marcelo “caipirinha” chegou forte pela manhã:

“Salve Simpatia!
O email vai ser comprido, mas a estória é boa.

O contexto: hoje aqui na Inglaterra o parlamento vai votar uma proposta do governo (coalisão entre conservadores e liberais-democratas, os “libdems”). Essa proposta tem causado muita controvérsia, em particular porque (1) transfere quase que todo o custo da educação em universidades “públicas” do estado para o estudante, (2) as universidades inglesas passam a ser as mais caras do mundo, e (3) durante a campanha eleitoral, um dos principais slogans dos libdems era “eliminar as taxas universitárias”.  Desde que a proposta foi anunciada, os protestos foram muitos, grandes e sérios. Exemplos: dezenas de milhares de estudantes na rua em Londres faz pouco tempo, quebra-quebra na sede do Partido Conservador, e prédios de universidades invadidos e ocupados por estudantes (aqui em Leeds, a ocupação completou duas semanas ontem).

Agora a estória – uma tradução do que tá em inglês aí embaixo. 

David Cameron (primeiro-ministro do Reino Unido) tem sofrido várias gozações no parlamento desde que declarou ser fã dos Smiths.

Johnny Marr (guitarrista dos Smiths) recentemente pediu ao primeiro ministro, via Twitter, que ele parasse de declarar seu amor pelos Smiths. Em seguida, Morrissey emendou com uma longa declaração de apoio a seu ex-parceiro de banda.

Ontem, um parlamentar da oposição mandou essa durante um debate no parlamento, à sombra do Big Ben: “Como alguém que se declara ávido fã dos Smiths, o primeiro-ministro deve ter ficado chateado ao ouvir, esta semana, que tanto Morrissey quanto Johnny proibiram o primeiro- ministro de gostar deles. ”

E continuou: “Os Smiths, claro, são *o* grande examplo de banda de estudantes.”

“Se o primeiro ministro sair vencedor do voto de quinta-feira, que música ele acha que os estudantes estarão ouvindo naquele momento? ‘Miserable lie’, ‘I don’t owe you anything’ ou ‘Heaven knows I’m miserable now’?”

No que Cameron respondeu: “Acho que, se estiverem pensando em mim, não vai ser ‘This Charming Man’. Se eu estiver ao lado do Secretário de Estado, …” (William Hague, uma das figuras de mais destaque do Partido Conservador) “… então acho que vai ser ‘William, it was really nothing’.”

Essa troca de idéias tá no youtube!

Abração,”
Marcelo///