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iggy & os patetas…

sabe qual a possibilidade de se fazer alguma obra sofrível sobre iggy & the stooges?

pouca… pouquíssima, quase zero… ainda mais com jim jarmusch na direção.

mas sabe quando você vai ao encontro de um filme com a expectativa de presenciar um artefato inesquecível e deixa o cinema com a sensação de ter faltado aquele toque especial na telona?

pois é, foi essa a vibe ao final de “gimme danger”… cacilds, iggy pop contando a História dos patetas + cenas inéditas + Música + depoimentos (poucos) de gente como mike watt… e a trosoba não chega onde você estava aguardando.

não, claro que não é ruim – longe de ser – nem tem como ser – mas tudo está muito certinho, limpinho… e a gente está tratando de IGGY e os stooges, o máximo da desorientação em todos os níveis… nada surpreende, tão pouco cutuca as entranhas ou o coração… e acaba ficando o gostinho de “gimme danger” ter sido mais um episódio do “profissão repórter”… putz!

danger

a iguaNa radiofônica (ou renato mandou pra gente)

iggy

Assunto: As peripécias do Iguana na BBC 6.
“Salve Mau Val!

Beleza?

Olha só que maravilha, ainda há esperança para este planeta… 🙂

Grande abraço!

Cheers!  Renato

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– A Noite da Iguana

“Eu estava em uma discoteca na ilha de Capri. Era um ambiente degenerado, com europeus sem nada para fazer e um monte de dinheiro para torrar. Escutei os primeiros acordes [de “I Feel Love”, sucesso de Donna Summer] e pensei comigo mesmo: ‘Game over: a disco music chegou’.”

Das profundezas de um inferno rocker, quem traz a memória à tona é Iggy Pop, 68, bronzeado de morador de Miami, zero de gordura corporal e bilhões de neurônios ainda em fúria. A lembrança é de 1977. A disco music fervia. Rock’n’Roll em crise. Iggy afundado nas drogas mais pesadas.

Para a iguana autodestrutiva do rock, parecia o fim da linha – na estética e na vida. Com sua banda, os Stooges, Iggy já fazia punk rock uma década antes de o gênero existir oficialmente. Depois de cinco ou seis anos, o grupo implodiu e ele seguiu carreira solo. Entregou-se a todo tipo de excesso. No final dos anos 70, quando a disco engolia o rock, foi içado das profundezas por David Bowie, que o levou como parceiro de turnês e ajudou nos discos.

Sobreviveu. Hoje toca suas canções favoritas e conta grandes histórias em um programa semanal na rádio BBC 6, “Iggy Confidential”. Vai ao ar nas noites de sexta, e depois os episódios ficam disponíveis no site. Iggy fala um inglês pausado e claro. Dá para escutar sem sofrer.

A carreira radiofônica de Iggy Pop começou há cerca de dois anos, substituindo Jarvis Cocker, do Pulp, no programa “Sunday Service”. Jarvis pediu uma licença para excursionar com a banda, mas não voltava nunca e Iggy foi ficando.

Quando Jarvis se dignou a retomar o posto, depois de muito tempo, Iggy já tinha se firmado. Rapidamente ganhou um outro horário na grade da emissora (que é disparada a melhor rádio de música do mundo).
Como apresentador, direto de um estúdio escuro na ensolarada Miami, Iggy reina soberano com a abrangência de seu conhecimento musical e com a lucidez das lembranças guardadas em seus miolos tão maltrados pela química de recreação.

Tem rock? Claro, Iggy é uma enciclopédia ambulante. Jazz? Sim, e com riqueza de comentários, contextualização, e profundo conhecimento de causa. Música eletrônica, reggae, sons obscuros do Oriente. Já fez até um especial de música latina, só com raridades.

Apresenta desde as últimas novidades até os sons mais clássicos. Os comentários que faz entre as músicas são, sem nenhum favor, geniais.

Uma vez tocou “King Heroin”, de James Brown, e na sequência contou sobre um show a que assistiu de Brown, então em baixa total. Disse mais ou menos o seguinte: “Mesmo nos piores palcos, mesmo tocando para os piores públicos, James Brown sempre soube onde estava e quem ele era. E não são muitas as pessoas que sabem quem são”.

Iggy é obcecado por James Brown, o que pode parecer surpreendente -mas só em um primeiro olhar. Porque é no rei da soul music que Iggy bebeu, até a última gota, para criar sua persona artística.

O corpo elétrico, como se estivesse plugado diretamente em uma linha de alta tensão. A atitude confrontacional, na beira do palco, olho nos olhos da plateia: “O artista aqui sou eu, vocês que se virem”. Claro, Iggy é o James Brown branco, olhos vidrados, um fio sem capa, o peito lacerado por cacos de vidro.

Chamado de pai do punk, Iggy é fascinado por música negra. Depois de tocar “Cloud 9” (de 1968), dos Temptations, disparou mais uma: “Essa música chama as pessoas para um mundo paralelo, fumar um baseado, tomar um ácido, ficar legal. Muitos de nós que pegamos esse trem, nessa época, hoje estamos ocupados sobrevivendo a nós mesmos”.

Para os dias de hoje, “Iggy Confendential” traz só um senão: são duas horas dominadas pela surpresa, pelo inesperado. Não tem nada a ver com a nossa época, em que as pessoas procuram na internet aquilo de que elas já sabem que vão gostar, ou então se submetem às ofertas de um algoritmo que intui o gosto do freguês.

Nas noites de sexta-feira, na BBC 6, o único algoritmo é o que roda dentro do cérebro de Iggy Pop. E, da cabeça do homem-iguana, ninguém prevê o que pode sair. ”

– Álvaro Pereira Júnior, Folha de São Paulo, 06 de junho de 2015.

Link da matéria: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/alvaropereirajunior/2015/06/1638514-a-noite-da-iguana.shtml

iggy show…

Assunto: Iggy
“Caro Mauricio
Não sei se você já ouviu? Provavelmente sim… O Iggy Pop Show na BBC 6. Todo domingo às 12h, hora do Rio. Sensacional. Quase tão bom quanto o Ronca. Duas horas fantásticas de músicas. O ecletismo, respeitando a boa música, é tal e qual o seu programa. Hoje foi de James Brown a Julie Andrews (pode acreditar); de Roxy Music a The Drifters e de T-Rex a Gato Barbieri. O tema hoje foi músicas para dançar. Tudo isso com algumas historinhas de ele quando era estudante e ficava tantalizado com as músicas que ouvia, e com direito à voz cavernosa do cara, parece que ele fala do fundo de um poço. Faltou um Shogun para fazer uma tabelinha. Imperdível. Se não ouviu, tem o programa disponível no site da BBC 6.
Forte abraço”

Gerson

luzia, a saNta…

Subject: Tiradentes e Iggy Pop

“Salve Mauval!
Ficou lindona a camisa do Paralamas hein!
Hoje eu estava aqui em casa, tô numa fase de ouvir The Stooges esses dias e estava ouvindo hoje de manhã quando me deparo com a notícia de que em 21/04 Iggy Pop sopra 66 velinhas. Que momento! Pensei: vou dar uma cavadinha e quem sabe rola um Stooges no Ronca de terça? 🙂
Vida longa à essa gente louca que nos inspira (e muito) na nossa vida! E é claro, vida longa ao Ronquinha!
Grande abraço!”
Jenilson – Santa Luzia – MG