este comentário do Utube mostra uma situação que a gente – do outro lado do palco – não tem idéia que possa acontecer… D+
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como o roNca terá audiência no futuro?
fui dar uma catada na web sobre o embate de amanhã grêmio X vasco… e acabei atingido por uma tijolada linguística que me deixou alguns segundos fora do ar… sério!
não demorou para ficar de novo “em modo avião” já que a atrocidade foi emitida por um “conceituado” veículo de comunicação.
alguns minutos depois, tentei localizar a cena do crime… mas não tive força suficiente para voltar ao pântano da escrita “jornalística”.
insistente, fui buscar informações sobre o bang-bang que rolou antes de fogão X fla e…
jisus, deve ter sido por conta dos muitos ingressos vendidos que a tchurma do globo.com…
coincidentemente, no início da semana, o G1 publicou uma preocupante matéria (AQUI) sobre a relação aluno-professor, no brasa…
detalhe para as posições de chile, peru e colombia!
como será possível manter o interesse dos brasileiros pela informação foreta da padronização? como ficarão a Música, o Cinema, o Jornalismo? e o roNca?
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acredite, você nunca (ou)viu um baterista como esse (ou bonzo se deu bem)…
uma tarefa das mais difíceis é aturar solo de bateria… na boa, raríssimas são as possibilidades do tocador de tambores cativar minha atenção… isso não significa que eles sejam abaixo da média como instrumentistas… mas criar uma performance muito diferente das que, ao longo dos anos já foram testemunhadas, é missão para poucos.
pois bem, o poleiro de hoje fica de joelhos diante desse que, certamente, é um dos mais gigantescos e esquecidos bateristas na História: B.J WILSON
vamos começar como o próprio gary brooker (colega do procol harum) apresenta: o inimitável b.j wilson (detalhe: 70% da música abaixo são com ele, não deixe de ver!)…
aqui, dá pra mergulhar aos 2:00…
pode acelerar o processo e entrar aos 33:40…
pra fechar, ele foi o primeiro baterista convidado por jimmy page a fazer parte da tal banda com plant e john paul jones… manja?
mamãe!
muita chuva, warpaint, carne doce e muuuuita chuva…
não lembro de ter visto tanta chuva por tanto tempo sem parar… PQP!
sabe quando você desiste de se proteger e entrega o corpitcho à fúria das águas?
pois é, foi assim que avistei nandão chegando ao HUB pro show warpaint/carne doce, ontem… de longe avistei a crionça andando tranquilamente sob o dilúvio que desabava na área do porto maravilha (?!)… parecia estar num domingão ensolarado em pleno calçadão de icaraí, que momento!
diante da tormenta que invadia o palco, neguinho inverteu a entrada das bandas: o warpaint abriu os sirviços (papo de 22:30) e o carne doce colocou a tampa.
o local estava bem cheio e animado. som ok, água pra todos os lados, espirros em profusão… o warpaint chegou numa boa mas acho que ficou evidente o perrengue causado pelos céus… jeeny iniciou a apresentação com uma sipituca no amplificador do baixo e não há humor que resista a uma nhaca dessas… o astral em são paulo foi outro (tem várias imagens no Utube). rolaram algumas mudanças no setlist e uma música a mais em sumpa…
claro que o espaço deu uma esvaziada depois delas… já era tardão, a chuva não parava (PQP) mas a torcida do carne se manteve firme e forte… D+
emocionante testemunhar uma rapaziada muuuuito jovem totalmente entregue ao som dos goianos… na minha frente tinha um garoto de uns 12 anos que vibrava e cantava todas as músicas da banda… FODA!
salma, literalmente, joga um feitiço estonteante sobre a audiência… as pessoas ficam envolvidas por ela (e pelo som da banda) em grau máximo de entrega…
depois do show, aderson (baixista do carne) chegou junto com a edição em vinil do “tônus”, o mais recente disco deles… “this is religion”!
pra fechar, picando a mula sob chuva inclemente (PQP), encontrei com a mitológica nathalie, figura fuNdameNtal n’aTRIPA… papo pra lá, papo pra cá e ela me entrega um bloquinho (lembra que o do programa estava acabando?) feito por ela, LINDO, lotado de carinho-amizade-participação… chorei em casa… FUEDA, “this is religion 2”!
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michel & nick…
comentei no #306 sobre a amizade de michel spitale e nick cave, em são paulo, no início dos 90, lembra?
a conexão deles gerou a inclusão do nome de michel na letra de “papa won’t leave you, henry” (acima) do álbum “henry’s dream” (de 1992) construído, em parte, sob a vibe paulistana.
no domingo, eles se cruzaram no espaço das américas…
e, ontem, a xeretinha registrou os dois, no rio de janeura…
lembrando que tudo faz mais sentido na matéria que colocamos AQUI
onde você encontra os dois e luke (o filhote brazuca)…
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rogério abalou as estruturas (ou “this is religion”)…
comentei no #306 que o bloquinho onde escrevo o programa estava em sua derradeira folha… e que essa sensação devia ser a razão pela qual eu estava muito emotivo em nosso voo. lembra, né?
e eis que chega a seguinte mensagem do inoxidável ouvinte / fotógrafo rogério…
Assunto: bloquinho
“qual o tamanho do seu bloquinho, mauricio?
tenho um rvk personalizado, estilo moleskine, quero te dar de presente!
o tamanho do meu é 12×9 cm.
abracos!”
rogério
HAHAHAHAHAHA… PQParille, que D+
agradeci muito pelo carinho cabriocárico mas disse que o bloquinho tem um shape igual a todos os outros desde o século retrasado. olha a cara do que está indo pro arquivo (mas sempre consultado e de importância vital)…
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dapieve mostrou pra gente em maio1997…
essa nota do dapieve saiu no globo, em 1997, e recordava uma resenha que escrevi no rio fanzine, em 1986… ou seja, “nandão, o que é o tempo?”
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nasceu, hoje…
em 16outubro1968…
50 aninhos num corpitcho de baby encapetado, genial, transgressor
todos os dias agradeço a são hendrix pela felicidade oferecida
amém
cheers
( :
o fatiamento de corações, mentes & almas…
clique avassalador de professor vidigas, THE butcher em candangolândia!
mas a situation é a seguinte, imagina você numa partida de futiba onde um dos times em campo terá como linha atacante: garrincha, puskas, van basten, maradona e edmundo… isso, massive attack com CINCO monstros para enfeitiçar seus olhos, arrancar sua língua pela orelha, para te levar ao prazer incomum. captou?
pois bem, transporte tudinho para um local abarrotado por uns sete mil espíritos em sintonia total com um palco habitado por jim, nick, george, warren, martyn, david e larry… percebeu?
foi isso que aconteceu, ontem (domingo), no espaço das américas (SP) na volta de nick cave & the bad seeds ao brasa, quase trinta anos depois… grosseria em dose industrial apoiada por repertório barra pesada e performance como poucas vezes temos a chance de testemunhar.
tendo as gavetas do roNca como referência, acho que a entrega de nick ao seu ofício no palco pode ser comparada ao desejo incontrolável de bruce springsteen em fazer amor com sua (dele) platéia… PQP, fueda!
já comentamos como o recente percurso de nick cave na música é algo sem muitos precedentes… de como ele superou tudo, de como conseguiu enfiar uma criação sônica foreta da massificação nas mentes de zilhões de novos ouvintes.
a audiência de ontem estava 1000% inserida na música das sementes… para mim, foi surpreendente a quantidade de gente cantando todas as músicas, palavra por palavra. o show levou por volta de duas horas e quarenta minutos, na maioria do tempo, eu tive pertinho (à esquerda) uma menina muito jovem (com a namorada) que chorou em várias canções, se requebrou, urrou, pulou e se despediu com o rosto de felicidade plena… à direita, um pouco mais distante, tinha uma outra, sozinha… cacilds, ela cantou TODAS as músicas, quietinha, paradinha, mergulhada na mais profunda parte da piscina… D+
no que entrei, hoje, no asa dura, de volta pro rio, quem passa por mim no corredor?
– hey, foi você que cantou todas as músicas de nick cave?
– hahaha… eu mesmo. adoro muito. sei tudo
“from her to eternity”, “jubilee street”, “tupelo”, “the mercy seat”, “red right hand”, “stagger lee” e a surpresa, na marra, de “jack the ripper” ficarão séculos e séculos ecoando pela minha existência… D+D+D+D+D+D+D+D+D+D+D+D+
sabe a sensação das coisas serem positivas? do mundo andar pra frente?
mas nem tudo foram flores no espaço das américas… pela primeira vez em sua vidinha, a coitada da xeretinha foi confiscada pela produção de um show (produção nick cave). até agora não entendi direito como aconteceu o fato e, na boa, prefiro não compreender o que levou a coitadinha da xerê a passar quase três horas isolada do mundo… parece piada mas é pura realidade… pelo andar da carrocinha rolou um mal entendido fuderoso envolvendo o credenciamento de fotógrafos com a produça do show (nick cave) que determinou que os retratistas teriam suas MEGA máquinas confiscadas após a única música autorizada a ser clicada e que, depois do árduo trabalho (!), seriam enxotados para as laterais do palco (na platéia) e ali ficariam, isolados (acredite!) até recuperarem suas ferramentas… hahahahahaha, que comédia.
ao saber desse mal estar, simplemente, comentei: “muito obrigado pela credencial mas eu não estou aqui apenas para fotografar. paguei o ingresso para me divertir vendo o show onde bem quiser e com quem quiser. portanto, não me interessa registrar uma música apenas (a primeira do show)… e se vocês estão proibindo a documentação profissional do show, fiquem sabendo que a pobrezinha da xerê está mil furos abaixo de 99% dos celulares aqui dentro”
nesse momento, brotou uma eficiente e simpática funcionária do espaço das américas super disposta a atenuar a nhaca… e conseguiu.
enfim, fui obrigado a me separar da chorosa xerê que soluçava: “nunca aconteceu isso com a gente”… e respondi: “meu amor, ja que estamos em são paulo, pense no ensinamento do grande boça – puta mundo injusto, meu”.
mas já está tudo certo… disse pra ela que nada irá substituir os cliques que deixamos de fazer mas que, entre mortos e feridos, esse 14 de outubro mostrou como não podemos viver separados
L O V E
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segura a viagem…
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(Introduced as “a prayer to Brazil”)
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(Nick walked in the crowd)
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(Audience members invited to the stage)
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(Audience members on stage)
- Encore:
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(First time played in 2018)
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Note: Original setlist included Skeleton Key, Mermaids and Distant Sky as optional songs, as well as Jack the Ripper, which was played. Foi Na Cruz was attempted, but Nick Cave couldn’t remember the lyrics.
UFA, estamos voltando à superfície (ou nick the ripper)…
sente o mood (ontem) de professor vidigas após corpo a corpo com o carniceiro cave (bem em frente ao local do esquartejamento)…
JISUS
( :
nick em são paulo, no início dos 90 (ou D+D+D+D+)…
a essa altura do championship, nick cave está matando saudades da paulicéia desvairada que tão bem conheceu no início dos anos 90.
o jornalista carlos messias e o fotógrafo lucas lima montaram o quebra-cabeça cascudo das mais profundas relações de nick com a cidade e seus personagens… AQUI
IMPERDÍVEL
no que bati os zôio nessa matéria fui ao encontro de uma das peças mais próximas a nick na temporada paulistana de quase 30 anos atrás: o então diretor de arte michel spitale que, hoje, é residente no rio de janeiro… e com quem encontro semanalmente, na rua.
como eu não sabia de toda essa História entre eles, ficamos um tempão na calçada com michel solando loucamente páginas e mais páginas inoxidáveis… como, por exemplo, o dia em que nick comprou a camisa do fluminense (em são paulo e não em paraty como está no texto) e a paulistada caiu em cima falando um monte de atrocidades sobre o tricolor carioca, hahahahahahahahaha… inclusive, esta foto foi tirada pelo michel…
o curioso do relato do michel sobre a aproximação entre ele e nick ser mais forte que com os outros componentes da rapaziada é que ele (michel) não sabia quem era o tal do nick cave, não conhecia nem gostava da música dele… simplesmente, simpatizou por um australiano “hello crazy people” que havia despencado em são paulo e era idolatrado por todos. conclusão, pro nick, o michel também era qualquer um com quem não precisava se vestir de nick cave, manja? do mesmo jeito que ele era com o pessoal da padaria, dos inferninhos, da feira etc & tal.
enfim, terei de cruzar com o michel depois do show de domingo para saber como foi o reencontro da tchurma cabeleira altíssima tantos anos depois… segura os dois com o luke…
( :
pra fechar, carlos messias e nick, ontem, na mercearia são pedro…
as sementes estão chegando (ou vai se acostumando)…
repertório de terça feira, dia 2, na cidade do méxico… e periga não haver muita alteração pro show do dia 14 já que essa lista é praticamente a mesma da apresentação em moscou, em julho… apenas com a inclusão de “the mercy seat” no bis:
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(Nick Walked in the crowd)
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(Audience members invited to the stage)
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(Audience members on stage)
- Encore: