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a bula do #123…

RSD2015

pra marcar o #123 com o RSD2015…

tricky – “suffocated love”

valerie june – “working woman blues”

thiago frança & juçara marçal – “na multidão”

tom waits – “martha”

dafé – “lá vem ela”

arthur verocai & dafé – “pelas sombras” (ao vivo)

bad manners – “special brew” (7″)

diego mascate – “o show vai continuar”

pigbag – “papa’s got a brand new pigbag” (7″)

ricardo danoso – “gallicinium”

vijaya anand – “aatavu chanda”

michael chapman – “rabbit hills”

céu – “lenda” (ao vivo)

robin trower – “bridge of sighs”

cássia eller – “tutti frutti” (ao vivo no radiolla, em 8julho1992)

carlos imperial – “pilantrália”

papo com denílson monteiro, autor do livro “10, nota 10. sou carlos imperial”

john zorn – “godard”

the ruts – “babylon’s burning” (7″)

donovan – “riki tiki tavi”

virginia rodrigues – “vai cuidar de sua vida”

benjamin booker – “slow coming”

free_radio

weapon_tico

o #123, logo mais, bagunçando o hipotálamo…

123

algumas das razões para você se dependurar, às 22h, no jumboteKo:

– dois momentos com carlos dafé

– saber como david bowie descobriu o guitarrista mick ronson

– a incendiária volta da “canção inesquecível”

– bate papo com denílson monteiro, autor do livro “10, anota 10. eu sou carlos imperial”

– thiago frança & juçara marçal

– o novíssimo de virginia rodrigues

– a presença brasileira no cd que vem na revista the wire

+ compactos de pigbag e bad manners

– shogun apresentando sua chaleira psicodélica

e mais… muito mais… a conferir!

K7 zeradão, ok?

vem pro mali você também…

ferrare

Governador Valladares, até agora estou emocionado com a atitude de seu amigo Ed Motta (também chamado de Edyr Star), o Olavo Bilac da new wave, autor de diamantes sonoros como​ (me dá vontade de chorar bicas de tanta emoção): “Tomo guaraná, suco de caju/Goiabada para sobremesa/Tomo guaraná, suco de caju/ Goiabada para sobremesa/Tomo guaraná, suco de caju/ Goiabada para sobremesa/ Tomo guaraná, suco de caju/ Goiabada para sobremesa”. Como diria Nelson Francis, “geniaaaaal, absolutamente geniaaaaal”.
Ed Motta teve a coragem de escrever que lugar de crioulo é no elevador de obra, subindo e descendo o dia todo e não na platéia dos seus shows. Para ele, o Brasil é a pátria enrabadora que alimenta marginais, flanelinhas e, sobretudo, crioulos (como eu) e por isso, para disfarçar, ele só canta, fala, peida e caga em inglês. Grande Ed! Grande Ed! Gostei de ver. Li o texto dele aqui no Mali, uma porra que os otimistas chamam de nação, onde vim a convite do também seu amigo Mulato Veloso que está desenvolvendo a cobiçada erva “Dado e seus Animais” (FOTO), liberação descontrolada, nos descampados malineses. Como você bem mostrou recentemente no Ronca Ronca, quando entrevistou o bom e velho Sanjuan di Alcatrão, maconheiro de boa cepa. Aqui o expediente começa as 9 da noite e termina 9 e um. Por que? Calor filho da puta, mais poeirada, mais rádios ligados como bem descreveu Sanjuan di Alcatrão ao Ronca Ronca. O velho Alcatrão, que comigo, Mulato Veloso, Jimmy Cliff e Miss Golã passou 139 horas rodando em círculos num quartinho a 67 graus te temperatura, fumando muita maconha, ouvindo rádio e reclamando da vida, enquanto a cambada do Boko Haram comia nossas mulheres e degustava crianças, empregadas e galos de briga. Aí eu vos pergunto, Gov.? Por que Ed Motta não vem morar aqui? O Mali foi feito sob encomenda para ele. Veja só: 1 – Aqui não se fala português 2 – Aqui não tem nenhum Manuel 3 – Aqui faz um calor filho da puta igual a Leeds (London, UK) 4 – Aqui a maconha é de lei e os antidepressivos também 5 – Aqui a música é inaudível pros pedreiros 6 – Aqui Sanjuan manda Mulato Veloso – em carne viva – comprar um saquinho de chá numa boca de fumo da Al Qaeda. Porra, Ed meu bom, vem pro Mali você também!!! Ummagumma Ferrare, ou como diria T.S. Eliot “Eu não nasci pra trabalho/Eu não nasci pra sofrer/ Eu percebi que a vida/ É muito mais que vencer”