como se num passe de mágica, aos 45 minutos do segundo tempo (mais uma lembrança a rafael vaz), pipocou o conva para as pedras… foi uma surpresa, totalmente, inesperada.
no caminho para a arena, tive certeza que o mundo seria coberto pelas águas… só que, ao chegar no ex-maior do mundo, a lua (cheiaça) garantiu nossa permanência em solo terrestre e a “tranquilidade” do show…

cheguei meia hora antes da bola rolar… talvez por isso, não encarei fila, pressão, perrengue. rapidinho o som estrogonófico do PA sacodiu a rapaziada com ‘start me up”.
falar o quê de uma apresentação dos stones? quase tudo já foi escrito, gritado, gravado. a bula é a mesma de sempre, felizmente… como não encharcar os olhinhos com “you got the silver”? não imaginar que “gimme shelter” é uma das três songs mais inoxidáveis que a humanidade já criou? olhar pros cornos de keith richards e não creditar a ele alguns dos momentos mais cabriocáricos que já gozamos em nossas vidinhas? não lembrar de ron wood com o faces?
no final, com as luzes acesas, cruzei com a renata que do alto de seus 17/18 aninhos (fissurada em k.vile, deerhunter, liars, j.holter) colou na minha orelha e disse:
– não estou acreditando que finalmente vi os stones e comecei a entender muitas coisas
PQParille, quase desabei com a percepção dela que mais parecia um charuto de bêbado… de tão suada.
em seguida, esbarrei com o chico (contemporâneo de richards. isso) que já testemunhou toda e qualquer banda foda que você possa imaginar:
– mauricio, ver os stones é como se fosse sempre a primeira vez
vazei tranquilão da arena ouvindo, volta e meia, a nação ronqueira celebrando a noite, aos gritos – RONCA RONCA… hahaha! D+!
para fechar a noitada, dividi umas ampolas com zé emilio rondeau, LENDA queridíssima… que, ontem, marcou a coronha de sua winchester (modelo 1963) com o décimo sexto risco… é fato, o show no maracanã foi a décima sexta vez que eles compartilharam o mesmo espaço… sideral.
cheers
