“Fala Mau Val,
cara que bula a do #433!
– mais uma –
Diz aí Nandão, o que é o tempo?
Em pleno 25 de março de 2021
ouço um programa musical atualíssimo que
abre com Boscão, ainda no clima Ouro Pretano,
descoberto por Vinícius de Moraes
e abraçado pela nata dos músicos
da época… depois você morde um Bibi e pelo canto da boca
manda um esporro na ALERJ, aproveitando pra ralar a agulha no
primeiro LP com o transe sonoro do Weather Report… porra!
Pensei, agora vai rolar uma pausa pra respirar…
paul newman, vc abre o baú e chama o Apolinho Washington Rodrigues
com o show da madrugada falando pela primeira vez em uma emissora FM.
Podia ter acabado por aí que o olho da geral já estaria parado…
Que nada, vc ainda tira da cartola Hermano, Suassuna e o
movimento Armorial, um clássico entre clássicos da Marcus Pereira,
Jorge Ben apagando velinhas, Kinks e não satisfeito tira onda demais com a Metal Box…
Consequência, saí dançando rumba cubana igual zumbi atrás de vacina!
Porra Mau Val só vc mesmo, só o ronquinha!”
Fabio
+
Assunto: Estrogonófico #433
“Caros MauVal e Nandão!
O inoxidável #433 está devidamente documentado e guardado para os verdinhos… bem que poderia ser depositado numa metal box como o PIL…
Aliás, que programa…
O cão estava descansando, língua pra fora, olho fitado no nada, quando passam por ele JB com o eremita, Tom Jones com sua versão da salada polk de annie e Racounteurs… o cão pirou, e seguiu sua interminável caçada!
Como se não bastasse, nosso querido Apolinho direto de 91 (esse programa tb me lembrei)
Abraços!”
Demétrio
+
Assunto: Tom Jones!!!!
“Mauval, meu amigo, tudo bom? Bom dia pra ti e pro Nandão!
Rapaz, o #433 está sensacional, de arrebentar a bombacha do vovô.
Fiquei especialmente comovido com o resgate de Sir Tom Jones, que é um dos mais queridos cantores da minha humilde preferência. Não por coincidência, saiu uma caixa violenta com DEZESSETE DISCOS do homem pela Decca Records, a The Complete Decca Studio Albums Collection, com quinze discos do cara, gravados e lançados entre 1965 e 1975 e uma compilação dupla, chamada HIDE AND SEEK, que pega sucessos e lados-B.
Sempre achei a canastrice do Tom absolutamente sensacional, um exagero na medida, dando a impressão que ele ia morrer após algumas interpretações, tamanho a força do cara na voz.
Eu não sei se entendi direito, mas ele não subiu há algum tempo, tá firme e forte, com 80 ANOS.
É isso, meu caro, queria te dar um abração por fornecer esse combustível de criatividade e novidade (nova ou velha) pra gente, que teima em levar a música a sério. Você é o cara.
Grande abraço,”
CEL
+
Assunto: JB
“Mauricio,
Estou uma semana atrasado na audiência do programa, acabei hoje de ouvir o #432 – sorte que estava de máscara, pois quase chorei dentro do supermercado quando vc colocou as duas músicas do Tiro de Misericórdia.
É meu disco preferido do João Bosco.
Em janeiro de 2020, dentro da Oficina de Música de Curitiba, semanas antes de iniciar a pandemia, JB fez um show histórico e sensacional no Teatro Guaíra em Curitiba, acompanhado do Vocal Brasileirão… assim… eu já assisti muitos espetáculos na minha vida, mas foi um negócio de arrepiar… emoção pura.
Obrigado, Mauricio,
Grande abraço,”
Terence
+
Assunto: João Bosco aqui é matéria obrigatória!
“Fala MauVal! Tudo certo?
Cara, to pra te escrever desde a semana passada e não consegui.
Aquele “tiro de misericórdia” no final do #432 me pegou de jeito. E, pelo jeito, não foi só em mim não, né?
Mas não tem como ser diferente. João é gênio!
Eu cresci ouvindo meu pai e a família dele tocando violão e cantando JB. Era “kid cavaquinho”, “papel marchê” e outras. Mas a que eu mais gostava era ‘Rancho da Goiabada”, com todo mundo cantando junto na cozinha da casa da minha vó.
E aqui em casa JB continua sendo matéria obrigatória. Olha a Maria Antonia aí com essa pérola na mão!
E esse vídeo aqui que tá no youtube, já deu um confere? É o programa “Repertório Popular” da TV Cultura, gravado em 1979. “Tiro de misericórdia” fecha o programa, tal qual o #432. É muito foda!
ok, a placa existe… a expressão “gol de placa” tá na boca da massa… o jogo foi filmado mas onde está o tasco com registro do gol que fui surrupiado? qual a razão de algum miserável ter feito isso?
oxente, não é qualquer um que podia/pode entrar na sala de edição de quem filmou o jogo e, cirurgicamente, desaparecer com o tal “gol de placa”… mas e aí? ficou nisso? ninguém correu atrás do desgraçado que operou essa barbaridade?
enfim, mais uma história maldita “made in brazil”!
“Tenho que confessar que sou um recém-convertido ao programa, apesar de conhecê-lo “de ouvir falar” há décadas. Hoje tenho que concordar com o Zé Flávio que me disse, há uns anos, que a “cena de São Paulo” teria muito a ganhar se tivéssemos tido acesso ao programa nos anos 80 e 90, quando um certo “xiitismo” fazia parte de nossas vidas.
Gostei muito da última edição, até porque também entrei tardiamente em uma fase João Bosco e, só agora, me dei conta de como ele é brilhante, mesmo achando aqueles boleros dele meio pentelhos, bem como as versões “definitivas” feitas pela Elis para as suas músicas. Mas concordo com o Valladares: ele precisa passar por um processo de “johnnycashzação” e ganhar mais prestígio e respeito (mas, por favor, não pelo Di Nucci haha).
Aliás recomendo que vocês escutem no Spotify a versão comentada de um disco recente dele chamado Abricó de Macaco onde ele desvenda um pouco seu método de trabalho. Tem muita história boa ali, a começar pelo fato do disco ter sido gravado ao vivo em estúdio e tudo de primeiro take. Ou seja, sim, o cara é absolutamente foda e está em uma casta de músicos brasileiros abençoados (no violão pós-JG diria que ele forma um quadradinho mágico com Ben, Toquinho e Gil).
Voltando ao programa, eu gosto mesmo é da mistura de alta cultura com uma certa fuleiragem, algo que eu sempre valorizo na arte, na cultura e nos seres humanos em geral (uma vez disse para o Pedro Só que se tivesse a chance de ter a minha revista faria uma Mojo com espírito galhofeiro, e chamaria ele para editar…).
Enfim, eu tive que escrever para vocês pq o último programa fez com que eu me lembrasse dessa foto que fiz há uns dois anos e, acho, tem o espírito do programa…
o #433 mostrando páginas inoxidáveis do Rádio + nandão reluzente + weather report, vieira e seu conjunto, tom jones, the raconteurs, washington rodrigues (apolinho), PiL, voluntários da pátria, joe cuba, the kinks… e muito mais.
o #433, hoje, às 22h, aqui mesmo no poleiro
(+ deezer, spotify, itunes, google podcasts, mixcloud, castbox…)
Como andam as coisas por aí? Não sei se tem como estar bem né? O mundo nessa loucura e o reinado do mocorongo com força total! No Brasil um mocorongo se encontrou com outro e ganhou muita força… mas precisamos seguir.
Putz, que saudade. Meu último pombo pra vocês foi dia 05/12/2019 (ainda estou esperando o Bola de Nieve). Lembrando de como era a nossa vida… parece que entramos em outra dimensão.
Durante esse mais de um ano vocês me acompanharam nessa jornada pandemística (pode?) e trouxeram momentos de alento, alegria, reflexão e de companhia. Tiveram alguns programas históricos como o 400 (ouvi várias vezes), o 409 (beijo tripinha!) e tantos outros que me fizeram pendurar no teto com o olho parado total.
Apesar desse hiato de mensagens, nossa convivência semanal me deixa muito próximo de vocês, e consequentemente de toda a TRIPA. Estabeleci diversos diálogos, enquanto ouvia o programa, e pensava depois mando um pombo pra eles. Mas acabei adiando esse momento. Talvez porque o meu subconsciente sabia que a emoção seria forte e que precisaria de um estoque de lenços a disposição… mas cá estou para agradecer vocês por todos esses momentos. A música realmente salva!
Muito obrigado por continuar, mesmo diante de tudo isso…
bethinha e filipão dando uma circulada por cromwell road, tranquilões, com zereta de segurança pra alegria da rapeize nas calçadas… pena que a coluna do carango encobriu a expressão de felicidade da monarca quando o duque de edimburgo apresentou o “tamanho do badejo” que seria servido mais tarde nos aposentos reais…
segue o detalhe (em clima “blow up”) também mostrando a carinha pimpona do amarra cachorro / 007 no banco do carona…
O tripé da programação se completa com as rodas de conversa. Do dia 23 ao 27, sempre às 20h, Fred Coelho, autor do ensaio biográfico sobre Jards, media debates entre o artista e alguns dos diretores e atores dos filmes da mostra. Entre os convidados, estão os diretores Cláudio Assis, Eryk Rocha, André Sampaio, Daniel Caetano e o ator Ney Santanna. Na Trilha de Jards tem acesso gratuito e conta com o patrocínio da Lei Aldir Blanc, por meio do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Confira a programação abaixo:
Show e Rodas de Conversa
23/03 | 20h30
Apresentação Cine Macalé
24/03 | 20h
Filme – Amuleto de Ogum
Debate “Jards descobre o cinema” – com Macalé, Coelho e Ney Santanna
25/03 | 20h
Filme – Big Jato
Debate “Um cantor ator” – com Macalé, Coelho e Cláudio Assis
26/03 | 20h
Filmes –Conceição – Autor bom é autor morto / Tira os Óculos e Recolhe o Homem
Debate “Cinema, música e experimentação” – com Macalé, Coelho, André Sampaio e Daniel Caetano
27/03 | 20h
Debate “Música verdade” – com Macalé, Coelho e Eryk Rocha
Mostra de Filmes
O Amuleto de Ogum Direção: Nelson Pereira dos Santos
Ficção|1974| 112 min Bethânia Bem de Perto
Direção: Julio Bressane e Eduardo Escorel
Doc|1966| 32 min
Big Jato
Direção: Claudio Assis
Ficção| 93 min |2015
Canções do Exílio: A labareda que lambeu tudo
Direção: Geneton Moraes Neto
Doc|91min| 2011
Casa 9 Direção: Luiz Carlos Lacerda
Documentário|70 min|2011
Conceição – autor bom é autor morto
Direção: Daniel Caetano / Samantha Ribeiro / Andre Sampaio / Guilherme Sarmiento / Cynthia Sims
Ficção | 78min |2008
Jards Direção: Eryk Rocha
Doc | 94 min | 2012
Jards Macalé: Um Morcego na Porta Principal Direção: Marcos Abujamra e João Pimentel
Doc|2008| 72 min
Macunaíma
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Ficção|98 min|1969
Tenda dos Milagres Direção: Nelson Pereira dos Santos
Ficção|2h15m|1979
Tira os Óculos e Recolhe o Homem
Direção: André Sampaio
Ficção | 20min |2008