Todos os posts de mauval

amarra…

“mas que marra, hein?”

essa é uma das constatações mais ouvidas na atualidade, procede?

ganhou projeção nacional através dos campos de futebol e se alastrou, epidemicamente, por todos os cantos.

você já presenciou uma partida de futebol mirim?

pois, procure ver… é barra pesada. a molecada – cheirando a danoninho – deixa o neymar envergonhado.

os pentelhinhos exalam “tiração de onda / se achismo”… 110% marra.

também, com os pentelhões dos pais enchendo o saco (“meu filhão, em breve, estará no real madri”) e a mídia

martelando o estilinho “sou fodão”, não poderia nascer outro tipo de safra.

mas a quantidade de marrentos abunda em todas as direções.

por exemplo…

o “marrismo” contaminou, brutalmente, a rapaziada que habita a faixa dos vinte e muitos / trinta e poucos!

é a tchurma que sabe tudo, tem tudo, conhece tudo, que jamais se engana, adora um crachá… e que prevalecerá, a todo custo!

ainda mais quando entra em jogo o poder do $$$$, aí é que o nariz fica empinado, a voz aumenta e o topete brilha!

entre os causos inacreditáveis que ouvi, recentemente, tem destaque o de uma conhecida que

quase embolou com a gerente de marketing… de determinada agência “encrowdada” de marrentinhos!

amarra… e joga no ralo!

no coração…

mauricio:

Em 2001 eu acho, entrevistei o João Ubaldo pro programa Clubes do Coração, Vasco, claro. Não tenho a cópia do programa comigo, mas lembro de ter que ir pra calçada (a entrevista foi num boteco do Leblon) pra rir. E lembro dele contar de sua infância na Bahia, ouvindo pelo rádio as transmissões dos jogos da cruz de malta. E ele ouvia os locutores falando: “É um espocar de luzes, um espocar de fogos nesta noite de glória aqui na Rua Bariri…” e ficava imaginando a Rua Bariri como se fosse uma Broadway futebolística! No link ele narrando um gol do Ademir

o cipó de baldinha…

Governador Valladares, li desatentamente seu textículo sobre bípedes que ostentam crachás em vias públicas só para causar inveja. Algo do tipo “eu tenho emprego e você não tem, seu babaca”. Gente que compra viagra pra sair na mão com o único objetivo de ostentar. Quando morei em Serra Leoa, Africa, UK, uma terra livre de preconceitos já que pouca gente tem roupa pra comer, comida pra vestir e documentos para existir (FOTO) é tudo livre, tudo a Bangu. Em Serra Leoa até sequestrador, assaltante, traficante e puta tem seu crachá, fartamente exibido pelas ruas onde pueblo assalta pueblo e o índice de assassinatos só não é maior porque o pueblo não tem dinheiro pra comprar munição. E, devido ao forte calor, ao reggae e a fome, acham que matar a facadas dá muito trabalho. Ah, Serra Leoa, putchia qui Parille, pra ti não retuerno jamais. Mas, Gov. my Gov. lá um crachá apita alto pra cacete. É comum, por exemplo, você ler  “Mulato Veloso – função – Gente” porque a selvageria social serraleonina é tamanha que ninguém difere gente de bicha, branco de urubu rei, é uma coisa antropofágica, sabe?, meio Cinema Novo, saca? Aquela coisa sem pele. Durante a minha passagem por lá, Serra Leoa registrava nas pesquisas 100 mil assassinatos para um grupo de 50 mil pessoas. Não, Gov. my Gov., ninguém errou a conta. Lá morre mais do que nasce e os serraleoninos só não entraram em extinção porque o Mali, cantado em prosa e verso por seu amigo Mulato Veloso, criou uma espécie de faixa de gaza rastafari, um local completamente maconhado e ocupado pelas forças do movimento libertário Tony Tornado. Mas, quando Baldinha e eu nos preparávamos para fugir de Serra Leoa (quem tá dentro não sai, quem está fora foge, quem está perto se manda) comprei um adesivo “I Love Serra Leoa. Eu conheci o Cu do Mundo” que é vendido em qualquer abrigo anti-bombas da capital, que se chama (hahahahahaha) Freetown.Transformei o adesivo em crachá e pendurei no pau, digo, no pênis e como toda a anã Baldinha adorava brincar de cipó com ele. Em suma, digo, em sêmem,​ encerrando já que esse clima nostálgico totalmente good times 98 está chato pra caceta: desde o sub-mundo da civilização quem ostenta crachá é viado. Iguaria muito cobiçada na Grécia e também em Troia, o viado (especialmente o viado campeiro, nome científico “nafaltadecuvaicumesmo”) é o homo sapiens do futuro. Por isso, o crachá. Viado é um bicho possessivo, ciumento e fofoqueira e, para manter o seu espaço, a sua “cena groove”, eles usam crachás enormes como se dissessem “esse macho é meu”. Entendeu, Gov.? A sua angústia, a sua aflição com o tema faz sentido. Viado é o futuro da humanidade, mas viado de crachá é o presente. Ummagumma Ferrare, Gávea, rio, rj, UK.

agenda…

Metá Metá e Gabriel Muzak no Teatro SESI Centro
Julho 19 / Sábado
Preço:
R$ 10
Endereço:
Av. Graça Aranha 1 – Centro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Horário:
De 19:00 h as 22:00 h