iemanjah…

sério,

tire as crianças da frente do computador…

e se você estiver na gaveta dos mais sensíveis, pode ficar por aqui mesmo.

afinal, esse assunto será prá de violento, desumano, agressivo e de baixíssimo calão, ok?

pois bem…

fui, ontem, tarde da noite, papo de 23h, ao meu primeiro encontro de 2014 com iemanjá…

corpo a corpo, furando ondinha, jiboiando… sacumé, né?

aliás, eu e uma multidão… gente de todo o planeta, de todos os cantos do brasa, de todos os lados do rio de janeura.

coisa linda, uma mixagem esplendorosa de tipos, cores, origens… tal e qual aTRIPA!!!

pois bem, depois do contato físico com a rainha do mar, fiquei secando a cabeleira ao vento, tranquilão…

bem pertinho da areia molhada.

quando em dado momento, passa por mim um caboclo rumo ao templo… pára a uns cinco metros,

deixa a espuma do oceano atlântico cobrir os pés… coloca o pau pra fora e começa a mijar.

(eu avisei que a coisa por aqui será indomável)

é isso, o elemento ficou a corroer, por longos segundos, o planeta terra… em todos os sentidos e níveis!!!

well, well, well, eu – também – comecei a espumar mentalmente:

– caraca, que porra é essa? ele acha que está na casa da mãe dele?

o cidadão estava bem na minha reta… felizmente, o membro ficava oculto… mas o esguicho brilhava na noite!

dezenas de pessoas passaram, viram a grosseria… e ninguém se manifestou.

o desgraçado deve ter jorrado uns cinco litros de urina no palácio da rainha.

ao meu lado, pertinho, estavam dois indivíduos de roupa, capacete na areia, fumando uma morra.

ainda pensei: “será que só eu estou vendo isso?”

mas eles estavam com a visão enfumaçada… e silenciaram diante do descalabro.

depois de esvaziar a bexiga, o bípede voltou todo sorridente… e eu, ali, soltando marimbondo pelas ventas.

em poucos minutos, o mijão retornou à residência de iemanjah (uau, mais que nunca) com uma garrafa de cerveja nas mãos

… e começou a coletar água.

pensei eu com meu calção do vascão: “bom, pode ser para ele beber mais tarde, antes de dormir”!

relaxei, a visão correu para outros pontos… mas percebi a volta da fera, coladinho a mim… sem a garrfa!!!

PQParille… o filho da puta jogou a porra da garrafa de vidro no mar!!!

e, mais uma vez, voltou com o sorrisinho demente nos cornos…

pra encontrar os “amiguinhos”, uns dez.

enquanto isso, a turma do mujica – dos capacetes – nem tchum, suave, na paz… tudo normal.

eu já estava desorientadaço… na boa, doido para vazar dali… o cheiro de merda no ar era inevitável.

em seguida, surgiu um comparsa do mijão, grandalhão, e mergulhou…

o capeta na minha orelha esquerda foi inclemente:

– “porra, maurição, manda bala. quando ele sair do mar, diz que ele teve sorte de não ter se cortado na porra da garrafa que o filho da puta do amigo jogou no mar. diz, caralho, seja macho uma vez na vida”

na orelha direita, o anjinho entrou em cena:

– “maurição, deixa queito. ele está desde a manhã enchendo a caveirinha. tá doidaço. você vai se meter a greenpeace e periga tomar uma bala por dentro da lata. sossega, ainda mais que os maconheiros – que poderiam te ajudar – estão mentalmente lá em montevideo. engole seco. tem roNca roNca semana que vem”

PQParille… pensei eu, de novo, com o calção do vascão:

– “imagina eu sendo espancado pela turma do verme e pelos “uruguaios”!!!

ok, atendi ao anjo… e cheio de indignação, cagaço, ódio e impotência ainda fiz o desejo final da noite:

– “que esse filho da puta volte aqui amanhã e ao mergulhar de cabeça no altar da rainha tenha para recepcioná-lo, bem colocadinha num banquinho de areia, bem acomodadinha… “

ih, peraí, peraí… o anjinho apareceu aqui agora:

– “que isso maurição? lembre de marley, esquece essa garrafa vingativa e inútil que você está preste a escrever e coloque iemanjá para esperar o vândalo no fundo do mar. vai ser melhor pra todos”

ok, tá colocada… vai majestade!