Todos os posts de mauval

ah, se não fossem os amigos…

nada como ter amigos serenos, tranquilões, racionais… não é mesmo?

lembra do clima pré-copa?

estava previsto do pau comer na casa de noca. “não vai ter copa”, lembra?

e, no meio do furacão, estavam programadas três edições da festa roNca roNca no barzinho, na lapa.

isso, na lapa… que seria, com certeza, um dos campos de batalha… padrão FIFA total.

e eu alavancando a camiseta roNca pros embalos… com neguinho na minha orêia: “NÃO VAI TER COPA”!

até que um desses raios despencaram nas minhas idéias e nasceu este modelito meigo para o maNto…

UAU… explosivo, hein?

no que mostrei a arte para alguns chapas, chegaram os panos quentes junto com serenidade/inteligência/experiência:

– pô, maurição. não faz isso não. nada a ver

– tá doido? e se neguinho soltar a porra de uma bomba dentro da festa?

– ihhhhhhhh, maurição. você tá equivocado. a copa vai acontecer tranquilamente

– rapaz, desiste desse idéia bizarra, infantil e desnecessária

UFA!

nada como as verdadeiras amizades!

( :

aiNda o #111…

Assunto: #111
“Salve Mauvall!

E esse #111?! Foi muita desorientação, fico lendo a bula e encantando com os diferentes rumos que o programa tomou em duas horas, e a polêmica, nem tão polêmica assim, que ENCARNADO já é um clássico não tem como negar e que a Juçara Marçal é uma artista singular na música também é fato, mas o melhor de tudo é saber que não sou o único a achar isso. É impossível vê-la ao vivo e não perceber que estamos diante de algo que foge da compreensão, tive a oportunidade de assistir um show dela em setembro e até hoje quando coloco o cd e os primeiros acordes de guitarra começam sinto a mesma emoção daquela longínqua noite de setembro e aí é só um aperto no peito. Ah, espetacular a matéria da Rolling Stone com a vossa senhoria agora tenho algo “físico” pra lembrar de alguém que guia minhas desorientações musicais. Pra terminar “Whiplash” é um filmaço, cena final épica e faço parte do coro que “Ida” é um filme a ser visto. E para não perder o costume queria pedir alguma pedrada do “Live in London, 1971” Gilberto Gil e Gal Costa, passou a pouco no ronquinha, mas é demais.
Abraço pra vc, Shogun e tripa.”
Elvison-Lagoa Santa-MG.

plaNeta água…

Assunto: Be water, my friend.
“Mauvall,
Ainda reverberando toda essa (importante) discussão sobre tempo e memória, gostaria de te dizer pra não encanar muito com isso não. O RoNca RoNca nos surpreende até nas horas mais inusitadas: a nova casinha própria (aleluia!) e o formato podcast podem ser novidades gigantescas para vocês que estão habituados a uma determinada estratégia de ação, na rádio e ao vivo, desde a década de 80, mas as mudanças, além de necessárias, são inevitáveis. Me lembrei de uma famosa entrevista do Bruce Lee em que ele afirma a importância de sermos capazes de esvaziar a mente, não ter um formato padronizado… resumindo, a necessidade de ser como água. Segundo ele, quando você coloca a água num copo, ela se torna o próprio copo. Quando você coloca a água numa garrafa, ela se torna a garrafa. E é isso, o roNquinha é e precisa continuar sendo como água… se adequando aos copos e garrafas da vida, sem nunca esquecer, obviamente, de seu estado natural. E qual é o estado natural do programa senão a reverberação musical e a interação social no universo? Mandei alguma batatada? Pode falar!
Hoje podemos acessar o tico-tico, baixar o programa, interagir pelas redes sociais e escutar o programa às terças-feiras das dez à meia-noite. Amanhã pode ser diferente: toda essa estrutura pode ruir e uma nova se erguer em cima dela. O importante é não esquecer de quem se é e estar preparado e disposto a encarar novos desafios e formas. BE WATER, MY FRIEND!
link para a entrevista:
http://www.youtube.com/watch?v=2FQU0WeGSEM (trecho)
Grande abraço,”
Leandro
P.S. tinha ficado com inveja do meu amigo Cesar ter escutado seu disco favorito do Bowie passando pelo programa… inveja tal que não durou muito, já que speed of life subiu livre, leve e solto neste #111. Brutal!
P.P.S reforço o coro do camarada W. (de Olinda) e indico fortemente o filme IDA. Conexão monstro com os “valores” (valores pode, Shogun?) do programa.

é do K (ou o F.F em PoA)…

Opinião Foo Fighters

Edu K: “Terei eu ficado velho ou vocês ficaram moles demais?”

ZH pediu para dois músicos darem suas opiniões sobre o show do Foo Fighters em 21 de janeiro na Fiergs

Todo mundo sabe que me alimento de polêmicas no café da manhã – faz tempo que deixei de lado a dieta Berlinense de coke & milk – e que sou um Merry Prankster de nascença, mas chegamos a um ponto na famigerada história de nossa cultura pop, como espelho (ainda que estilhaçado) de nossa sociedade em geral, em que não vai mais ter caô nem chazinho da tarde com bolachas: teremos, sim, que escolher lados!

Só para coalhar ainda mais este singelo texto de referências pop, é como se estivéssemos vivendo dentro da trilogia Star Wars: ou você está do lado negro da força ou você frequenta o mesmo salão de beleza que Luke Skywalker para manter aquele belíssimo Farrah Fawcett hairstyle. A crescente onda de conservadorismo de direita quem vem assolando o planeta como um tsunami da moral e dos costumes é nefasta, e merece atenção. Existe uma certa pressão pela homogeneidade hoje em dia. Não deve-se desviar muito da horda. Individualismo é palavrão. A globalização teve esse efeito nefasto. Por outro lado, parece que nunca foi tão fácil controlar as massas. Belo trabalho, Big Brother. É preciso fincar o pé no chão e defender nosso espaço – nosso, assumindo que você seja um desajustado como eu – antes que nos prensem na parede. Com isto, declaro hasteada e tremulante, bem lá no alto, minha bandeira FREAK e vamos, finalmente, ao assunto que cá me trouxe: os famigerados Foo Fighters.

Bem, antes que os fãs do clickônico baterista do Nirvana me tirem pra Judas (Priest haha), deixo claro que não estou tirando os Foo pra Cristo, mas, sérinho: será que ainda quero fazer parte (como…roqueiro?) de algo que hoje em dia tem seu maior representante (ao menos segundo histéricas opiniões por todos os lados e timelines neste pós show de Porto Alegre – ao qual compareci, antes que você me acuse de ficar atirando pedras de uma distância segura) numa banda como os Foo Fighters? OK, o clichê, adequado à minha avançada idade é “sai fora, seu velhote de merda”, mas terei eu ficado velho ou foram vocês que ficaram moles demais?

Vejam bem, nada contra some good ‘old rock n’ roll fun e os Foo são ainda um tanto chinelos dentro do profissionalismo todo de um show de rock de arena e mandam bem no quesito (o que me agradou, na verdade), mas…is this the death of bad ‘old rock n’ roll fun? No more ‘Bad Music For Bad People’? Me parece que vivemos em uma época similar a época que fomentou e inventou o rock, com uma bundamolice que impera, posturas de direita que proliferam, um conformismo que sufoca e uma violência estapafurdia que permeia tudo e todos, com gente defendendo pena de morte, discriminando por raça e credo (ainda…) e torcendo a cara e os beiços pra qualquer tipo de sexualidade que ameace seu mundo “papai & mamãe”: o circo perfeito pra pegar fogo com a explosão de uma nova expressão libertária e popular que acorde a população de extras de The Walking Dead caminhando pelas ruas e se alimentando de cérebro de minhoca pasteurizado nos shoppings das cidades. Nova expressão, diga-se, porque o rock não será tal coisa. O rock é um monstro coorporativo hoje, não serve mais às causas revolucionárias.

Para finalizar, faço um mea culpa e assumo: sou mesmo um charopão, apenas o Peréio da nova geração, mas faço este apelo ao povo guerreiro da disposição e terror: saiam das suas tocas de toelho e sigam-me os vivos ao topo da montanha! Vamos ver se lá de cima já se consegue enxergar The First Rays Of The New Rising Sun…​

*Edu K é músico e produtor musical

oh.liNda’s calling…

Assunto: #111+Lincoln Olivetti+Ida
“E aí Maurício, numa relax, numa tranquila, numa boa?

 

Louvação inoxidável no comecinho do #111, hein? Cacilda Becker…
Lindeza linda a menção ao Lincoln Olivetti. Nada mais merecido pro cara que, junto ao Robson Jorge, foi o dono da festa, da música e da dança de toda uma geração. O disco dele com o Robson foi  reeditado em cd sim. Saiu pela Trama por volta de uns cinco anos atrás ou até mais que isso, só que não com a mesma capa do vinil (voz do MarceloCallado: vinilo!).
Teu comentário sobre o “Whiplash” tanto no tico quanto no jumboteco além de outras menções honrosas sobre “Boyhood”me impelem a falar sobre “Ida”. “Ida” tem, de certa forma, muito a ver com a sua pessoa. Fotografia impecável, esplêndida, intensa e trilha sonora de primeira. Nada ali é impreciso. Do “Giant Steps” do Coltrane comendo no centro com “Naima” e “Equinox” (se bem me lembro) às emotivas sinfonias de Mozart e Bach. Um grande filme que não pode ser ignorado, principalmente quando se tem a oportunidade de vê-lo em tela grande. Portanto, corra, Lola, corra!
No mais (por mais que de trás da moita) sempre acompanhando embevecida as edições cada vez mais hélpis do roNquinha.Beijinhos, bye bye, tchau.”
W. (Olinda)

 

ALELUIA…

Veja a programação da 6ª edição do Back2Black, na Cidade das Artes:

20 DE MARÇO

PALCO RIO

– Linton Kwesi Johnson + Dennis Bovell Dub Band (Jamaica/Barbados)

– Planet Hemp (Brasil)

– Damian Marley (Jamaica)

21 DE MARÇO

PALCO RIO

– Lenine + Orquestra Rumpilezz (Brasil)

– Angelique Kidjo (Benim)

– Grande celebração aos compositores negros cariocas

– Stromae (Bélgica)

só no sapatiNho (ou como, também, degustar o roNca)…

Assunto: Re: Pedidos da Tripa
“Fala MauVal,
Sou do Rio de Janeiro, mas atualmente estou residindo em São João de Meriti.
Que coisa, estou ouvindo no momento o #105. Confesso que estou atrasado, não engoli barriga dos outros programas porque gosto de apreciar com o maior esmero cada música executada. É o sentimento de garimpar num sebo um disco desconhecido e deixar se surpreender pela descoberta. Ouço mais de uma vez alguns programas e ainda não tive a oportunidade de ouvir os últimos da OI FM. Não sabia que “take it easy…” Tinha sido tocado recentemente. Pedido atendido e eu nem sabia, olha que maravilha.
Grande abraço e muito obrigado pela atenção em ler e responder o e-mail.
Salve.”
Maxwell.

no táxi do aNderson (ou a língua girando)…

Assunto: liNguagem

“Aconteceu agora:

Estava ouvindo o ronquinha #86 quando a passageira idosa falou em tom áspero:

– que linguagem esse rapaz esta falando?

– como assim senhora?

– falou em biricutico…cabeleira alta, água do poço e o outro falou em uma língua africana! Isso eh uma loucura!!!

– mas eh a linguagem do programa senhora!

– isso eh desorientação…esse locutor está fazendo um péssimo trabalho!

– mas senhora, ele tem esse programa há mais de trinta anos , alem de ter conhecimento musical profundo…

– coitados dos ouvintes, na minha época falava-se o português correto. Quem eh esse rapaz?

– o nome dele eh Mauricio Valladares.

– ele está  merecendo um dicionario isso sim….quanto devo?

– $35,65, senhora…

a bula do #111…

super especial roNca no dia de são sebá!

brasa pura… segura a bula:

tim maia – “quer queira quer não queira”

mighty diamonds – “pass the kutchie”

rip rig & panic – “beware”

bnegão & os seletores de frequência – “enxugando gelo”

suicide – “ghost rider”

david bowie – “speed of life”

gossip – “are you that somebody” (ao vivo)

robson jorge & lincoln olivetti – “jorgeia corisco”

robson jorge & lincoln olivetti – “aleluia”

robson jorge & lincoln olivetti – “pret à porter”

dinah washington – “it’s magic”

dom la nena – “você”

gabriel muzak & banda – “quebra tudo” (ao vivo no roNca em 20agosto2013)

the jon spencer blues explosion – “wet cat blues”

jeff buckley – “eternal life” (ao vivo)

jeff buckley – “kashmir” (ao vivo)

jeff buckley – “dream brother” (ao vivo)

can – “desert”

shirati jazz – “mary yar alego”

juçara marçal – “não tenha ódio no verão”

metá metá – “tristeza não” (ao vivo no roNca em 1outubro2013)

ed motta & roberto frejat – “little wing” (ao vivo no roNca em 13setembro2000)

coleman hawkins & ben webster – “blues for yolande”

érika martins, gabriel thomas & fred – “rolo compressor”

ney matogrosso – “roenda as unhas” (ao vivo)

tim maia – “balanço”