gallows pole…

Governador Valladares estou emocionado pra cará. Aqui na Antuérpia, Bélgica, UK, frio de menos 10 graus, sensação térmica de Patrícia Poema (67 graus) enquanto minha esposa e anã (ou anã e esposa, pode escolher) Baldinha Ferrare paga boquetes pela cidade para que possamos comer alpiste e dormir dentro de um caixa eletrônico de um falido banco grego. Estou numa Lan street (cat, ou gato se preferir) na rua da Amargura conhecida por aqui como Bitterness Boulevard e vejo meu passado estampado em www.roncaronca.com.br. Estou terminando meu livro em homenagem a seus amásios Walter Salles e Jack Kerouac que vai se chamar “Pau na Estrada, a aflita vida de uma glande ralada, drogada e prostituída”. Bem, não chorei como uma hiena na Street House porque, simultaneamente, traficava 12 diamantes marrons que, no mundo das pedras preciosas, são mais falsos, raros e patifes do que aquele LSD distribuído pelo SUS em Woodstock, 1969, UK. Gov. my Gov. a emoção tomou conta de mim. Lendo o meu passado no Ronca Ronca meus pensamentos se conectaram a Paquetá, praia da Moreninha e como os cagalhões que voam em nossos pensamentos a memória foi acionada. Eu, a pedra, os mexilhões, as rabiolas morenas e mulatas como uma bússola apontando para o norte, o mexilhão com LSD e óleo diesel, privadas voadoras, Caramuru, meu irmão mudo, hoje trabalhando como mudo de programa no Vaticano, os cavalos defecando sobre crianças na pacata ilha, as orgias em minha casa com afroascendentes como eu (afroascendentes sim, e daí?) e foi, assim, a lâmpada apagou, a vista escureceu bispo Valladares. O teto da Lan street desabou sobre mim e desmaiei como Xuxo nos braços de Marlene Jungles, vulgo Mattos. Lembra? Tu não lembra, mas eu lembro que até Xuxo me passou na cara naquela Sodoma que era minha casícula em Paquetá, com direito a cachorro, Lobo, enfim, eu roçava nas ostras, entubava robalos, mas era feliz. Despertado por um gari que me viu caído na calçada e me serviu conhaque Dubar com ovo de pombo cru, voltei a madame Mim. Depois de uns 2 ou 80 segundos de “quem sou e? onde estou?” essas babaquices, lembrei que Lalá, Lelé e Lili, os três pilotos kamikazes japoneses aposentados do Boeing 787 Dreamliner bichado que me conduz mundo a dentro, sumiram durante uma surubete na Baixada Fluminense daqui, com direto a edição do Antuérpia TV (equivalente a RJ TV). O avião está tão cocô, mas tão cocô que é cercado por moscas quando desce em qualquer lugar do mundo (foto). Onde estarão esses três que são viciados em se matar? Hein, Gov. my Gov.???? Lembro que cada vez que embarco no 787 Dreamliner pego meu arpão, rendo Lalá, Lelé e Lili e dou uma geral em seus bolsos. Já arranquei chumbinho, espada de samurai, faca de cozinha, bombril com cerol de pipa, forca portátil (Gallows Pole, Page Jimmy) e, o principal, Polônio: o mais letal dos venenos.

Uma grama de polônio é o suficiente para matar 10 milhões de pessoas.  Só o seu amigo Keith Richards, como bom junkie jack flash que é, resiste a uma dose dessas e sai patinando no gelo. Gov. my Gov. escrevo para dizer que meu passado me condena, sim, mas gosto dele. Passado é como mijo. Fazemos, ele parte, mas é gostoso. Aliás, Gov. my Gov. você lembrou daquela festinha no cinema Iris quando eu surgi atrás de você, passei a mão em seu cone sul e sussurrei “fala brôu” no seu pescoço, e desapareci tragado pela viadolândia. Baldinha acabou de chegar, com a boca redonda como a de Luluzinha (ócios do ofício) de tanto boquetear pela baixa Antuérpia. Vamos localizar Lalá, Lelé e Lili e partir para…sei lá para onde, UK, RJ. Ummagumma Ferrare da Antuerpia, terra do diamante cor de bosta.