"Poxa! Esse cara descaralhou tudo!! ehehehehe Mas eu tô mandando esse recado pra te mostrar o texto que o Skylab escreveu ontem no blogue dele. http://godardcity.blogspot.com/2011/01/musica-natura.html "Os problemas por que passa a nossa música contemporânea advém desse vínculo estreito entre artista e produto. Esse leque que, por mais amplo que seja não significa nem a terça parte do que se produz hoje no Brasil, nos dá a impressão de perfumaria. Música para embelezar os corpos. Música para entreter. Música-superfície como os cremes que passamos para deixar nossa pele mais macia. Ao compositor que se inicia hoje, não resta outra opção porque a filosofia de outras empresas bem sucedidas e que investem na música, é a mesma. Daí a unanimidade da imprensa (essa sensação eu já havia manifestado no tópico que escrevi sobre “As Novas Cantoras Brasileiras”)" Destaco o parágrafo acima. Ele toca num ponto que eu já tinha percebido mas ainda não tinha entendido muito bem. Essas parceirias privadas e públicas na música, com músicos. Até onde a Natura quer que esses artistas exerçam essa "diversidade"? Até onde o governo quer que esses festivais cheguem? Até onde a OIFM quer que esses artistas exerçam essa "diversidade", e a tal "liberdade"? Até onde a Biscoitos Finos quer que esses artistas exerçam essa "diversidade"? E a imprensa, qual é seu papel exato nisso tudo?? Até onde pode chegar o discurso desses "artistas"? AS RESPOSTAS ME PARECEM MUITO ÓBVIAS! Essa era a chave que faltava nas minhas críticas anteriores. Além de representarem uma sociedade conformada e passiva, esses "artistas" se sujeitam à instituições que simplesmente os usam para vender cada vez mais de seus produtos inúteis!! Que não me venham com desculpas estúpidas como "o artista precisa de alguém que o apoie" ou " essas empresas estão fazendo muito pela divulgação da nova música brasileira." BULLSHIT!!! Já adianto isso para eles. Franz Kafka escreve, na última frase de O Processo, o seguinte: " - Como um cão! - disse ele, e era como se a vergonha devera sobreviver-lhe." Nunca foi tão atual. Nunca foi tão preciso. É praticamente irrefutável, agora, a frase do meu segundo texto: "essa “nova MPB” não tem valor cultural expressivo nenhum" Com ou sem o expressivo. Quem insiste em consumir e defender essa turma, que durma com esse barulho." Igor