nathalie, nathalie, nathalie (ou nathalie X 1000000000)…

Assunto: porcelaNa

“fala, Mauval!
Finalmente envio uma foto da porcelana! Demorei, mas, agora vai.
ontem a noite, ouvi o #356, não consegui ouvir “ao vivo” na semana passada…e, depois daquela puxada de orelha,hahaha resolvi fazer um registro singelo da porcelaNinha. segue a foto, no anexo.

mando também um áudio do amigo Willian, de Japeri, que pegou a que seria última caneca da Renaissance… ele tentando me consolar e mostrando os poderes de cura da porcelana rs (viraria vinheta facil, haha)
enfim, depois de altas sipitucas, resgatei uma caneca e está em minhas mãos!
tai na foto, como cê pode ver! 😛

depois de colocar a audição do ronca em dia, me embrenhei pela madrugada a dentro na companhia do nick cave e os bad seeds.
criei coragem e peguei o Ghosteen pra ouvir.
Que disco bonito. E, igualmente triste. Olhinhos fizeram blublu fortemente. Precisa estar preparada pra essa viagem
Tô meio sem palavras pra esse disco. Sigo impactada e tentando digerir Ghosteen. Rolou um abalo sísmico aqui e alta comoção em “Hollywood”, que já é a minha preferida. altas reflexões.
aproveitei os efeitos do disco e peguei os últimos textos que ele anda escrevendo, aquelas cartas em resposta aos fãs. Que coisa linda e de uma gentileza sem tamanho. Ele, sempre o melhor conselheiro e melhor que qualquer terapeuta. <3 hahah
chorei de novo, lendo as cartas. Nick Cave né, sempre arrancando lágrimas.

enxugando os olhos aqui…
ansiosa pra te ouvir falar sobre o tema King Crimson no arraial do Medina, no #357
e certa de mais choradeira com alguma música do Nick caverna nesse programa.

beijos pra ti e pro Nandão
avisa pra ele segurar a onda com esse veneno, hein! hahaha”

🙂
Nath

a bula do #357…

cream – “toad” (parte, ao vivo, 1968)

cream – “white room”

china – “consumo”

madness – “baggy trousers”

madness – “one step beyond”

heaven 17 – “let me go”

la lupita – “pa’larisa”

cuca – “todo con exceso”

joan baez -“no expectations”

arthur russell – “springfield”

massive attack & elizabeth fraser – “teardrop” (scream team remix, 12″)

fellini – “teu inglês”

frank sinatra – “that’s life”

frank sinatra – “my way”

king crimson – “indiscipline” (ao vivo, 2017)

jessye norman – “isoldes liebestod”

ouça AQUI o programa

nasceu, há 50 aninhos, para assombrar a humanidade…

Como obra-prima do King Crimson levou o rock a ‘Dark side of the moon’

Lançado há 50 anos, em 10 de outubro de 1969, o álbum ‘In the court of the Crimson King’ inspirou bandas como Yes e Pink Floyd

LONDRES — Cinquenta anos atrás, em Londres, todo mundo que se interessava em música estava falando sobre uma extraordinária banda nova. Eles ainda não haviam lançado um álbum, mas apresentavam sua mistura inovadora de rock, jazz, música clássica e psicodélica em shows ao vivo. Um desses shows foi para meio milhão de pessoas, abrindo para os Rolling Stones no Hyde Park. Outro fez um ilustre membro da plateia, Jimi Hendrix, chamá-los de melhor banda do mundo.

 As revistas de música (bíblias para os fãs no período pré-digital) destacavam algumas características e as gravadoras disputavam seu contrato. A banda se chamava King Crimson e seu primeiro álbum foi “In the court of the Crimson King”, lançado há 50 anos, em 10 de outubro de 1969. Assim como “Nevermind”, do Nirvana, “Ziggy Stardust”, de David Bowie, e a estreia homônima do Run DMC, foi definidor de um gênero.

As cinco canções eram pastorais, pesadas, extravagantes e até simples, com riffs apocalípticos se misturando a influências do hard rock, do jazz clássico e moderno até canções da Idade Média.

— Foi um divisor de águas — diz Ian McDonald fundador da banda e um dos co-autores das canções do do álbum. — Lembro de ouvir e pensar: “O que é isso?”. As bandas voltavam para repensar suas músicas quando ouviram. Eu sei que o Yes fez isso quando ouviu.

Isso pode não ter sido completamente bom. Apenas quatro anos depois, o Yes lançou seu álbum “Tales from topographic oceans”, uma composição única dividida em quatro lados do vinil e inspirada em uma nota de rodapé na autobiografia de um místico indiano. Na turnê, o palco trazia casulos de fibra de vidro que em um show não se abriram, deixando o baixista preso. As canções eram tão longas que uma vez o tecladista Rick Wakeman pediu uma refeição no palco e comeu enquanto os outros membros da banda tocavam. Mas isso dificilmente poderia ter sido previsto quando “In the court of the Crimson King” foi lançado.

— Nunca pensamos nisso como rock progressivo — diz McDonald, que tocava flauta, saxofone e teclado. — É até engraçado, esse termo não era usado. Só fizemos o que achávamos que a música precisava.

– A transição do blues ao jazz

O King Crimson não foi a única banda britânica em 1969 a abandonar o elemento blues do rock e buscar a complexidade e virtuosismo do clássico e do jazz. Em setembro daquele ano, o Deep Purple se apresentaria para grupos e orquestras com a Royal Philarmonic no Albert Hall; álbuns de referência de The Moody Blues, Procol Harum, Genesis, Yes, Pink Floyd e outros foram lançados; e bandas da futura realeza do prog-rock, como Wishbone Ash, Hawkwind e Supertramp, estavam sendo formadas. Mas “In the court of the Crimson King” foi o momento decisivo, “uma obra-prima misteriosa”, de acordo com Pete Townshend, do The Who.

O grupo era (e ainda é) liderado pelo mago da guitarra Robert Fripp, um mestre em afinações incomuns e acordes e vozes complexas, diz McDonald. Fripp é o único membro permanente do King Crimson nesses 50 anos. O baixista e vocalista principal era Greg Lake, que mais tarde iria se transferir para a superbanda Emerson Lake & Palmer.

McDonald, co-fundador da Foreigner, gigante do final da década de 1970 (“I want to know what love is”), trouxe uma série de influências — “banda de exército, coros de vozes masculinas, trios de jazz…”. Um solo de flauta que ele toca na faixa-título “é um aceno direto a Scheherazade [de Rimsky-Korsakov] ”. As letras do poeta Peter Sinfield, sem querer, estabeleceram um modelo para grande parte do rock progressivo, admite McDonald.

— Algumas pareciam medievais. Infelizmente, isso significa que as pessoas pensam que o rock progressivo precisa ter dragões e fadas.

–  As capas viram obras de arte

Outro elemento que virou modelo para o rock progressivo foi a capa do álbum: um pesadelo de cores vivas pintado por um amigo de Sinfield, Barry Godber. Aquela capa parecia ter transcendido a simples embalagem para se tornar arte, da mesma forma que a música ia além das formas simplistas do pop da época. Os lançamentos seguintes aprenderam essa lição — as paisagens alienígenas de Roger Dean alavancaram a popularidade do Yes quanto as letras místicas.

“In the Court of the Crimson King” abriu muitas portas. Yes, ELP, Pink Floyd e outros venderam dezenas de milhões de álbuns de rock progressivo — só “Dark Side of the Moon”, do Pink Floyd, já vendeu quase 50 milhões de cópias desde seu lançamento, em 1973.

Mas então veio o punk rock com seu minimalismo “faça vocêmesmo” e ética de lo-fi que quase instantaneamente fizeram qualquer esforço progressivo parecer ridículo. Robert Fripp não ficou surpreso — muitas bandas progressivas saíram “tragicamente do caminho”, disse ele, acrescentando: “O King Crimson teve a inteligência de deixar de existir em 1974; o que torna aqueles que associam a banda aos ‘excessos bombásticos do rock progressivo’ no mínimo idiotas”.

No entanto, o rock progressivo se recusa a morrer. Annie Clark (St Vincent) descreve como aprendeu na adolescência a tocar Jethro Tull, uma das bandas que mudou seu som por causa de “In the court of the Crimson King” — numa sala de prática com um pôster do King Crimson. Ao memso tempo, bandas como Marillion, Radiohead, Mars Volta e Muse usam, abusam ou reinventam o rock progressivo (mesmo que, como o Radiohead, eles se recusem veementemente a admiti-lo). E Fripp reformou o King Crimson várias vezes, com várias formações – este mês, a última encarnação encerra uma turnê mundial, com direito a passagem pelo Rock in Rio .

Enquanto isso, como diz McDonald, “50 anos depois, o álbum ainda se mantém”. Ele está certo. E isso é muito mais do que se pode dizer sobre “Tales of Topographic Oceans”.

claudio & as raridades (ou tem coisas assim)…

Assunto: Foto da Raridade

“Olá Mauricio e Nando! Tem muito tempo que comprei a caneca, logo na primeira leva do Bibi que dava como brinde pela consumação. Comprei a minha na loja do Shopping Tijuca, logo no dia seguinte ao programa em que você anunciou a venda delas. Imaginei vários cenários para compor a foto, até mesmo na rua. No final foi em casa mesmo, junto com outras relíquias que ganhei nas festas do nosso ronquinha, veladas pelos olhos poderosos de Faye Dunaway e Robert De Niro. Dois cds: um duplo do Hendrix numa do Santa Fé e uma coletânea que ganhei na do Ballroom. E um adesivo para o carro do programa que na época da Globo FM chamava-se “RADIOLLA” e era toda quarta das 22 até meia noite. Saí de casa no Méier para pegar os meus na rua do Russell, quase meia-noite. Eram dois. Esse que aparece na foto está no meu carro atualmente. Para quem perguntava o que era aquele adesivo, eu dizia: “É o programa do meu amigo Mauricio!”. Tem coisas assim, que fazem parte da nossa vida para sempre.
Um Grande Abraço!”
Claudio

o #357, hoje, às 22h, aqui mesmo no poleiro…

jumboteKo de bússola esmigalhada, ao som de massacrantes comentários sobre “coringa” e “arraiá do medina” com nandão cuspindo parafuso enferrujado + joan baez, china, arthur russell, fellini, sinatra, la lupita, king crimson, heaven 17, massive attack… e muito mais. sinistróide!

hoje, às 22h, aqui mesmo no poleiro + deezer, spotify (?!), itunes, tunein, mixcloud, castbox, pocketcasts… e a novidade playerfm

william maximizando a experiência (ou o seNtido da vida)…

Assunto: CaNequinha.

“Salve MauVal e Nandão.

Bichos, cês estão bem? Espero que sim. Rapaz, essa caNequinha é uma parada né? Deixa o sabor de qualquer líquido mais encorpado, gostoso, maximiza a experiência de beber um caramelo, por exemplo. Parada é porreta.

Eu consegui o meu Graal no Renaissence Discos, graças ao aviso da minha amiga & irmã da vida Nathalie. Outra figurinha d’a Tripa. (Insssclusive o roNquinha foi um dos primeiros assuntos em comum que tivemos quando começamos a
conversar nos idos anos de 2013. Incrível como tu MauVal e o roNquinha tão presentes na minha vida. Sempre ali pelo arredores). Porra tava numa pindaiba danada, uma bad sem fim, totalmente desacreditado na vida… Até que chega uma mensagem da Nathalie avisando que no último programa você avisou que tinha caNequinha nas duas lojas aqui no RJ, pans e se desse um incerto poderia rolar. Rapaz, eu pulei da cama, troquei de roupa, pedi um Uber e fui direto pra loja. Consegui. Na hora eu mandei um áudio pra Nathalie pondo os meus sentimentos pra fora (segundo a mesma vai enviar para ti, junto da foto da caNequinha dela) e quando cheguei em casa botei o Jorge Ben 69 pra rolar no talo e tomar meu cafézinho na caNequinha. Tudo fez sentido na vida.

Em anexo tem uma foto que fiz do exato momento que tudo fez sentido na vida. E vendo agora tem as minhas religiões, paixões e até ouso a dizer primeiros amigos.

Ouviram o novo trabalho do Robert Glasper recém lançado e intitulado “fuck yo feelings”? Tá bonito a parada. Não paro de ouvir. Tanto que ainda não consegui chegar até o Nick Cave e Wilco, que lançaram também trabalho novo na pista.

Tamo juntos meus queridos! Um forte abraço de urso no Nandão essa figura ímpar e afetuosa do universo & um outro pra ti Mauricio!

Cheers /+/”

William de Abreu.
Japeri, Bxd Fluminense

(Obs: rolou um momento batatada no ronca #331. Cês erraram meu nome hahahahah. Pedi o inoxidável Júlio Barroso & sua gang 90 & as absurdetes tocando “Lilik Lamê” & e virei o Wellington. Não fiquei chateado, acontece. Programa ao vivo tem disso. Seguimos. Tamo junto. Abraços!)

aTRIPA trippin’…

Subject: 20 anos depois… (ou menos)
“Fala Mauricio!
Esta é a segunda vez que escrevo. A primeira foi muito, MUITOS anos atrás, na época da Imprensa, quando eu, ainda universitário, voltava o mais rápido possível do campus Gragoatá da UFF pra chegar em casa a tempo de ouvir o programa. Era quarta, às 22h. Depois que arrumei um 3-em-1 (manja?) no qual eu podia programar o início da gravação, a correria ficou um pouco menor e eu passei a nunca mais perder o início. Gravando rádio na fita cassete com hora marcada, meu amigo! Tecnologia AVANÇADÍSSIMA que provavelmente metade dos seus ouvintes atuais nem ouviu falar. O Ronca foi responsável pela minha educação musical. Eu que, na época, curtia apenas gêneros muito específicos de música, expandi bastante o leque graças à sua influência. Te agradeço muito por isso.
Mas eu te escrevi, na época, pra te agradecer por ter posto no ar a trilha de “Barry Lyndon”, do Kubrick, que não sei porquê falou comigo de uma forma que me arrepiei todo. É realmente uma trilha magnífica, e você poderia transmiti-la de novo pra ver se a Torcida Ronqueira concorda. E foi muito maneiro te ouvir lendo meu email no ar. Não sei se gravei. Tenho uma coleção de fitas com momentos do Ronca (músicas, falas suas e do Ferrare & otras cosas) na casa dos meus pais lá em Niterói. Um dia pego pra passar pros meus tripinhas aqui de casa.
E agora, na segunda vez em que te escrevo, é pra te agradecer de novo, por uma lembrança que me trouxeste: o Mezzanine, do Massive Attack, que você tocou outro dia. Eu estou atrasado na audição dos programas, então estou ouvindo o #346 hoje (o mais recente, o .com.br me informa, é o #356 – mamãe!) e não sei se esse álbum voltou à baila posteriormente. Se não tiver, eu queria te pedir pra pôr no ar “Teardrop”, desse mesmo álbum, que é uma música que estoura qualquer medida de beleza, harmonia, atmosfera, sei lá. É do caralho (desculpa aí).
Ainda no momento “pedidos”, tem mais alguns aqui: se couber na programação, queria ouvir alguma do Men or Astromen e, ainda, “When the Levee Breaks” ou “In My Time of Dying”, do Led Zeppelin, que definem o que é o Led Zeppelin. E também um disco teu de anúncios antigos que você tocou naqueles primórdios (eu só lembro do Conhaque de Alcatrão de São João da Barra, mas tinha outros).
E pra finalizar, queria pedir pra você e o Nandão – grande figura – mandarem abraços pros meus camaradas Dudu e Tiago Corisco, que me informaram que o Ronca permanecia reverberando nas ondas internéticas, o que me permitiu esse fantástico reencontro. Sou grato a eles também por isso.
Um abraço deste seu ouvinte (agora novamente) fiel,
Leo Batman
+
Subject: Imperador
 GraNde MauVal, saLve saLve

 Como está Nandão, o Radio Show Man? Conseguiu chegar em casa com o fator pólvora nº 356? kkk, espero q esteja bem.
 MauVal, acumularam algumas informações q gostaria de luz na escuridão: uma delas refere-se a um player q acabei de encontrar na net com pocasts do RoNca, mas não me lembro de ter ouvido falarem dele. Trata-se do Player Fm
 Outra indagação refere-se a uma informação q ficou sobrevoando meus neurônios e ainda não entendi até hoje: No programa 320, especificamente na parte da fala do O Rappa, a partir dos 69min, Falcão começa a soltar frases aleatórias, soltando nomes tipo João Bosco, Zeca “vê se te manca e vai baixar em outro terreiro” e tal. Minha dúvida está aí: Essas são somentes frases aleatórias, jogadas ao vento, sem a pretenção de terem sentido ou foi algo realmente direcionado, q quiseram realmente dizer algo? Se rolou alguma treta na época e nunca soube?
 Aproveitando a deixa gostaria de ouvir no programa uma descoberta q fiz, aouvindo algumas coisas do Human League. A descoberta é q o término da banda gerou outra banda chamada Heaven 17, q não conhecia e talvez possa ter outros q não a conheça. Ouvir a música Let’s Me Go, do Heaven 17, me faria pendurar no teto de cabeça p baixo kkkk
  Agradecimentos desde já, sempre na escuta ao vivo/gravado e sempre na divulgação diária. Cheers”
Carlos Magno, Imperador (Paracambi – RJ)
.
+
Subject: Custo do VAR
“Fala Mau Val…fiquei curioso com sua dúvida no último programa. Depois de algumas pesquisas descobri que a CBF arcou com R$12 Milhões de infraestrutura, e cada time com cerca de R$350 Mil para cobrir os custos com pessoal ( juízes, biscoito globo e mate leão…).
Em uma conta simples, cada partida do Brasileirão sairá pela bagatela de R$50 Mil (infraestrutura e pessoas).
Apenas como mais uma informação, na copa da Rússia, foi criada uma central única do VAR; todas as imagens iam para uma única sala e isso trouxe principalmente benefícios financeiros. Aqui no Brasil, a infraestrutura precária (fibra ótica e internet de qualidade) não permite isso, aí é montada uma sala por jogo.
É ou não é de tirar o pica pau do oco????
Um grande abraço!”
Luciano, Rio de Janeiro.

de cabeça pra baixo…

láááá atrás, quando foram anunciadas as atrações do RiR2019, pensei com meus botões:

– PQP, não tem UM nome que me faça ter vontade de ir ao arraiá do medina!

mas como os paralamas estavam no pacote, engoli seco, pensei em nossa amizade, em nosso trabalho, blábláblá… mas sério, passou forte o pensamento de abortar a missão diante da inédita insalubridade desse ano… mamãe!

adiante, o arraiá informou a visita mais inesperada/surpreendente/inusitada/inoxidável de todos os tempos: KING CRIMSON… hein? como assim, bial?

só me restou torcer muuuuuuito para coincidir com o dia dos paralamas e… BINGO!

e tudo ficou ainda mais amarrado com os paralamas abrindo o palco mundo às 18h e o KC fechando o sunset às 21:15… perfeito!

os relatos do show de SP infomaram uma duração de quase três horas (o setlist está ali embaixo)… claro, o palco sunset não comportaria todo esse tempo… portanto, MEGA risco do rio de janeiro ver fatiada a primeira vez de fripp & seus bluecaps na cidade maravilhosa.

mas pensei eu – de novo – com meus botões: não é possivel que a banda e a produção do arraiá não pensem em algo fora dos padrões para essa estréia carioca. que o king crimson se apresente pelo menos por duas horas. que empurrem adiante o lixo que virá a seguir no palco mundo. que tirem meia hora de cada uma das buchas para o KC ter o mínimo de tempo necessário para fluir decentemente… até porque as referidas inutilidades não estariam aqui se não fosse o KC… simples assim.

até que às 21:15… começa uma das maiores grosserias sônicas que já passaram pelo brasil. isso, não me refiro ao rock in rio apenas… que já passaram por todos os palcos, de todas as cidades, de todas as galáxias brasileiras… PQP!

não vi o movimento da rapeize na platéia mas ouvi a empolgação a cada massacre ejaculado do palco tomado pela máquina de sons mais mortífera on earth.

áudio perfeito, cenário simples total, zereta de telões, três bateristas, tony levin esmigalhando os graves, mel collins, frippa… e Música para residir até o apocalipse final em nossas lembranças… J I S U S

até que, prestes a completar a primeira hora, a banda ataca de “21st century schizoid man”, há séculos a saideira do KC… pensei eu – de novo – com meus botões: “mamãe, essa porra vai acabar com uma hora de duração. não é possível que a produção do arraiá e banda não tenham se revirado para arrumar, pelo menos, mais meia hora”

“21st century schizoid man” cravou a fogo um dos três momentos mais cabeleira alta em todos os tempos do rock in rio junto com “cortez the killer” (neil young, em 2001)… o terceiro você escolhe!

mas o fato é que – como era previsto – a música fechou a apresentação do KC… uma hora apenas para quem estava esperando por eles desde 1969 mais todos os outros fissurados que atravessaram os séculos para testemunhar algo tão descaralhante.

claro que essa hora estará forévis em outra dimensão, uma outra experiência, numa gaveta muuuuito incomum de nossas vidinhas… algo para ser lembrado forévis do jeitinho da foto que abre essa lorota.

pra fechar, a confirmação habitual da estrutura montada pelo arraiá do medina. é surpreendente conferir no brasil de hoje (e de sempre) a qualidade imposta por eles em todos os detalhes. sinistróide.

seria muito bom se eles passassem um pouquinho desse “saber fazer” para a curadoria musical do arraiá… simplesmente, para satisfazer um público que para eles não existe.

que a vinda do king crimson traga (também) inspiração ao arraiá…

não é mesmo, meu campeão?

( :