postando…

“Salve Simpatia!

Ainda agora, olhando o tico-tico, vi a segunda parte da estoria de problemas com vendas pelo correio do estrangeiro pro Brasil. Depois de ler, fui tomar um Dreher e fiquei matutando…

Eu saí do Patropi em 92. Tirando a passagem por Campinas, são 18 anos no exílio, mandando e recebendo coisas praí pelo correio.Pode ser que a memória esteja me falhando, mas só me lembro de um único envelope sumido nesses 18 anos, um com um livro infantil de umas 20 páginas e capa mole que mandei pra uma amiga no Túmulo do Samba. Um envelopinho de nada. Envelopes ou caixas bem maiores e mais pesados chegaram sem problema ao Rio, a São Paulo, Fortaleza, Campinas. Com discos em vinil, livros, CDs, DVDs, presentes… Às vezes demora, mas a minha experiência é que sempre chega.

Eu olhando pro Dreher, o Dreher olhando pra mim, me perguntei se desde 92 a sorte não me larga, ou se é meu anjo da guarda que tá suando a camisa.

E aí pensei no seguinte. Com raríssimas exceções, quando coisas que compro pela internet chegam pelo correio, eu não tenho que assinar nenhum papel dizendo que recebi. Quer dizer, eu poderia encomendar o disco da Cat Power na Matador, receber a pepita, e duas semanas depois mandar um email pra eles dizendo “até agora não recebi nada, cadê minha muamba?”. Acho que isso não seria um fato inédito, as lojas já devem até estar acostumadas, sabendo que isso acontece mas o custo de evitar o golpe é maior do que o custo de conviver com ele… a não ser que o golpe venha de um lugar distante, pra onde o correio custa mais, e onde os compradores são poucos e irregulares.Pior ainda se o golpe do “não recebi nada, please reponha o dinheiro no meu cartão” for mais frequente nesse lugar distante, possivelmente pelo custo da muamba importada.

Faz sentido, ou foi o Dreher? ”

Aquele abraço,
Marcelo “Caipirinha”///

(Leeds /// U.K)