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grande rafinha!!!
vem aí o festival “i love jazz” no rio, BH, sumpa e brasila.
a divulgação é baseada em letras de músicas bem conhecidas.
mas na boa, não consigo captar a vibe nesse tipo de aproximação com o jazz… ou com qualquer outro rítmo black.
parece forçação de barra para se mostrar “descoladinho”, “moderninho”, “diferentinho”, “polemiquinho” (?!)…
e dizer: “PSIU, estamos fazendo um lance que, musicalmente MESMO, não interessa a ninguém”!
ou, como rodrigão acabou de me dizer (10:50): “qualquer dia aparece um festival intitulado: AQUI JAZZ”!!!
se é que já não existe!!!
anyway, no fundo, essas interferências demonstram uma tremenda falta de sensibilidade… ou, mais diretamente, um mega preconceito.
assim como foi, ano passado, o festival de negritudes que convidava:
“seja negro por um dia”.
e mais, havia como você sair com nariz abatatado e cabelo “black power”!
acho até que pode funcionar para a grande maioria… afinal, eles devem saber como fazer a bagaça.
confesso que gostaria de me sentir atraído por esse tipo de comunicação, ou ao menos, entendê-la…
mas prefiro me levar pelo poder de sedução do som criado por seun kuti, que vem aí em nova edição do festival.
resumindo, sou mais o rafinha…
( :
NME84!
curtiu a listrinha de 85 lá embaixo?
captou a vibe do jesus & mary chain dominando geral?
se interessou por uma pá de nomes desconhecidos?
yeah!
agora, seguem os melhores no NME de 84…
sentiu nelsão em terceirão na voz do special A.K.A?
prestou atenção na família womack barbarizando?
comhece?
êita… ela vive sendo endeusada pelo damon! é, o gorilinha!!!
terça que vem a gente volta com eles no jumboteko!
( :
por falar em jesus, me lembrei deste crique que fiz dele aqui no river de janeura, ali em copa, 80 e bordoada…
muito bom rever esta lista e notar como está impregnadaça pela black music.
soul, funk, jazz, reggae, hip hop, disco, afro… tudo misturado, turbinando o hit parade, as rádios… os tímpanos.
essa tendência bateu forte aqui no brasa e, por exemplo, justificou o lançamento porraqui de muitos discos de música caribenha e africana.
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zeca10!
“toque” saideira de nossa babação a ezequiel neves.
tomara que essas 10 performances publicadas aqui tenham mostrado um pouquinho da competência e descaralhação que zeca tentou passar adiante.
rolling stone, maio/72…
aproveitando a vibe, deixo o email recebido terça passada que, certamente, o zeca vai curtir…
Subject: eddie e ronca ronca“E aí Maurício,
espetacular a experiência que tive na última sexta-feira com Eddie e cia no Oi Futuro. Ouço o Ronca desde 2006, quando voltava acompanhado por sua turma da Tijuca, onde fazia faculdade, até Belford Roxo. Isso tudo já falei em alguns emails, mas a parada hojeque venho compartilhar é outra: do peso que as coisas ganham ao se tornarem reais. Isso tem a ver com o show do Eddie em Ipanema. Ouço a banda há algum tempo, com a simpatia comum que recebo as bandas de Pernambuco, mas ver essa turma ao vivo me pareceu uma coisa que nem de perto se assemelha ao que ainda hoje procuro no cd. Enfim, um som pra se curtir com calor…humano. E mais: muito bacana te conhecer pessoalmente, e também o Nandão. Dá aquela sensação de possibilidade, de realidade, algo que se soma, é claro, à mágica das ondas do rádio.
Quando te perguntei como faço pra ter uma camiseta do Ronca cê me respondeu: só pedir. Pois bem, tá aí meu pedido formalizado por email, rs. E já que quem não chora não mama, quero voltar lá em Ipanema pra ver o Mundo Livre…
Um grande abraço,”
Alexandre.
Belford Roxo.
zeca8!
jornal de música, julho/1977…
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aproveitando a vibe do zeca aqui de cima…
ahhhhhhhhh, tiraram as delegatosas do caso!!!
por falar nisso, logo logo, elas voltarão a atacar… é só esperar!
êita!!!
tem noção do que rola (eu disse róla, ok?) nos labirintos desse caso?
acho que ninguém tem… e jamais terá.
zeca6!
jornal de música, julho/1977…
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Subject: Não dá pra escrever o futuro…“Caro Mauval,
Acabo de assistir “The Future is Unwritten” …Não dá pra conter as lágrimas, emoção, que figuraça esse Joe Strummer, choro pacas nesse momento, pensei em te escrever, porque foi graças a você e ao Ronquinha que me coloquei no caminho desse trem e acabo de ser atropelado.
…E a impressão que fica é que toda as músicas bacanas já foram escritas e tocadas.
Waleu!!!!!!
Charles(Maceió)
zeca4!
muito forte com a aproximação de buraka som sistema, hypnotic brass ensemble & orchestre poly-rythmo!
curtiu?
assim que todos os detalhes estiverem fechados, a gente avisa aqui.
segue lista de ontem…
paulo moura – “luiza” (ao vivo)
the velvet underground – “temptation inside your heart”
eddie – “quase não sobra nada”
the dead weather – “i’m mad”
black alien & speed – “aumenta o som dj”
baianasystem – “oxe, como era doce”
david crosby – “music is love”
fagner – “orós”
fagner – “cebola cortada”
aswad – “truth”
buraka som sistema – “kalemba”
hypnotic brass ensemble – “war”
orchestre poly-rythmo – “nou de ma do vo”
the who – “happy jack” (acoustic version)
made in brazil – “jack, o estripador”
leonard cohen – “bird on the wire” (ao vivo)
paulo moura & os pilantrocratas – “tudo azul”
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segue a primeira participação de ezequiel na rolling stone brasileira, fevereiro/72…
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UFA!
ainda bem que acabou o “desfile no sambódromo”… e vamos voltar ao batuquê no fundo do quintal:
goiás X vasco
HOJE, 21:50, serra dourada
yeah!
( :
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reverberando o raimundo de ontem…
“fagner teve seu carro roubado em fortaleza, em 2010, e dentro estavam algumas fitas com material raro.não sei se ele conseguiu recuperar o material, nem sei que material era, mas seria legal descobrir isso.e não há dúvidas de que ORÓS é um dos discos BÁSICOS da mpb.”André&
“Primeiramente, sumido mais vivo!
Voce esta certo camara, realmente este disco “Orós” fez muito sucesso, e na época eu trabalhava numa loja de disco aqui de Realengo e vendi alguns (o poder aquisitivo e a cultura musical em geral estavam em baixa). Mas foi realmente um sucesso, e depois houve um outro “Soro”, também legal mais um pouco mais complicado não era para fazer sucesso, também tinha Ferreira Gular declamando, Patativa do Assaré contando causos, também com arranjo do Hermeto..
Otimas lembranças o Ronquinha me proporcionou hoje…
Em tempo, o meu blog Pró Realengo faz um ano este mes e recebeu da Camara de Vereadores “Menção de Congratulações”, pelo trabalho feito.
abraços, to sumido mas to ligado.”
Luiz Fortes RJ
grande garoto!
esta é a capa da edição number 1 da rolling stone brasileira, fevereiro de 1972…
ao desdobrar o jornal, a gente dá de cara com…
uma matéria desorientante com o mais importante nome do rádio brasileiro… na gaveta pop/rock.
newton duarte começou a colocar o rádio de cabeça pra baixo por volta de 66/67… época d’ouro onde beatles/dylan/hendrix/stones/zep/who/kinks & cia limitada diziam de onde vinha o apito do trem, sacumé… né?
big boy, o newton, fez quase tudo na mídia dos 60/70… mas, sobretudo, tinha o objetivo muito claro de levar Música (sentiu o M?) aos ouvidos dos desprovidos… ou seja, o objetivo de formar uma nação, um país… o brasa!
nós!
o poderoso sinal do sistema globo de rádio servia, em AM, o cardápio finíssimo que newton preparava – com tanto conhecimento e paixão – aos mais remotos ouvidinhos auriverdes.
o tempo passou e big boy subiu aos 33 anos – I REPEAT, AOS 33 anos – deixando um espaço que nunca foi ocupado… e jamais será!
sempre afirmo que uma das grandes causas do nosso emburrecimento musical (= ao geral) deve ser creditada ao sumiço dele de nossas vidas.
quando escrevo “nossas vidas”, quero dizer – de nossos pais, amigas, avós, tias, namoradas, padrastos, primos…
confere?
de uns anos para cá, big boy foi lembrado e reconhecido… felizmente!
virou um mito… e como tal, todos citam, muitos tiram onda, outros tantos sentem saudade…
mas muito poucos têm noção da batalha que ele travou para não se desviar daquele objetivo ali de cima.
a parte final desta entrevista da RS é de doer de tão triste.
a sensação de solidão que ele transmite é de arrepiar… é incrível como, anos depois, não sabemos nada do que se passava pelos corredores do SGR.
é surpreendente como big boy teve de engolir várias manadas de sapos para se manter no ar. é triste saber como seu talento nunca teve espaço decente para se desenvolver 100%… mas fica a certeza de que nada dobrou sua obstinação.
( :
não se esqueça de pegar a caixinha de papel… e, se puder, gritar bem alto ao final:
HELLO CRAZY PEOPLE… às gargalhadas, of course!
(cinco anos depois, ele não resistiu à asma)
(leia-se “cavern club”)































