão e importância que ela merece ser tratada.

O ronca ronca tem um grande significado  pra mim e com certeza para muitos outros ouvintes.

Grande abraço e que venham muitos e muitos anos de ronca ronca pela frente.”

William

fábio e a experiência do rádio, direto da terra de stockhausen…

Subject: Pablo Picasso
“Fala, Mauricio, fala, Nandão,

Escutando no #402 o comentário do Nandão sobre o Ronca como uma pintura do Picasso, me lembrei de  „Pablo Picasso“ do Modern Lovers…. Toca aí, please!

Porra, em tempos pandêmicos voltei a escutar o Ronca e vocês não têm idéia do bem que isso tá me fazendo. Tô fora do Brasil desde 2007 e mais ou menos nessa época só escutava esporadicamente o programa, que descobri em 1998, 99, e que escutava religiosamente toda semana ao vivo com amigos aí no Rio… „de Janeura“, como bem fala o Mauricio! Enfim, festas no Cine Íris, festas no Odisséia, pura alegria! Andei, como disse, circulando pelo mundo desde 2007 e faz umas três semanas que tô escutando a porra toda que – graças a Deus! – vcs têm postado. Enfim, poderia escrever muita coisa, contando o quanto o Ronca toca profundamente na minha vida e o quanto vocês reproduzem desde sempre, não! não só reproduzem, mas criam a experiência do rádio que, na verdade, conheci com vocês! Foda! Enfim, hoje em tempos de pandemia, longe do Brasil, longe do Rio, preocupado pra caralho com o que acontece aí, escutar o Ronca é uma maneira de lembrar e criar e cultivar o que temos melhor na música, no humano, na experiência estética. Danke!

Um grande abraço aqui de Köln, Alemanha, terra de Nico, Can e Stockhausen.

Abração pra vocês,”
Fábio