“Fala Mauricio!
Esta é a segunda vez que escrevo. A primeira foi muito, MUITOS anos atrás, na época da Imprensa, quando eu, ainda universitário, voltava o mais rápido possível do campus Gragoatá da UFF pra chegar em casa a tempo de ouvir o programa. Era quarta, às 22h. Depois que arrumei um 3-em-1 (manja?) no qual eu podia programar o início da gravação, a correria ficou um pouco menor e eu passei a nunca mais perder o início. Gravando rádio na fita cassete com hora marcada, meu amigo! Tecnologia AVANÇADÍSSIMA que provavelmente metade dos seus ouvintes atuais nem ouviu falar. O Ronca foi responsável pela minha educação musical. Eu que, na época, curtia apenas gêneros muito específicos de música, expandi bastante o leque graças à sua influência. Te agradeço muito por isso.
Mas eu te escrevi, na época, pra te agradecer por ter posto no ar a trilha de “Barry Lyndon”, do Kubrick, que não sei porquê falou comigo de uma forma que me arrepiei todo. É realmente uma trilha magnífica, e você poderia transmiti-la de novo pra ver se a Torcida Ronqueira concorda. E foi muito maneiro te ouvir lendo meu email no ar. Não sei se gravei. Tenho uma coleção de fitas com momentos do Ronca (músicas, falas suas e do Ferrare & otras cosas) na casa dos meus pais lá em Niterói. Um dia pego pra passar pros meus tripinhas aqui de casa.
E agora, na segunda vez em que te escrevo, é pra te agradecer de novo, por uma lembrança que me trouxeste: o Mezzanine, do Massive Attack, que você tocou outro dia. Eu estou atrasado na audição dos programas, então estou ouvindo o #346 hoje (o mais recente, o .
com.br me informa, é o #356 – mamãe!) e não sei se esse álbum voltou à baila posteriormente. Se não tiver, eu queria te pedir pra pôr no ar “Teardrop”, desse mesmo álbum, que é uma música que estoura qualquer medida de beleza, harmonia, atmosfera, sei lá. É do caralho (desculpa aí).
Ainda no momento “pedidos”, tem mais alguns aqui: se couber na programação, queria ouvir alguma do Men or Astromen e, ainda, “When the Levee Breaks” ou “In My Time of Dying”, do Led Zeppelin, que definem o que é o Led Zeppelin. E também um disco teu de anúncios antigos que você tocou naqueles primórdios (eu só lembro do Conhaque de Alcatrão de São João da Barra, mas tinha outros).
E pra finalizar, queria pedir pra você e o Nandão – grande figura – mandarem abraços pros meus camaradas Dudu e Tiago Corisco, que me informaram que o Ronca permanecia reverberando nas ondas internéticas, o que me permitiu esse fantástico reencontro. Sou grato a eles também por isso.
Um abraço deste seu ouvinte (agora novamente) fiel,
Leo Batman