Arquivo da tag: marcelo “caipirinha”

as retas no velho continente (ou o bloco na rua)…

Assunto: De volta ao UK

“Salve, Simpatia!

Chegamos aqui na terça, e nós adultos já voltamos ao trabalho, e o Tom às aulas.

Muitas retas no retorno, em particular os 212 km até a fronteira com a Áustria depois de virarmos à esquerda em Budapeste. Olha aí em cima a foto do nosso aparelho de GPS quando entramos nessa reta. Nessa hora, no rádio do carro, você e o Nando trocavam comentários acerca da participação do Eric Clapton na gravação da Aretha Franklin em Muscle Shoals.

Infelizmente, o programa acabou antes da reta. Mas aí vieram outras coisas que você vai gostar de saber. Uma delas é que o Tom tá mostrando talento pra imitar o jeito de outras pessoas falarem, e acabado o roNca… pôs-se a imitar o apresentador do programa. Pena que não deu pra registrar o momento!!!

Depois disso, começamos com uma brincadeira pra passar o tempo: cada um de nós (Tom, Crina e eu) teria que escolher uma música e explicar pros outros porque achava essa música legal. O Tom foi o primeiro, e sabe qual foi a primeira música que ele escolheu? Sérgio Sampaio cantando “Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua”. É mole? Curioso que essa não é uma música que eu mostrei pra ele achando que ele ia gostar, nem tampouco uma música que fez a trilha sonora de um dos nossos filminhos familiares (aqueles home movies de que você viu uns exemplos). Quer dizer, é uma música que entrou no pensamento dele só por ele ouvir a música em casa. Na hora, comentei com o Tom que você ia gostar de saber disso.”

Abração,
Marcelo “Caipirinha”

marcelo “caipirinha” mandou pra gente…

Assunto: cinco assuntos, três com conexão ao rádio

“Salve, Simpatia!

Hoje, finalmente, o poster do show da Senhorita Barnett tá saindo daqui. O difícil foi achar um tubo pra mandar o poster, só ontem achei. No fim das contas, tá indo via Royal Mail/ECT mesmo, mas alguém aí vai ter que assinar pra confirmar que o poster chegou.

Com a copa se aproximando, a BBC se ligou no poster acima do evento, mostrando o nosso querido Aranha (rubro) Negra, e publicou essa estória AQUI. A BBC mostra o apartamento onde Yashin morou com o esposa desde 1964, e onde ela mora até hoje, incluindo também uma foto atual da Madame Yashin. Daí me lembrei de uma conversa nossa de há muito tempo atrás, sobre a passagem da família Yashin pela Cidade Maravilhosa, e da parte da carreira do Aranha (rubro) Negra passada na Gávea. Tá lembrado? Eu tinha também um cartão postal enviado pela Madame Yashin à minha irmã na ocasião de um Dia Internacional da Mulher, coisa que então só existia por trás da Cortina de Ferro. E te disse (acho) que minha irmã havia sido médica da Madame Yashin. Se não me engano, esse cartão apareceu faz muitos anos no tico-tico, e pode ser até que esteja aí com você.

Mandei essa reportagem da BBC pra minha irmã, que esclareceu uns detalhes. Ela fez foi amizade com a Madame Yashin, que fala português, e era apresentadora no serviço de rádio da União Soviética, falando em português. Quando os Yashin estiveram no Rio, o consulado da União Soviética era em Botafogo, na rua Dona Mariana… que era onde minha família morava. Daí a amizade, que nasceu e cresceu de encontros na rua. Diz minha irmã que Madame Yashin apresentou programas de rádio do Brasil pra URSS e também, em português, na direção oposta.

Sobre o Aranha (rubro) Negra, dei uma pesquisada pela internet, e achei isso AQUI, mostrando Lev Yashin na Gávea e com a camisa d’O Mais Querido. Contrário ao que alguém (já não lembro quem) nos disse quando falamos disso, o Yashin não foi goleiro do Flamengo em nenhuma Taça Guanabara. Mas pelo menos o filme documentando a passagem dele pela Gávea tá lá!

Continuando com as conexões através do rádio… no fim de semana passado estive na Jumbo, vi essa caixinha AQUI, e comprei. Tom Waits tocando ao vivo em várias rádios americanas entre 73 e 78. As primeiras gravações são com Mr. Waits sozinho com piano e violão, cantando o que pode ser facilmente rotulado de blues-jazz, mas com o passar do tempo aparecem outros músicos e a mudança no “personagem” Tom Waits fica bem clara. Gostei muito, em particular das gravações só com TW e piano, e vou incorporar no próximo pacote a seguir os passos do poster da Senhorita Barnett.

Também esta semana chegou em casa essa pepita AQUI. Outra conexão com você e com o ronca, que vem de lá muito atrás. Quando eu tava em NYC, comprei pra você um 7” do Royal Trux. Não lembro exatamente do ano (1999? 2000?), mas me lembro bem da loja, uma na St Marks Place, pertinho de onde eu tava morando. Também não me lembro do lado A do 7”, mas de qualquer jeito o importante era o lado B, com a versão deles pra Fé Cega, Faca Amolada, gravada em uma session pro programa do John Peel. Ouvi essa versão uma vez na loja mesmo (já que em NYC eu não tinha toca-discos), e acho que uma vez no ronca. Mas nunca me esqueci dela… e essa semana descobri que ela aparece nessa coletânea do RTX. Ouvi ontem pela primeira vez depois de muuuuito tempo… e soou melhor do que nunca!!!

Nessa onda, fiquei a par também de uma estória que talvez você não conheça. A duplinha do Royal Trux conheceu a versão original de Fé Cega, Faca Amolada quando estavam em turnê, passando pela França. Compraram uma fita K7 do “Minas” num posto de gasolina… e o resto é história.

Pra botar a tampa, uma notícia do Tom: tá viajando, pela primeira vez sem ninguém da família. Foi com a turma da escola pra uma fazenda, a essa hora deve estar tirando leite de cabra ou coisa que o valha. No bom sentido!

Abração,”
Marcelo

a bula do #278 com marcelo “capirinha”…

nick cave & shane macgowan – “what a wonderful world” (12″)

judee sill – “jesus was a cross maker” (BBC)

rico rodriguez – “this way”

lula queiroga – “xôperrengue”

shilpa ray – “morning terrors night of dread”

shilpa ray – “new york minute prayer”

james white – “christmas with satan”

menace beach – “hex breaker” (7″)

the kinks – “sunny afternoon”

os kinkas – “two sisters”

the ex & getatchew mekuria – “bati”

benjamin clementine – “cornerstone”

benjamin clementine – “condolence”

ouça AQUI o programa

boogarins, tuneyards & marcelo “caipirinha”, ontem…

Assunto: quentinho, saindo do forno…

“Salve, Simpatia!

Chegando em casa depois das apresentações de Boogarins + tUnE-yArDs aqui na Cidade Marav…. digo, aqui em Leeds.

Circunstâncias perfeitas do lado da platéia: show com ingressos totalmente esgotados em um lugar bem bacana… mas em noite de nevasca incomum em Leeds, de modo que os acomodados ficaram em casa, e só os fominhas apareceram, em número grande o bastante pra noite ser aconchegante, mas não grande o suficiente pra dificultar a circulação e a integração entre público & bandas.

Se liga no cineminha do Boogarins (anexo). Sem “relógios brancos” à vista, e com recepção sensacional de uma platéia interessada e bem informada. Apresentação à altura, seguida de simpática integração com o público presente.

Depois, tUnE-yArDs com a qualidade habitual, e mais integração Boogarins + platéia. Madame Garbus não compareceu, talvez em solidariedade com o roubo daquela foto de 2010 (em anexo) que seu fiel correspondente tinha levado, esperando alguns comentários. Infelizmente, a foto foi afanada enquanto eu tirava fotos…

Em resumo: bom show mas poucas notícias do t-y, bom show & boas notícias do Boogarins, contente com o evento e também com a aparição da camiseta do roNca…

All for now, mais notícias daqui a poucos dias, quando estivermos na Cidade Marav… digo, no Rio de Janeura.

Valeu?

Beijos & abraços,”
Marcelo///

caipirinha news (ou RSD2017 + “não ao futiba moderno”)…

fut.mod

“A Jumbo Records mudou pra uma loja maior aqui em Leeds. Pertinho de onde era antes, mas com mais espaço pra mostrar os discos que tem pra vender, umas “modernidades” (você agora pode ir lá pra tomar café espresso sentado em confortáveis poltronas de ocuro), um palco pra promoção de discos/bandas/shows, som melhor e mais espalhado que antes, e uma coisa que me faz pensar na finada Modern Sound em Copacabana: uma combinação infeliz de luz e posicionamento dos discos que causa reflexo demais, dificultando a gente ver/ler as capas. Comentei com eles poucos dias depois da mudança (que aconteceu tem umas duas semanas), eles disseram que não tinham percebido, e que iam dar uma olhada.
No RSD eles vão ter um punhado de bandas tocando lá, umas 6 ou 7, eu acho, mas nada de especial. Falando em RSD… algum pedido esse ano?
E falando em pedidos… my dear, acho que esse ano tá arriscado eu não aparecer no Patropi. Deixa minha cópia do livro embaixo de colchão que é pra ninguém levar, valeu? Tem uma chancezinha de eu aparecer aí em agosto, mas o mais provável é que seja na semana santa de 2018.
OK, agora vou desligar… que ainda tenho que dar comida pro cachorro antes de sair pro pub pra ver o jogo do Leicester contra o Atletico (ontem). Se tiver com cara de 0 x 0, tem sempre a possibilidade de ver Real x Bayern em outra televisão, mas esses jogos de superpowers não andam me interessando muito não. Inevitavelmente, o tempo vai passando e eu vou ficando cada vez mais British. Olha só: tem poucas semanas fui ver fui ver Bradford x Bolton pela terceira divisão daqui, 2 x 2 no estádio (pequeno) do Bradford lotado, achei mais legal que qualquer uma das minhas passagens pelos estádios de Londres, todo mundo cantando do começo ao fim, sem aquela atmosfera de teatro de shopping centre dos estádios do Arsenal ou do Chelsea…
Isso aí, vou nessa – abração,”
Marcelo///
RSD2017

diz pra gente, “caipirinha”…

ronca_palma

Salve Simpatia!

My dear, se você tivesse posto esse email no tico-tico eu já teria respondido há um tempão… Por aqui tá rolando uma confusão com os meus emails (e de muitos outros na universidade), e emails que passam por lugares “suspeitos” antes de chegar  estão indo parar na caixa de spam, que eu fui olhar hoje justamente por cause desse problema…

– como caiu aí o nobel de bob?

Caiu bem. As pessoas sensatas quase que todas acham coisa merecida, embora nos web sites/TVs/jornais/etc sempre role o debate habitual. Claro, eles sempre encontram alguém pra dizer que tá tudo errado. Mas nesse caso, os descontentes saíram com menos credibilidade do que os que não acreditam am aquecimento global, nem na teoria da evolução, nem que algum astronauta pisou na Lua. Ficaram ali naquele nível de quem diz que cigarro não faz mal nenhum.

Lá em Duluth é que parece que a notícia não caiu, né?

– que tal o jeremy corbyn?

Ele é uma espécie de Mujica daqui… político desde faz muito tempo, mas desses que nunca se comportou como político “profissional” (no mau sentido da palavra). Os “profissionais” dizem que ele jamais será eleito… que é a pior coisa que já aconteceu com o Labour Party… que representa uma volta ao passado… e por aí vai. Os “amadores” (no bom sentido da palavra), este seu fiel correspondente incluído, tão com o Jez e não abrem.

– viu o show que weller + wyatt farão para ele?

Oh yeah, quando passar por aqui perto vou lá ver, mesmo se as atrações forem Adele, Robbie Williams e Rush. Afinal, sempre vai ter um balcão vendendo cerveja.  Os “profissionais” tentaram usar isso pra fazer vingar a idéia da volta ao passado, dizendo que é um exemplo de culto a uma personalidade. Um certo culto até que tem, mas por razões anti-culto, se é que você me entende. O Mujica é cultuado por aí? Pode ser, mas você vai concordar que não é a mesma coisa que o Kim Jong-un, não vai?

Abração,
Marcelo “Caipirinha”

rio2016 from leeds…

ronca.desenho2

fico curioso em saber como está sendo vista / entendida a rio2016 foreta de nossas fronteiras. ontem, perguntei ao monumental marcelo “caipirinha”, residente em leeds (U.K), se alguém por lá sabe da olimpíada greco-carioca e…

Salve Simpatia!

Tom (o filhote) na Romênia com os primos fazem quase duas semanas, a gente vai pra lá amanhã e fica até o fim do mês pra aproveitar sol, calor, piscina, montanha e etc, que aqui nas terras da rainha o verão não apareceu.

A cobertura das olimpíadas aqui é nonstop, my dear. Um detalhe curioso (mas nem tanto) é que os apresentadores parecem muito surpresos de ver que no Rio também acontece de chover e o tempo ficar ruim. Fora das páginas esportivas, ou até nelas, tem também uns comentários/notícias sobre os problemas com a política/economia/sociedade daí, ou sobra problemas com a organização. (Alguém já deu uma explicação descente sobre a água verde na piscina do mergulho? Não aquela da “alcalinidade reduzida”, que vai competir com o canguru pros australianos pro prêmio Batatada de Ouro.)

Mas tem comentários positivos também, por exemplo sobre a participação de quem vai lá ver. Eu nunca tinha reparado nisso, mas parece que o normal em olimpíadas é o aplauso respeitoso a todos os competidores, enquanto que aí o pessoal vaia, torce pelos mais fracos, contra russos e argentinos… dizem aqui que só em Atenas houve coisa parecida, assim que estamos em boa companhia (e, nesse sentido, bem vistos).

Tem também tocado mais música brasileira no rádio do que de costume. Essa semana ouvi Mutantes duas vezes, Caetano, Gil, Elza Soares, Banda Black Rio… e também coisas mais novas: Lucas Santanna, Bixiga 70, Rodrigo Amarante, e até… Dom La Nena, de quem eu nunca tinha ouvido falar. Você conhece? (aproveitando a dúvida do caipirex, dom la nena já esteve no roNca aqui, aqui e aqui) Ela tocou no Womad deste ano.

E por aí? Você foi/vai lá conferir a esgrima, a marcha, o remo, ou o ping-pong?

Abração,

Marcelo///

diz pra gente “caipirinha”…

flag

como temos, diariamente, zilhões de novos passageiros a bordo, é bom informar que marcelo “caipirinha” tem mais hora de roNca que urubu de voo… idesde os primórdios na flu fm. ao longo desse tempo, se transformou em queridíssimo amigo e responsável pelo envio de alguns dos discos mais inoxidáveis do programa. há anos é residente em leeds e membro da universidade onde o the who gravou o célebre artefato sônico.

recentemente, solicitei ao moNumeNto algumas letrinhas sobre a situation no UK e…

“Salve Simpatia!

Desculpe aí a demora em responder. Quando você me mandou o email, a situação ainda tava muito confusa, e eu preferi esperar a coisa clarear um pouco.

O que eu achei na hora em que ouvi a notícia, e que ainda acho, é que o assassinato dessa parlamentar não foi diretamente ligado a um “facismo em marcha”, mas foi um ato isolado de um sujeito com uma mente, digamos, pouco clara. Claro, sempre aparecem oportunistas de um lado e do outro pra dizerem que “isso revela o que eu sempre disse, e que por isso tal e tal coisa devem acontecer”, mas a interpretação é uma coisa, e a outra coisa é outra coisa.

E sobre o resultado do referendo, acho que o comentário é mais ou menos o mesmo. Teve e vai ter oportunistas de um lado dizendo que a indicação é que a ilha tem que fechar as fronteiras, expulsar estrangeiros, etc, assim com teve e vai ter oportunista do outro lado dizendo que o mais importante de tudo agora é combater os oportunistas do primeiro tipo.

Tem muita gente por aí escrevendo sobre o racismo e a xenofobia aqui nas terras da rainha, que os dois cresceram, que o resultado do referendo é prova disso, e que o racismo e a xenofobia estão tomando conta da ilha. Daqui do meu lado eu não vejo isso. É óbvio que existem xenófobos e racistas por aqui, como existem em qualquer outro lugar. Mas não acho que sejam mais numerosos aqui do que em países onde a popularidade da União Européia é bem maior, acho até o contrário. E também não acho que racismo ou xenofobia foram as razões principais do resultado ter sido a favor do fim da união.

O que eu acho é o seguinte. Tem uma parte considerável da população que tá sendo deixada pra trás, ou até marginalizada. Gente com pouca educação, em áreas que contribuem menos pra economia e que nunca se recuperaram do declínio social/cultural/econômico. Esses “improdutivos” têm sido muito estigmatizados e pressionados. Se eu fosse um deles, acho que eu teria votada em qualquer coisa pra “bagunçar o coreto.” Se você olha os mapas e gráficos da votação no referendo, a indicação é forte. Nas cidades grandes (Londres, Leeds, Manchester, Liverpool, Bristol, etc) o “fica” ganhou, nas cidades pequenas e nas partes “decadentes” foi o “sai”. Fora pouquíssimas exceções (Birmingham, Escócia), o contraste é muito grande. E as exceções se explicam facilmente. Na Escócia, por exemplo, as estruturas de suporte a comunidades e pessoas não vem sendo desmanteladas como aqui na Inglaterra ou em Gales, onde o que reina não é a Elizabeth, mas sim a “produtividade”, a “competitividade”, e coisas do gênero.

Ontem eu tava lendo no jornal um artigo sobre Ebbw Vale, uma cidade pequena em Gales onde (diz o artigo) a população de imigrantes é desprezível e os poucos que estão lá não encontram problemas diferentes do resto da população. Essa cidade, que não cresceu com uma produção de aço que não existe mais, é um dos lugares que mais recebeu investimento da UE nos últimos anos. Resultado do referendo? Uns 62% pelo “sai”. Minha opinião: a população de lugares como esse quer respeito, quer sentir orgulho de quem são e do que fazem, mas o que recebem é “investimento” cercado de recriminação e condições: precisam fazer isso, se tornar aquilo, esquecer quem são, abraçar uma outra vida. Você querer fazer isso é uma coisa, mas é muito diferente você ter outras pessoas e até instituições, todos distantes, dizendo que isso é o que você *tem* que fazer.

E voltando aos oportunistas… esses são os que aparecem também de longe pra dizer “olha aqui em quem você pode jogar a culpa desse mal-estar”, ou pra dizer “eles estão reclamando porque são vítimas dessa coisa que eu acho que deve acabar”. O “culpado” da hora é a União Européia, mas daqui a uns anos vai ser outra coisa. Dependendo do trabalho dos oportunistas, pode ser o liberalismo econômico, o “excesso de socialismo”, ou outra coisa.

Email compridão, hein?

Um abração,”

Marcelo “Caipirinha”

University of Leeds

shilpinha na radio6, JAH…

Assunto: shilpa na radio6!
“Rapaz, estava eu aqui tranquilo, ouvindo o #141, quando fui desestabilizado pelo comentário do Shogun dizendo que “nem a BBC Radio 6 toca Shilpa Ray tanto quanto o roNca”. My dear, pelo que eu sei a radio 6 nunca tocou neris de pitibiriba dessa moca, e olha que eu escuto radio 6 continuamente e praticamento todo dia. Ouvindo o comentario do Shogun me perguntei como e’ que pode ser. Resolvi dar uma de Morrissey (ou de Caipirinha nos tempos de radio Flu) e comecar a escrever pra la’. Parei de escutar o ronca e vou mandar agora mesmo um email pro dejota no ar agora. Mas o melhor pra isso e’ o Mark Riley, que faz o horario de 7-9 da noite de segunda a quinta. Quer dizer, ele so’ volta ao ar na segunda, mas a campanha ta’ lancada – SHILPA RAY NA BBC RADIO6!”
Marcelo “Caipirinha” (Leeds – UK)
shilpa

vai preparando o K7 pro #133…

jumbo

pacote encapetado que chegou, sexta feira, com algumas pepitaças do record store day 2015… captain beefheart, gravado ao vivo 1972 + compacto bert jansch com 5 músicas retiradas de seus dois primeiros Lps, de 1965 + reedição do primeiro Lp de martin carthy, de 1965 + sly & the family stone, ao vivo, em 1968 + reedição do primeiro compacto do family, de 1967… tá bão, o K7?

nossos agradecimentos aos monumentais hunter & marcelo “caipirinha” por terem colocado em prática, mais uma vez, uma logística cabriocárica de tráfico internacional… e assim, os discos chegaram em excelente forma física ao patropi.

cheers!

hunter

caipirinha’s family…

caipis

o derradeiro click que xereta fez da família caipirinha  dando bye bye a cidade maravilhosa, hoje, papo de 11h…

numa praia inoxidável de limpa, vazia, fresquinha e mar caribenho. D+!

a essa hora, eles estão cruzando o atlântico, apagadaços, babando, sonhando com tudo isso…

e, claro, com muitas & muitas caipirinhas… hahaha!

voltem logo!

cheers

( :

a brazucada, marcelo “caipirinha” & eduardo motta (em leeds)…

“Salve Simpatia!

Infelizmente, a passagem do Ed por Leeds não deixou boas lembranças, acho que em particular pra ele e pra banda. Houve um desencontro muito grande entre os músicos (e a música) e a platéia.

Apesar de uma certa presença de regulares do Wardrobe e alguns interessados em música (o Hunter, por exemplo, tava lá), quem tomou conta da noite foram os brazucas, mas aqueles do tipo “sambista de Maceió”, “forrozeiro de Criciúma”, “funkeiro de Ipanema”, tá sabendo? Essa turma chegou, tomou conta do lugar, passou o tempo todo de papo, rindo e contando estórias, sem nenhum interesse pelo show. Se fosse o Elomar, Metá Metá, Hermeto Pascoal ou Egberto Gismonti, a turma também estaria lá no mesmo número e com a mesma falta de interesse, falando e esperando os DJs (brazucas também) finalmente “tocando música boa” – aquilo que você imagina.

Depois de duas ou três musicas o Ed e a banda começaram a pedir silêncio, respeito e etc, mas os pedidos foram totalmente ignorados. Pra quem tava do meio pra trás do show, o volume da conversa era mais alto que o da banda. E a banda, evidentemente, p da vida, ainda no palco só por profissionalismo.

Além disso, acho que houve outra coisa que desagradou até os regulares do Wardrobe (um lugar de jazz/folk/world, foi lá por exemplo que entrevistei o Berth Jansch pro tico-tico em 1900 e muito tempo atrás): o Ed cantando em inglês. Três dos interessados em música que estavam tendo ali seu primeiro contato com o Ed, entre eles o Hunter, me perguntaram a mesma coisa: “no Brasil ele também canta em inglês? Por que ele tá cantando em inglês aqui?”. A combinação do material promocional proclamando “Ed Motta the Brazilian MPB legend”com o Ed cantando em inglês foi péssima. Pode ser que isso cole em outros cantos do planeta, mas por aqui é difícil.

Terminado o show, Ed & banda tiraram o time de campo rapidinho, não teve papo com ninguém depois do show. Normal, não tinha clima pra isso.

Tão ruim como a atmosfera foram as fotos que tirei – te mando aí em anexo a melhorzinha de uma série lastimável, e também o flyer do show.

Abração,”

Marcelo///