Assunto: Água Brava? É Deus Mamãe!!!!
“Fala Maurição!
O que foi aquilo no #488? De repente, direto nos meus tímpanos, assim sem mais nem menos, Água Brava? Peraí bicho! Pára! Mamãezinha do céu! Fiquei rastejante, olho parado total…Caraca!
Conheci o Água Brava no início dos anos 80 em vários shows num final de semana de Festa Junina na Praça Niterói no Maracanã (obviamente totalmente deformada depois de obras para o tal piscinão subterrâneo). Existia um espaço no formato arredondado com uma mini arquibancada de pedra aonde montavam um palco de madeira e ocorriam shows de diversas bandas, enquanto muitas barracas com quitutes das festividades juninas eram vendidas. E alí , começou a minha paixão pelo Água Brava. Aonde o conjunto estava, quando podia, lá estava eu…Até o memorável show no Circo Voador, quando tocaria um conjunto paulista na abertura e depois, como atração principal, viria o Água Brava. Este conjunto era o IRA (pela primeira vez no RJ)! Naquele sábado, caiu um dilúvio no Rio de Janeiro e poucos “perturbados” pelo Água Brava compareceram a um Circo Voador cheio de goteiras e poças. Quando o IRA adentrou e tocou as primeiras músicas, um alto volume de xingamentos e objetos foram lançados em direção a banda que saiu cuspindo marimbondo, bem antes de conseguir terminar o show. A galera queria era Água Brava na veia! Que momento…E a música mais pedida era a explosiva: “Enquanto a bomba não vem”. Depois, minha juventude foi terminando, assim como a minha relação com o Água Brava. Mas tudo isso ficou marcado a ferro e fogo no fundo da minha alma.
Valeu Maurição!
This is religion…”
Gilberto
Rio de Janeiro – Grajaú