a bula do #541…

washington “apolinho” rodrigues no radiolla, globo fm, novembro1991

jah shaka & aswad – “drum dub”

toni tornado – “não grile a minha cuca”

faces – “silicone grown”

marcos valle & azymuth – “fittipaldi show”

bert jansch & johnny marr – “intro / poison” (BBC 2001)

bixo da seda – “bixo da seda”

bombino – “azamane tilade”

fleetwood mac – “oh well”

haim – “oh well” (parte / ao vivo, 2014)

david sylvian, ryuichi sakamoto & ingrid chavez – “heartbeat”

damon albarn – “the tower of montevideo”

primal scream – “movin’ on up” (hackney studio demo)

roxy music – “my little girl”

ouça AQUI o programa

daniel mandou pra gente “a tragédia do chicabon”…

A TRAGÉDIA DO CHICABON
O pedido nem foi para mim, mas senti que precisava fazer algo a respeito e tratei de tomar uma posição e uma atitude, porque é assim com os assuntos graves: quanto mais cedo forem resolvidos, melhor.
A denúncia, das mais sérias, foi trazida por Maurício Valladares, mais conhecido como Mauval, e Nandão, cujo real nome infelizmente ignoro. Eles são os apresentadores do programa de rádio roNca roNca, que há 40 quarenta anos ronqueja por aí, primeiro na FM e depois na internet, trazendo a fina flor da música brasileira e internacional.
Tudo embalado em um bate papo que parece saído de uma mesa de bar, por isso mesmo dos mais sérios. Dá vontade de pegar uma cadeira, pedir um copo e participar da conversa. Aliás, fora o copo, é exatamente o que estou fazendo agora. Dá pra chegar um pouquinho pro lado? Valeu!
Figuras borbulhantes e telescópicas – para usar termos que a dupla empregaria – da cultura nacional, Mauval e Nandão dedicaram vários minutos de um recente programa para denunciar um sinal inequívoco do fim dos tempos: o picolé Chicabon encolheu. Para piorar, o palitinho também foi reduzido, o que inviabiliza o regozijo final dos apreciadores da iguaria, que é abocanhar de uma só vez o sorvete que resta grudado nesse singelo pedaço de pau, puxando-o com os dentes. Agora, uma lambida simples bastaria para dar cabo do doce. Um escândalo!
Eu chegaria nessa mesa afirmando que o Chicabon talvez fosse a última das instituições brasileiras sérias. A outra, a seleção de futebol, deixou de ser respeitável há algum tempo. E traria a lembrança de que o escritor Nelson Rodrigues chegou a juntar ambas em algumas de suas crônicas, como no texto exaltando o bicampeonato mundial alcançado na Copa do Mundo do Chile, em 1962: “Outrora o brasileiro era um inibido até para chupar Chicabon. Agora não”. E ainda colaborou para a imortalidade do primeiro picolé fabricado no Brasil em formulações que só ele seria capaz de fazer: “Digo mais: sem esse mínimo de sorte, o sujeito não consegue nem chupar um Chicabon, o sujeito acaba engolindo o pauzinho do Chicabon”.
Com as novas dimensões da iguaria, esse risco tornou-se real. Imagina morrer entalado com um palito de Chicabon “new generation” na garganta? É pior do que bater as botas em frente a um prato de Miojo, que meu pai um dia definiu como uma das mais humilhantes passagens possíveis. Foi-se Nelson Rodrigues. Foi-se a seleção. E, agora, foi-se também um naco do Chicabon. Mas o Miojo, esse continua por aí, impune. O horror!
Escandalizados com a tragédia pré-apocalíptica, Mauval e Nandão lançaram no ar um pedido para que Joaquim Ferreira dos Santos tratasse do assunto em sua coluna semanal na imprensa. Fiquei ansioso para ler o texto desse cronista de que tanto gosto, mas ele ainda não saiu e, como falei ali no início, há assuntos que não podem ser adiados. Sem dúvida, é o caso.
Dessa forma, após realizar uma saída de campo e confirmar a gravidade do problema, sugiro iniciarmos um movimento pela volta do Chicabon raiz. Podem contar comigo nessa causa tão nobre e urgente. Se não fizermos nada, muito em breve só nos restará chupar o dedo.
Daniel Cariello

aTRIPA barbarizando (como sempre)…

Assunto: this is religion
“Agradeço por mostrar um dos  HINOS do rock and roll. Música belíssima, emocionante e atemporal. ‘Ten Years After’ é uma das minhas bandas favoritas e Alvin Lee um dos 5 guitarristas da vida. Também a história do bunker  na  ‘Galeria Menescal’ merece  elogio. Demais!   Quando ia na ‘Modern  Sound’, atravessava a monumental entrada para chegar na  ‘Nossa Senhora de Copacabana’ e pegar o ônibus. Curiosamente, essa semana  pesquisava prédios lendários do RJ, pois estive perante o ‘Edifício Seabra’, no bairro do Flamengo, conhecido como o ‘Dakota’ carioca. Na minha opinião,   mais bonito que o irmão nova-iorquino. Fiquei uns 10 minutos de olhos parados rastejantes admirando a arquitetura.  Vale uma falation sobre esses prédios qualquer dia, heim…
Abraço.
Cheers.”
Luiz Eduardo
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Assunto: A subida do Fughetti
“E aí Mauval, quais as novas na capital da Guanabara?!!
To pra escrever maior tempão…
com a subida do Fughetti, resolvi aparecer, pois lembrei que há
pouquíssimos programas, vcs falavam da importância dele pro rock brazuca… ai pensei: que outro lugar a não ser no Ronquinha essa entidade do rock, seria lembrado!?
A geração que nos apontou o caminho, está partindo!!
Mas como vcs repetem sempre… ouviremos estas notícias a cada semana!!
…e já que sobrou espaço no papel, e aproveitando o selo da missiva… que programa com Tim Vickery, que obra… a forma como ele constrói a ideia da arte traduzindo a sociedade e transformando a consciência através da música é maravilhoso… é mais que um  programa, é um tratado sociológico!!
Vida longa ao Ronquinha!!!”
 
Gil
Novo Hamburgo, RS