trocando de figuriNhas…

logo ali embaixo, marcelo “caipirinha” nos passou a idéia de como a atual situação no brasa está reverberando na sua (dele) caixola… você leu, né?

enfim, alexandre (componente d’aTRIPA com longas horas de jumboteKo) reagiu ao caipirex…

que, em seguida, iniciou a saudável troca de figurinhas.

segura…

“Querido Mauricio,

foi com enorme decepção que eu li no Tico a opinião do Marcelo Caipirinha sobre os protestos que tomam conta do Brasil. Ele fez duas perguntas capciosas, que eu considero extremamente levianas.
O Brasil leva décadas, décadas para acordar e se manifestar contra todos os crimes que são praticados com o dinheiro público e um cara – que mora do outro lado do Oceano Atlântico – emite (através de duas pergunta) uma opinião totalmente irrefletida e que não condiz com o espírito de milhões de jovens que – finalmente – resolveram exigir os seus direitos.
OBS: eu me refiro aos manifestantes e não aos vândalos, que sempre surgem minoritariamente em ocasiões como essa.
A bronca vai muito além dessa bobagem que você aventou, Marcelo.
Sugiro que entre um e outro berimbau, você procure se informar sobre o que está acontecendo aqui no Brasil.
Um forte braço”
                                                     Alexandre
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“Oi Alexandre,

 Continuando no tema das letras de música… “há quem diga que eu dormi de toca… que eu caí do galho e não ví saída… que eu não sei de nada… que eu não sou de nada…” É por aí? Pra que não seja, e pra que o nosso bloco siga evoluindo bem pela rua, continuo a troca de idéias.

 Alexandre, a minha “opinião” não era opinião não, era pergunta mesmo. Esse um cara – que mora do outro lado do Oceano Atlântico – tá achando difícil entender que balão é esse e onde ele vai cair. O balão estar lá no alto tá bonito… mas a gente precisa se ligar no lugar de onde o balão foi solto, na direção do vento, no tamanho da bucha. Estamos juntos?

 Então, bola pra frente. Mas pra frente mesmo, que é pra gente não fazer gol contra. Olhando quem tá aonde, time unido, e sem chutão que é pra não dar moleza pro adversário.

 Você falou de uma opinião totalmente irrefletida e que não condiz com o espírito de milhões de jovens que – finalmente – resolveram exigir os seus direitos. Uma informação que eu tô querendo é essa: que jovens (e menos jovens) são esses? E que direitos que eles vão exigir ou estão exigindo? Pra onde vão? Ou, pensando de um jeito mais sinistro, pra onde vão ser levados?

 

Não me importa se a maior parte ou uma mínima parte dessa gente é a gente que já era classe mé/ídia desde muito tempo atrás, nem se o que “despertou o gigante” foi a iminência de terem que limpar seus próprios vasos sanitários. Nosso barco pode sair do cais mais sujo do porto e nos levar pra praias lindas.

Agora, também pode naufragar num porto diferente, com outra sujeira e outras moscas. Ou num porto igualzinho, com a mesma sujeira e as mesmas moscas. Pra evitar isso, a gente precisa entender direitinho de onde tá vindo, pra onde tá indo, vigiar o mapa, prestar atenção na meterorologia. E botar gente que nem a gente no timão, quanto mais rápido melhor.

Concluindo. Tô seguindo teu conselho, e querendo me informar sobre o que tá acontecendo aí no Brasil. Achando que a minha visão panorâmica daqui de longe, assim como a tua visão em close-up aí, é uma das tantas em que a gente precisa se ligar pra clarear nossas idéias.

Valeu!”

Marcelo///