(1968 – 2015)
Arquivo da categoria: tristeza
bruno mandou pra gente…
Assunto: Fogo no acervo de Lee Perry…
allen “todos os saNtos”…
(1938 – 2015)
que tristeza a subida desse gigante da Música planetária… leNda, monstro absoluto gerado nos pântanos de nova orleans ao som dos mais descabelados batuques & grooves. felizmente, tivemos a benção de cruzar com Ele, ano passado, numa apresentação inesquecível no teatro casagrande. na saída, com todo o tempo disponível, sir toussaint, autografou-papeou-sorriu-posou (com pedro blackhill) e mostrou, sobetudo, com quantos paus se faz uma canoa… perdemos um mestre, a lanterna que insistia em guiar o rebanho… de lascar!
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mudando a prosa (ou o feitiço contra o feiticeiro)…
guardo na minha caixinha de ótimas lembranças dois jornalistas com quem tive encontros muito rápidos mas, totalmente, inoxidáveis: tite de lemos (1942-1989) e josé castello.
já falei e escrevi sobre o tempo em que tite foi editor do segundo caderno do globo e publicou minha resenha sobre os shows do zeppelin, em 1975… e que só fui conhecê-lo anos mais tarde. já castello, em 1988, me procurou por uma razão que não lembro mas, ao ver a série de fotos que eu havia feito com os fotógrafos, mudou o rumo da pauta e publicou o material na primeira página do caderno B (jornal do brasil).
josé castello foi defenestrado do jornal o globo e publicou, na quarta feira, o mais contundente / cristalino / desesperançoso texto de despedida que conheço…
Hora da despedida
new order (ou globinho)…
a recessão brazuka – somada à crise globalizada (plim plim) – está chegando ao pico da devastação… comércio, indústria e serviços agonizam frente à incerteza… e, agora, mais um degrau da calamidade atingiu o nosso já combalido jornalismo. o ex-poderoso jornal o globo funciona, na últimas horas, como uma inclemente máquina de moer carne. dezenas de profissionais – de todas as áreas – estão sendo colocados no olho da irineu marinho.
a internet que demoliu lojas de discos, rádios, revistas e jornais vem sendo apontada como a grande bandida nesse lacrimejante capítulo (acho que tem mais “bandido” aí). ôxente, logo ela que – até recentemente – era identificada como a mais generosa aliada na propagação da informação? o fato é que o jornal perdeu $$$ do governo / $$$ dos anunciantes / $$$ dos assinantes… e viu descer pelo ralo o mais certo, limpo e histórico $$$ – os cla$$ificados.
lembra como eram, até ontem, as edições do globo de sábado e domingo? pesavam algumas toneladas por contas dos infindáveis classificados… pulverizados pela web.
anyway, anyhow, anywhere… a potência do doutor roberto corre o risco de se transformar, exclusivamente, em uma única peça…
aliás, o pobre globinho ainda existe?
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acabou a baguNça…
desde a manhã de hoje circulavam informações sobre a subida de paulo bagunça… mas sabe como é, web/vendaval de zumzumzum/”acho que parece que não sei”/todo mundo acha/todo mundo fala… até que, infelizmente, foi confirmada a morte do criador do grupo paulo bagunça & a tropa maldita, leNda inoxidável do roNca… PQParille! em janeiro2013, coloquei aqui no tico a matéria que iluminou a edição número 9 da rolling stone brasileira, de 1972… paulo & a tropa maldita contaram como era viver na cruzada são sebastião (leblon-RJ) fazendo música. vale muito coferir aqui!
bagunça forévis!
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Músico carioca Paulo Bagunça é encontrado morto em casa
renatão “stairway to heaven” ladeira…
triste, muito triste, a subida (hoje) de renato ladeira (o terceiro da esq pra dir)… aos 63 aninhos. de lascar! o tal do rock’n’roll brasileiro está chorando lágrimas de sangue… renatão é o marco zero de tudo o que foi gerado nessa gaveta, ele abriu a selva a canivete… formou – em 1965 – o the bubbles aos 13 anos, com a bolha acompanhou gal costa (no final dos anos 60) e erasmo (no final dos 70)…
PQParille… triste, muito triste!
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nick…
Bless his ever loving heart
Only he knows who you are
He may seem so very far
Bless his ever loving heart
And when you’re feeling sad
And everywhere you look
You can’t believe the things you see
When it all comes down so bad
And beauty lies exhausted in the streets
Hold his ever loving hand
Even when you do not understand
Sorrow has its natural end
Hold his ever loving hand
And when you’re feeling low
And everyone you meet
You can’t believe the things they say
When there’s no place left to go
Where someone isn’t moving
You a little further down the way
Bless his ever loving heart
What you do is what you are
When it all comes down so hard
Bless his ever loving heart
Hold his ever loving hand
When it seems you ain’t got a friend
Only he knows who you are
And what you are
Bless his ever loving heart
Bless his ever loving heart
feito pra acabar (ou o fim do NME)…
a música de jeneci, “feito pra acabar”, reforça o óbvio mas joga na nossa cara que, após a validade vencida, brota uma nova situação… uma realidade melhor. ao fim de tudo, a esperança (quase) sempre vence. pelo menos tem sido desse jeitinho aqui pelo lados da civilizacão on earth, procede?
toda essa poesia quântica é para debulhar lágrimas de sangue pela patética transformação que está passando o NME. pelo andar da carrocinha, o jornal (fundado em 1952) será distribuido gratuitamente e terá a web como seu principal porto. enfim, o NME é mais uma instituição a desabar diante das radicais mudanças de hábitos dos consumidores de informação, música e entretenimento.
marcelo “caipirinha” mandou uma mensagem sobre a pauta:
– “A longa e inexorável decadência do NME é de fazer qualquer um chorar. Essa nova idéia, do NME virar um lifestyle guide, é esfregar sal na ferida. A gente fica aqui torcendo pra ir alguém lá e dar o tiro de misericórdia, o NME não merecia essa indignidade toda”
enfim, em pouquíssimo tempo o NME será esquecido no pântano raso da web e sua relevância jurássica não passará de um post aqui no tico… o pior de tudo é saber que a coisa acabou e a roda, emperradona, atoladaça, não sairá do lugar… né, steven?
luzia…
(1933 – 2015)
que abalo saber da subida de luzia (mãe de eduardo, irmã de sebastião). quanta simpatia, sagacidade e inteligência ela nos ofereceu. quantas gargalhadas ela alimentou. quanta energia… reluzente!
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quinta feira desgracenta…
(1930 – 2015)
“You don’t have to die to kill and you don’t have to kill to die. And above all, nothing exists that is not in the form of life because life is eternal with or without people, so we are grateful for life to be here at this very moment.” O.C