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rio rockz!

negozim tá ventando marimbondo africano pela napa!!!

sacumé?

e olha que é do pequenino, o vermelhinho, encrespado… ui!

razão pra tanta raivinha no coração?

o anúncio, hoje, do rock in rio… lááááá pra setembro de 2011.

well, well, well…

antes de mais nada, devo comunicar que nunca estive com nenhum dos medinas…

jamais troquei uma palavra sequer com eles… nunca esbarrei com a family.

jamais recebi uma carta, um email… um alô deles.

mesmo no tempo da flu fm nossos caminhos não se cruzaram.

mera coincidência, porque sempre tive vontade de dizer na lata dele:

“pô, bob… você é danado, hein? se existissem mais dois como você, as coisas seriam diferentes. congrats por fazer a roda girar… e por ter feito minha mamãe a mulher mais feliz do mundo quando você trouxe THE OLD BLUE EYES ao maraca. caraca, ela ficou uma semana sem dormir de tanta emoção”!!!

blublu, blublu, blublu!!!

( :

feita a “apresentação” (ha ha ha…) eu gostaria de recomendar aos invocados, que digitem “rock in rio” no google…

e cliquem no wikipedia para conferir as atrações que vieram ao brasa em TODAS as edicões do festival.

para poupar seu tempo, vou puxar pelo meu péssimo tutano:

pulando o primeirão, ok? afinal, ele abriu a selva… com ac/dc, queen, iron… blá blá blá!

well, vamos ao segundo, em 91:

deee-lite (com bernie worrell & bootsy collins), INXS (recentemente reverenciado pelo beck), george michael (num show fodaralhaço), PRINCE, HAPPY MONDAYS (debaixo d’água e um ano pós seu disco mais duca!)!!! e, claro, toneladas de chatices.

well, vamos à terceira edição, em 2001:

que, numa penca de xaropes, também, trouxe R.E.M, oasis, QUEENS OF THE STONE AGE, foo fighters, beck e… e… e… e…

NEIL YOUNG & THE CRAZY HORSE!!!

i repeat – NEIL YOUNG & THE CRAZY HORSE!!!

conclusão…

um festival como o rock in rio, realizado numa terra devastada culturalmente, não tem como “tirar onda” na vibe de nenhum dos nomes citados acima.

como um espaço para 150 mil brasileirinhos terá metade de sua capacidade preenchida se a organização anunciar as atrações:

cidadão instigado, flying lotus, XX, the black keys, mombojó, panda bear, sharon jones, antibalas, cafe tacuba, bomba estéreo, the specials, gorillaz, julian cope, tinariwen, mogwai, van morrison, eels, tulipinha, lucas santtana, romulo fróes, autoramas, lulina, superguidis, júpiter maçã, bonnie prince billy, the pogues, roxy music, LCD, curumin, the meters, aterciopelados, john cale, leonard cohen, eddie, the bug, robert wyatt, orchestra baobab, paul weller, arcade fire, hypnotic brass ensemble, wado, elvis costello & mais várias centenas de nomes?

enfim, não terá, sequer, 1/10 de seu espaço ocupado por admiradores da rapeize que tanto gostamos.

e é muito simples compreender a logística da bagaça – o rock in rio é o festival do roberto medina.

não é o festival do lariú (domingo no maraca contra a tricolagem freguês, hein?), do studio SP, do coquetel molotov, do roNca roNca, do circo voador… não é o goiânia noise.

portanto, não alimente essa bronquinha.

é como se você ficasse apoquentado pela lista dos meus 10 discos preferidos.

não precisa brigar comigo, porra. são os MEUS discos favoritos…

e a gente vai acabar se entendendo, manja?

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e mais, o rock in rio é Apoiado pela prefeitura do rio de janeiro… é coisa oficial. a mesma que vem, junto com muitas outras pontas, desintegrando a informação diferenciada.

agora, não tenha nenhuma dúvida que, junto com toda a forofa possível, virão ao rock in rio muitos dos nomes mais desejados por todos nós…

e pode pensar MUUUUUITO alto… basta olhar pra trás!

mole!

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craudinha, sua malandrona…

 

Comecei a ensinar ainda menina. Primeiro, para as almofadas de meu quarto de criança. Depois, quando apenas alguns anos me separavam dos olhos curiosos que tinha a minha frente. Passados quinze anos como professora nesta universidade, talvez possa perguntar: o que é ensinar filosofia? Há uma grande diferença entre o ensino que hoje realizo e minha brincadeira infantil de falar com as almofadas? Não seria esse prazer primevo a antecipação, já a elaboração da tarefa que um dia iria realizar e à qual dedicaria minha vida inteiramente? Hoje vejo que sim. Porque no trabalho de formação filosófica não é o conteúdo o que mais importa, aquilo que podemos chamar de saber e que traz consigo, freqüentemente, um poder mutilante e nefasto. Em seu sentido mais elevado, ensinar filosofia (se isto é possível) é, ao mesmo tempo, ter o privilégio de viver e suscitar uma experiência de parada, de interrupção no curso das atividades práticas e automáticas de nossas vidas, para que um pouco de ar fresco, livre, possa atravessar.
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Desde sua origem, os grandes pensadores concluíram que o pensamento puro é desprovido de utilidade. Ele é um momento de crítica, de indagação sobre o que somos e desejamos profundamente. E o professor enfrenta, a cada aula, o desafio de despertar esse sutil questionamento.
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Ensinar é, antes de tudo, amar. Entrar num movimento em que nos despojamos de tudo que nos caracteriza como um sujeito pequeno, “humano demasiado humano”, nas palavras de Nietzsche, e, nessa abertura, pensar-com, pensar junto aos espíritos com os quais o acaso nos colocou em relação. Espíritos que também se abrem para o pensamento que, de fora, os transforma, irreversivelmente.
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Assim, o trabalho do professor – que se inicia do zero a cada vez que ele adentra o espaço sagrado da sala, com as carteiras e a sua mesa, o quadro e o giz – se assemelha ao de um baloeiro que ensaia fazer subir um balão. Pois uma aula é como um balão. Se é boa, nos leva ao céu, para além de nós mesmos, até o reino mais perfeito da liberdade. Quando o balão consegue subir? Ele sobe se, inexplicavelmente, tanto o professor quanto os alunos, encantados com a magia misteriosa das palavras, tocam o insondável: a pergunta, sem resposta, sobre o sentido de nossas vidas.
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Claudia Castro
Departamento de Filosofia da PUC-Rio
(do jornalplasticobolha.blogspot.com)

grande rafinha!!!

vem aí o festival “i love jazz” no rio, BH, sumpa e brasila.

a divulgação é baseada em letras de músicas bem conhecidas.

mas na boa, não consigo captar a vibe nesse tipo de aproximação com o jazz… ou com qualquer outro rítmo black.

parece forçação de barra para se mostrar “descoladinho”, “moderninho”, “diferentinho”, “polemiquinho” (?!)…

e dizer: “PSIU, estamos fazendo um lance que, musicalmente MESMO, não interessa a ninguém”! 

ou, como rodrigão acabou de me dizer (10:50): “qualquer dia aparece um festival intitulado: AQUI JAZZ”!!!

se é que já não existe!!!

anyway, no fundo, essas interferências demonstram uma tremenda falta de sensibilidade… ou, mais diretamente, um mega preconceito.

assim como foi, ano passado, o festival de negritudes que convidava:

“seja negro por um dia”.

e mais, havia como você sair com nariz abatatado e cabelo “black power”!

acho até que pode funcionar para a grande maioria… afinal, eles devem saber como fazer a bagaça.

confesso que gostaria de me sentir atraído por esse tipo de comunicação, ou ao menos, entendê-la…

mas prefiro me levar pelo poder de sedução do som criado por seun kuti, que vem aí em nova edição do festival.

resumindo, sou mais o rafinha…

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74!

com a mania de desbravar maremotos, fomos o primeiro clube carioca a conquistar o campeonato nacional.

hoje é dia de lembrar e comemorar os 36 anos de nossa primeira estrela!

cheers!!!!

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+

http://www.youtube.com/watch?v=kPrKYwz3Q5s

girando…

jeferson, tropa de choque do roNca, lembrou de um assunto que coloquei aqui no tico há mais de um ano.

ele guardou as letrinhas e enviou pra cá de novo, reforçando como as coisas não mudaram nesse tempo.

e eu reforço ainda mais – não mudaram em mais de 500 aninhos.

olha só como somos sagazes…

“O BRASILEIRO É ASSIM :

– Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

– Estaciona nas calçadas, até mesmo debaixo das próprias placas de proibição.

– Suborna, ou tenta subornar, quando é pego cometendo infração.

– Troca voto por qualquer coisa: cesta básica, areia, cimento, tijolo,
dentadura.

– Fala ao celular enquanto dirige.

– Pára em filas duplas, triplas, em frente às escolas

– Viola a lei do silêncio.

– Dirige após consumir bebida alcoólica.

– Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.

– Espalha mesas, churrasqueira, banca de camelô nas calçadas.

– Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

– Faz gato de luz, de água e de tv a cabo.

– Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas
vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

– Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda, também para pagar menos imposto.

– Escreve que a cor da pele é mais morena, para ingressar na
universidade através do sistema de cotas.

– Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou $10, pede
nota pra $20.

– Comercializa os objetos doados em campanhas pós-catástrofes.

– Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

– Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.

– Compra produto piratas com a plena consciência de que são piratas.

– Substitui o catalisador do carro por um que de catalisador só tem a casca.

– Mente a idade do filho para que passe por baixo da roleta do ônibus
sem pagar passagem.

– Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

– Freqüenta caça-níqueis e faz fezinha no jogo do bicho.

– Leva das empresas onde trabalha pequenos objetos como clipes,
envelopes, canetas, lápis, etc, como se isso não fosse roubo.

– Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das
empresas onde trabalha.

– Falsifica tudo, tudo mesmo. Só não falsifica o que ainda não foi inventado.

– Quando volta do exterior, nunca fala a verdade quando o policial
pergunta o que traz na bagagem.

– Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

– E quer que os políticos sejam honestos!!!

 

aproveitando, duas imagens que já circularam aqui…


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Subject: O Sonho não Acabará

“Caro Maurício, tudo bem?! Ouvi e li o seu dsabafo, tanto no Ronquinha, quanto no Tico-Tico, e quero aproveitar para escrever algumas palavras.

Querido MauVal, por favor, não desista de nada na sua vida. Sei como é difícil tocar um sonho adiante nesse nosso país. Para ilustrar isso, irei falar um pouco de mim:

 Tenho 34 anos, moro, praticamente, minha vida inteira na cidade de Duque de Caxias. Como boa parte da Baixada Fluminense, trata-se de uma cidade bastante atrasada em todos os aspectos, que conta, em sua maioria, com uma população de mentalidade muito pequena.

 Depois de bastante tempo, voltei a estudar. Cheguei a ficar treze anos sem colocar os pés, em uma sala de aula. Voltei aos estudos, porque, só transformarei meu sonho em realidade, estudando. Estou comendo um dobrado para conseguir o que quero. Muita gente diz que já passei da idade, que esse negócio de entrar numa faculdade é para quem tem dinheiro, enfim… Neste ano, que concluirei meu ensino médio e farei o vestibular, está sendo ano mais difícil para mim, pois estou desempregado, sem nenhum vintém no bolso, fudido mesmo! Tem gente, inclusive da minha própria família,  que me olha torto por causa disso. Acham que eu deveria dar prioridade à arrumar um trampo e deixar os estudos. Não farei isso. Pretendo me formar em História, ou Ciências Sociais, e trabalhar para mudar esse maldito status quo, que se encontra nossa sociedade.

 Tinha tudo para seguir o senso comum desta região, mas não faço isso. Sempre gostei muito de ler, de ir ao cinema e de ouvir boa música, artigos raros por aqui. Por isso, sou seu ouvinte desde os tempos da Rádio Imprensa, e desde esses tempos ouço você vociferar contra o nosso sistema, e se sentir  impotente frente a isso. Portanto, por mais difícl que seja, faça como eu, jamais desista dos seus sonhos. Eu te entendo,sei como é difícil, dá vontade de chorar às vezes.

Fico por aqui, espero estar na próxima festa, para poder te dar um abraço de verdade.

Do seu ouvinte e adimirador: André Soares, diretemente de Duque de Caxias.

PS: Não desista de nós!”

psiu!

a palavra tem sido proferida a cada segundo: “inclusão”!

maomé como tentei dizer, ontem, no roNca: “e o programa com essa barbárie toda lá fora, pra quê?”

“vapor barato” caiu como uma luva ao final do jumboteko. 

na boa, me sinto impotente, borocochô, imprestável, desnecessário em relação ao que está em volta. 

foreta total, não incluído… fueda!!!

parece não haver espaço para festinhas (a nossa, pelo menos), pra quê tocar o cardápio do roNca em FM?

pra satisfazer  “meia dúzia”?

“música para meia dúzia” como sabiamente define o gutz!!!

claro, temos um público muito grande em todas as frentes do roNca… mas como chegaremos ao futuro?

como seduzir novos ouvintes se eles, praticamente, não mais existem… ou existirão! buááááááá!!!

quantos túlios estão sendo direcionados à rota de colisão com o jumboteko?

como chegaremos a eles antes da massificação inclemente arrastar seus ouvidos – e corações – pro outro lado?

borocochosice rules!

ok, o importante é a qualidade! BINGO!

mas não é beeeeem assim que a banda toca. essa “teoria” é muito linda… mas não basta!

e, por favor, não precisa lembrar que a web está aí pra blá bá blá… blá blá blá…

calma, estamos num país onde apenas 5% de nossos patrícios têm acesso à banda larga!

não me satisfaço com os limites da segmentação, sacumé? 

e como sempre faço questão de afirmar, fiz parte de uma rádio – a flu fm – que colocou tudo de cabeça pra baixo… e chegou ao terceiro lugar do IBOPE, em 1985!

portanto, fui mordido pela mosquinha da possibilidade de Fazer, captou?

felizmente, a Oi fm continua a insistir no F.

e graças a ela o mundinho roNca segue a girar… forte! e onde tenho me agarrado com todas as forças possíveis.

mas confesso, estou envergadaço… prestes a quebrar!

ao mesmo tempo, vaso ruim não quebra… não é mesmo?

anyway, foi só um desabafo!  sorry pela quantidade de letrinhas desordenadas!!!

afinal, se não for com você…

( ;

segue lista de ontem:

gal costa – “fruta gogoia” (ao vivo)

paul weller – “moonshine”

paul weller – “two fat ladies”

fellini – “chico buarque song”

mundo livre s/a – “carnaval na obra”

bob marley & aswad – “punky reggae party” (12″)

catarina dee jah – “intercâmbio cultural”

the birthday party – “mr. clarinet”

pop staples – “getting too big”

luisa maita & siba – “fulaninha”

bomba estereo – “fuego”

jimi hendrix – “hear my train a coming”

paul weller – “she speaks”

wilson das neves – “pra gente fazer mais um samba”

the clash – “police on my back”

gal costa – “vapor barato” (ao vivo)

o hino, nosso!

Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso Estado, que não é nação
Celebrar a juventude sem escola
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade.

Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras e seqüestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda hipocrisia e toda afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias:
É a festa da torcida campeã.

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo o que é gratuito e feio
Tudo que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional
(A lágrima é verdadeira)
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão.

Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso – com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou esta canção.

Venha, meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão.

Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera –
Nosso futuro recomeça:
Venha, que o que vem é perfeição

showbizz!

 

“Fala MauVal, tudo bem?! Dando continuidade  ao assunto rock na atualidade, e aproveitando que você está postando antigas matérias do Zeca Jagger, na Rolling Stone,  quero aproveitar para dizer que não faço parte da “Turma do Chororô”. Até acho que vivemos uma boa fase de artistas e bandas. Porém,  quais os canais para a divulgação desses artistas?

 Maurício, quando adolescente, eu tinha o hábito de comprar, todos os sábados, revistas especializadas em música. As minhas preferidas eram: Show Bizz (que no início dos anos 90, chamava-se apenas Bizz), Fama e Rock Brigade, especializada em Metal e afins. Além, é claro, de acompanhar o Rio Fanzine, no Jornal O Globo. Era prazeroso poder ler as matérias e as críticas assinadas por: Carlos Eduardo Miranda, Carlos Albuquerque (Calbuque), Pedro Só, André Barcinski, André Forastieri e tantos outros. Nem sempre eu concordava com as opiniões deles, mas, pelo menos havia um embasamento, e o mais importante um bom texto.

 Concomitante a isso, ainda tinhamos a Fluminense FM, e os meus programas favoritos, que eram, o Hellradio e o College Radio, apresentados respectivamente por Tom Leão e Rodrigo Lariú; e a MTV, com uma programação 90% musical.  Eu acompanhava todas essas mídias, para saber das novidades e lançamentos. Tudo para poder chegar na escola e ser o primeiro a divulgar determinado lançamento de um disco, ou banda nova. Me sentia como se fosse o dono (no bom sentido) dessas bandas.

  E hoje? Onde podemos ouvir e ter notícias sobre música? Tirando o Ronca Ronca, o Rio Fanzine e outros bastiões da resistência, é praticamente impossível ouvir boa música, e ler bons textos sobre música. Na era dos Blogs Facebooks e Twitters, o que é bom hoje, é descartado como lixo, amanhã. Tudo é muito rápido e fácil.

 Fico por aqui. Um grande abraço em você e a toda  nação ronqueira, e continue tocando o barco, pelo amor de deus!!!”

 André Soares,  das profundezas de Duque de Caxias.

DP em BH!

 

lembra quando fui fazer, mês passado, uns cliques do skankinho no mineirão?

pois é… quando fernando (the manager) e eu estávamos indo para o estádio, tipo umas 15h, quase houve uma experiência inesquecível.

no caminho, fernando ficou de deixar uns convites prum cara que é primo de um amigo do tio da vizinha.

captou?

disse ele: “o sujeito é cana e a DP fica bem no caminho. vamos dar uma passada lá?”

eu: “na delegacia? porra, fernando… pede pro primo pegar essa parada na rua, a gente indo”

ele: “pô, vamos lá pra você conhecer o ambiente de uma DP em belô”

eu: “fala sério… tenho que chegar cedo nesse campinho de vocês para preparar meu equipamento fotográfico… que você sabe muito bem é bastante complexo”

ele: “porra, não fode… me lembro de você chegando na escadaria do teatro municipal no rio pra fotografar a banda pela primeira vez em 1992, e todo mundo perguntando pelo equipamento. quando você puxou um saco de flanela com uma xereta dentro”

eu: “mas isso é passado. estamos na era digital”

nós: “HA HA HA…”

enfim, o primo pegou os ingressos à beira da estrada pro mineirão, rapidinho.

assim que explodiu o caso do goleiro mulambento, fernando ligou dizendo:

“lembra daquela delegacia que você não entrou numa de conhecer? pois é, é nela que o bruno vai ficar concentrado a partir de agora”

well, well, well…

os dias se passaram… ainda agora, eu vi na TV três paladinos da ordem pública nacional dando esclarecimentos em BH.

que monumentos!!!

ainda bem que deixei escapar a chance de estar próximo a personagens tão… representativos da

“nova” polícia mineira!

que coisa!

grande garoto!

esta é a capa da edição number 1 da rolling stone brasileira, fevereiro de 1972…

ao desdobrar o jornal, a gente dá de cara com…

uma matéria desorientante com o mais importante nome do rádio brasileiro… na gaveta pop/rock.

newton duarte começou a colocar o rádio de cabeça pra baixo por volta de 66/67… época d’ouro onde beatles/dylan/hendrix/stones/zep/who/kinks & cia limitada diziam de onde vinha o apito do trem, sacumé… né?

big boy, o newton, fez quase tudo na mídia dos 60/70… mas, sobretudo, tinha o objetivo muito claro de levar Música (sentiu o M?) aos ouvidos dos desprovidos… ou seja, o objetivo de formar uma nação, um país… o brasa!

nós!

o poderoso sinal do sistema globo de rádio servia, em AM, o cardápio finíssimo que newton preparava – com tanto conhecimento e paixão – aos mais remotos ouvidinhos auriverdes.

o tempo passou e big boy subiu aos 33 anos – I REPEAT, AOS 33 anos – deixando um espaço que nunca foi ocupado… e jamais será!

sempre afirmo que uma das grandes causas do nosso emburrecimento musical (= ao geral) deve ser creditada ao sumiço dele de nossas vidas.

quando escrevo “nossas vidas”, quero dizer – de nossos pais, amigas, avós, tias, namoradas, padrastos, primos…

confere?

de uns anos para cá, big boy foi lembrado e reconhecido… felizmente!

virou um mito… e como tal, todos citam, muitos tiram onda, outros tantos sentem saudade…

mas muito poucos têm noção da batalha que ele travou para não se desviar daquele objetivo ali de cima.

a parte final desta entrevista da RS é de doer de tão triste.

a sensação de solidão que ele transmite é de arrepiar… é incrível como, anos depois, não sabemos nada do que se passava pelos corredores do SGR.

é surpreendente como big boy teve de engolir várias manadas de sapos para se manter no ar. é triste saber como seu talento nunca teve espaço decente para se desenvolver 100%… mas fica a certeza de que nada dobrou sua obstinação.

( :

não se esqueça de pegar a caixinha de papel… e, se puder, gritar bem alto ao final:

HELLO CRAZY PEOPLE… às gargalhadas, of course!

(cinco anos depois, ele não resistiu à asma)

(leia-se “cavern club”)