é bom esclarecer – mais uma vez – que quase tudo em nossas vidinhas está baseado em gosto pessoal…
e essa é a grande causa dos conflitos entre humanos… TODOS!
afinal, poucos são os que aturam/respeitam/convivem com opiniões diferentes das próprias.
– porra, tu é um mané mermo, hein? como pode gostar dessa merda de sertanejo?
– caraca, maluco! que idiota você é se empapuçando de rabada?
– mas que perda tempo torcer pela porcaria do grêmio, hein?
– sua casa não tem espelho não? que namorado horroroso você arrumou, amiga!
– como você pode ter coragem de sair com uma camisa dessas?
– és uma besta em frequentar aquele culto de mentirosos!
well, well, well… o desfile de desafinações é infindável!
toda essa xaropada para dizer que a única banda que eu realmente gostaria de conferir no lollapalooza que começa amanhã, em são paulo, é o apanhador só… principalmente pelo fato de nunca ter visto a tchurma gaúcha!
situação bem diferente do terra, ano passado, com the roots + beck + blur… onde marquei presença.
claro que seria bom ver/rever outras atrações… mas não nas condições de um festival.
todos os nossos conterrâneos podem ser presenciados em outras situações.
eu não colocaria em risco a passagem do café tacvba, ano passado, pelo circo… 10, nota 10!
e dos quatro “grandes” internacionais, nenhum me levaria para são paulo… onde o cu$to benefício seria bem negativo pro meu bolso.
muse é uma das mais desnecessárias bandas sobre a face da terra!
nine inch nails não mais me faz ir até a esquina!
soundgarden igualmente!
e o arcade fire…
parece que virou – definitivamente – o grupo que mais rende homenagens ao cassino do chacrinha de tanta papagaiada no palco!
e olha que, em 2005 quando estavam trabalhando o primeiro – e ótimo – disco, já detectei essa tendência no show do tim festival.
achei tudo bem forçação de barra… muita coreografia, troca de instrumentos, caras & bocas… desnecessários!
mas como a música era boa, nota 7!
o tempo rodou, o arcade fire seguiu fazendo discos acima da média do mercado…
até desembocar no mais recente, “reflektor”, produzido por james murphy (LCD).
ouvi algumas faixas na web… e desanimei.
pra mim, o lado mais sedutor do arcade fire é – ou era – a sonoridade mais acústica, menos processada, mais simples…
e de tudo que passou pelos meus ouvidos, do novo disco, nada se aproximou desse lado da moeda.
pra piorar, quem já viu garante que os shows atuais fazem o programa do velho guerreiro parecer uma missa de sétimo dia.
portanto, tentarei acompanhar o lolla pela TV… desde que não reprisem, no mesmo horário, algum programa do abelardo!