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os padroeiros…

essa semana, na pastelaria, rolou um papo sobre as novíssimas conquistas tecnológicas que mudarão (jah estão mudando) a História da humanidade. inúmeras “verdades” desabarão diante da ciência que chegará com o pé na porta: “não, não, não, esqueça tudo o que disseram, essa teoriazinha deu uma morrida”… tipo, aquele rio onde cleópatra teria degolado o traficante de vinil nunca existiu. já que os mais avançados estudos na geologia garantem que o tal rio foi delírio de algum cascateiro manguacento por volta de 80 a.C.

além dessa revolução tecnológica, estamos sob um novo entendimento da presença humana no planetinha, certo? os valores são outros e o peso deles muda o eixo da terra.

seguindo os ventos das mudanças, que tal começarmos a balançar a roseira?

hoje, dia 20janeiro, dia de são sebastião, o padroeiro do rio de janeiro (apesar de tudo e de todos, a cidade maravilhosa)… hoje, dia 20janeiro, yuka está deixando a crosta terreste para cuidar de nós lá de cima, procede?

pois bem, que tal se – a partir de hoje – nossa cidade (sim, ela é de todos) passe a ter DOIS padroeiros? com a nova identidade “cidade de são sebastião e yuka do rio de janeiro”?

hein?

yuka, olhai por nós

yuka, LKJ, sergio, roNca & o traNse…

as lembranças vão começar a pipocar loucamente, não tem jeito… e não faltarão recordações de visitas ao programa, presenças nas festas, lorotas, encontros com amigos em comum, blá blá blá… felizmente, 80% dessas traquinagens foram registradas pela xeretinha… mas o primeiro ataque de sodade que se apoderou de meu coraçãozinho ficou por conta de uma mensagem enviada logo após o show de linton kwesi johnson, aqui no rio, em março2015… o sergio pegou pesado nas letrinhas inoxidáveis e no registro fotográfico realizado pela xeretinha (dele):

cafi & minas…

a aproximação (corpo a corpo) com cafi começou de uns três anos para cá… e a gente se cruzava com muita frequência. claro, ele já era uma referência não só na fotografia mas, sobretudo, em como se colocar diante desse mundinho. oxente, ele bateu de frente com 98% (talvez, 100%) da grandes gravadoras no brasa… num tempo onde elas eram MUITO poderosas em todas as áreas… mas ele achava que suas imagens estavam sendo estupradas pela ganância espertinha das majors e ligou o “foda-se”… leNda!

visualizar a parceria cafi-noguchi como responsável pelas capas dos discos brasileiros que iluminaram, principalmente, a década de 70 tinha (pra mim) a mesma magia de contemplar o nome hipgnosis nos álbuns do floyd, genesis, t.rex, zeppelin e trocentos outros.

lá pelos idos do século retrasado, após eu passar por um momento de dor profunda, mergulhei na Música de milton nascimento… só ouvi o bituca por mais de um ano.

“minas”, o álbum, foi minha salvação… ah, se não fosse ele. PQP

depois de muitos anos… e encontrando, quase sempre, com cafi, pensei:

– caramba, chegou a hora do meu salvador ter um rabisco do responsável pela cara dele…

houve situações em que eu colocava o disco na case porque tinha certeza de esbarrar com cafi… e nada, não rolava. essa ladainha de novela mexicana se arrastou por muito tempo… e nada!

quando avistei cafi na inauguração da minha expo “a parte funda da piscina”, na lurixs, em 12dez17, quase dei um chego em casa para pegar o “minas”… mas, mesmo sendo logo aos primeiros minutos da abertura, no que tentei dar uma vazada, pipocaram vários chapas que me grudaram na galeria.

enfim, o disco jamais foi rabiscado pelo ídolo… mas o “hello crazy people” da História é que, hoje, ao ter o vinil em mãos… sério, acredite, tive a certeza absoluta de ver a dedicatória Dele… algo como a foto que NÃO cliquei de bob marley no banheiro do campo de pelada de chico buarque, em 1980, mas que cruzo com ela (a fotografia de bob urinando no banheiro do chico) diariamente… mamãe!

HANX

lembrando que…

pelo menos, aqui pelos nossos lados é sempre bom lembrar das letrinhas de jeff… ainda mais depois da minha experiência recente quando um chapa apresentou uma nova plataforma (pra não entregar do que se trata) sonora onde a música é tratada como cotonete, chinelo, fralda, garrafa de cerveja, parafuso, brinco, pneu e outros tantos produtos que passam zilhões de anos luz distantes das palavras de jeff.

agora, o detalhe é que a rapeize lá da “plataforma” – claro – acha tudo muito lindo & maravilhoso… estão certos. pra eles tanto faz se a música virou uma coisa… não estão nem aí se esse treco, não faz apaixonar, não faz sonhar ou se o coração não vai sair pela boca… UFA, bem melhor pra eles!

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