por um imundo melhor (2)…

ferrare

Governador Valladares, continuo aqui no epicentro do terreirão do rock, de cara pro Esquenta infestado de bichos escrotos grunhindo, defecando, peidando, arrotando e fazendo um esporro que a macharia (coletivo de machos) punheteira chama de metal. Mesmo tomado do fedor de cecê desses vagabundos vestidos de caveira, ainda me emociono com a imagem que, como fezes, colou em minha mente. Foi aquele recital-tributo, de sexta feira, em homenagem ao seu amigo Cácio que reuniu vários rapazes no palco coçando o saco e a virilha, cuspindo um no outro, numa atitude descontraída, despretensiosa… enfim, livre. Mas na hora…(lágrimas)… posso falar? Na hora que eles tiraram a camisa fiquei esperando, trêmulo… mas o meu ídolo não me traiu: Miltinho da Vila (FOTO), do alto de seus 97 anos de samba, suor e lágrimas, tirou a camisa e cantou o refrão da minha vida, “felicidade, passei no vestibular / mas a faculdade é particular”. Gov… eu chorei muito Gov. Me atirei no gramado esmurrando aquele solo cheirando a mijo, emocionado e faminto acabei pastando… olha o que um fã faz pelo seu ídolo. Como uma vaca de capa de disco, enchi os cornos de grama ouvindo aquele tributo do outro mundo… e de vez em quando, tenso… olhava pro telão de rabo de olho e lá estava o meu Miltinho da sua Vila sem camisa, rodopiando, saltitando e cantando “ih, vamos embora que esperar não é saber”, rodando a camisa na mão como um ventilador em promoção na Ricardo Eletro. Mas esse momento o vento levou… o show acabou, a luz apagou e agora José? E agora, Lígia????? Perguntaria Tom incrédulo, “e agora, Lígia”? Hoje fiz uma feirinha e vendi 32 iPhones que afanei ontem de adolescentes que foram tocar siririca pra Adão Lambreta, boqueteiro do Queen. Só iphone 5 e 6, tudo zerinho. Amanhã vou fazer outra feirinha perto da grade onde o escroto do Rouba Stewart me humilhou há 30 anos quando eu não passava de um humilde cafetão. Ele me encomendou um pardo de 1m e 90, 90 quilos para espancar em seu pelourinho portátil instalado no hotel. Usando uma saia quadriculada com ligas, Rouba Stewart fingiu que ia me pagar pelo pardo e cuspiu nos meus cornos, dizendo em inglês “vai encarar, pretume? vai encarar, gorilinha? cai dentro, seu merda… o imperialista aqui sou eu, safado, você não passada de um slavezinho de merda”. Magoei, Gov… Mas amanhã vou me vingar. Com o dinheiro da venda dos iPhones subornarei um cachorro venal da segurança com 20 quilos de Pedigri com pedaços de carne. Vou penetrar no camarim do Rouba Stewart e encher de chumbinho o garrafão de whisky dele bem na hora em que o escroque estiver prestes a dar o último gole antes de deflorar o palco do terreirão do rock. Saúde, FILHO DA PUTA. Ummagumma Ferrare, Brejo in Rio, UK

ainda Ele…

electric

Assunto: #145, 4.5 ou metendo a avó no meio
“E aí Mauricio, belezuríssima?
Falar da magnanimidade do #145 é chover no molhado. Mas como a gente não tá falando do Zé das Couves mas sim d’Ele, a subida pra esperar Cartola pra bater papo reverbera e tem que ser assim mesmo. Uma das mais inusitadas (ao menos para mim) foi o post do “The Sound Gallery” alocada no barracão de Zuckinho com a avó do menino bom. Segue o link.
É isso,
Beijinhos, bye bye, tchau,”
W.
+
Assunto: Metendo a colher

“Mau Val

A deliciosa “biografia” de James Marshall aqui na minha estante, escrita pela jornalista Ana Maria Bahiana. Não vendo, não empresto.

Abraços Sucesso”

Pedro

ana

+

Assunto:programa roNca roNca
“Salve Mauval!

Ontem fui numa choperia em Botafogo e tive a impressão de ver o Shogum. Deu muita vontade de chegar junto e dar um salve, agradecer por todas as boas horas de Ronca Ronca junto contigo. Mas fiquei na minha.
De qualquer forma, agradece ele por mim. A participação dele no Ronca Ronca é sempre iluminadora.
E o #145 foi lindo demais. Parabéns!
abração,”
Rodrigo

por um imundo melhor…

ferrare

Governador Valladares estou aqui no clitóris do Rock in Rio, nem muito em cima, nem muito embaixo, exatamente no meio, nem esquerda, nem direita. O Gerente de “Tortura, Porrada e Diversões Públicas” do Estado Islâmico, Afrodite Russéf, comeu o chumbinho que botei na esfirra dele e empacotou, Gov. my Gov. Fugi! Cheguei aqui na cidade do rock e imediatamente vendi meus 300 quilos de lama falsa do festival de 1985, ano em que Tancredo das Neves subiu na garupa de Freddie Mercury. Agora, alugo meus ombros e meu balaústre para a mulherada de 14 a 79 anos que me chama carinhosamente de “Ferrá, o Picão”. Quando nasci, ninguém disse “é menino”. O médico gritou “que vaaaaara” e foi aquele corre corre. Aqui no terreirão do rock, com Maria Chaveirinho (FOTO) montada no balaústre e Dilma do Tal trepada em meus ombros, faço gargarejo grelal como um encachaçado peru de véspera de Natal. Elas babam, Gov. my Gov. Babam bonito e gostoso. O aroma de mel com clara de ovos, Neutrox 1 e Neocid em pó (mata chatos) me faz sentir como Araci de Almeida Live at Monterey Pop, totalmente possuída pelo LSD.​ As meninas estão loucas para trepar no meu balaústre (funciona como uma espécie de rema-rema) ​e subir  nos meus ombros, por isso a fila está maior do que a da Tirolesa, vulgo “mata caba​ço” e da roda gigante de 60 metros , conhecida como Aberta Me​rdinha. Além de alugar o membro e os ombros, vendo pastilhas Vic afegã, conhecidas lá na terra do Estado Islâmico como “tesão de vaca”. Você bota na língua da garota, espera 45 segundos e ela voa de boca até em pau de enchente. Tá tudo lindo aqui, Gov. my Gov. Lindo!!! Mas ficaria melhor se desligassem  aquele Esquenta lá  na frente, um tal de palco imundo. Porra, Gov. suruba que é suruba só ​toca gritos e sussurros. Ummagumma Ferrare, Huguinho, Zezinho, Luizinho, PC Caju, Barone, Bi, Zé Forca, Adão Lambreta – Ilha de Wight, Brejo da Tijuca, UK.

hendrix & amabis…

galgamos parâmetros com hendrix por muitos e muitos ticos… no auge da paixão, sério, cheguei a pensar – por alguns segundos – em transformar, pra sempre, o poleiro num espaço só Dele… seríssimo. anyway, a poeira baixou, os 45 anos de sodade dobrarão e seguirão turbinando nossos corações mas a roda tem que girar… o primeiro assunto pós hendrix foi captado pela xeretinha na noite de ontem (sexta feira) e está subindo aos primeiros minutos do sábado…

amabisgui amabis & banda (richard ribeiro+dustan gallas+regis damasceno+samuel fraga) lançando, na audio rebel, seu novo disco “ruivo em sangue”!

D+!

a máquina…

machine

Assunto: Machine Gun
“Mauval,

sabe o que eu fiz quando acabei de ouvir o #145? Comecei de novo.
Uma vez no século passado eu bati o carro do papai ouvindo “first rays” dentro do possante, vi minha vida pela greta naquela ocasião…
Que furacão de emoções que esse roNca me proporcionou.
Obrigado, sempre!
ArrudiNha from Victória.”
——————————————————————–
Machine gun
Tearing my body all apart

Machine gun
Tearing my body all apart

Evil man make me kill ya
Evil man make you kill me
Evil man make me kill you
Even though we’re only families apart

Well I pick up my axe and fight like a bomber
(you know what I mean)
Hey and your bullets keep knocking me down

Hey I pick up my axe and fight like a bomber now
Yeah but you still blast me down to the ground

The same way you shoot me down baby
You’ll be going just the same
Three times the pain
And your own self to blame
Hey machine gun

Oooooooooo

I ain’t afraid of your mess no more, babe
I ain’t afraid no more
After a while your your cheap talk don’t evern cause me pain
So let your bullets fly like rain

‘cause I know all the time you’re wrong baby
And you’ll be goin’ just the same
Yeah machine gun
Tearing my family apart
Yeah yeah alright
Tearing my family apart

Don’t you shoot him down
He’s about to leave here
Don’t you shoot him down
He’s got to stay here
He ain’t going nowhere
He’s been shot down to the ground
Oh where he can’t survive no no

Yeah that’s what we don’t wanna hear any more, alright
No bullets
At least here, huh huh
No guns, no bombs
Huh huh
No nothin’, just let’s all live and live
You know instead of killin’

eternamente ligadão…

Assunto: James Marshall
“Salve!

Mauricio, confesso que não gosto de especiais. Sempre que você “ameaça” com a possibilidade de especiais para determinado artista e/ou banda, me pergunto se valerá a pena ouvir. Prefiro ouvir o Ronquinha na sua forma convencional, com uma infinidade de tipos sonoros. Entretanto, por mais incoerentes que possam ser essas linhas, dois especiais entraram pra minha lista dos dez mais: A visita de Carlos Moore, uma das melhores aulas que tive de Sociologia e História fora da faculdade e o especial Jimi Hendrix da terça passada. Muito bom! Alguns detalhes eu desconhecia ou não lembrava, como a coincidência que James Marshall subiu na mesma data que meu pai, 18 de setembro. Mais um motivo pra eu estar eternamente ligado a Jimi.
Grande abraço! Manda música, manda música…”
André
hendrix.mam

por ele mesmo…

gilberto

Assunto: Jimi Hendrix por ele mesmo…
“Fala Maurição

Que programaço este Ronca #145 ! Estupidamente cabriocárico! E Fernando Vidal dando um verdadeiro show na guitarra (em alguns momentos do programa eu não sabia se estava começando uma música com Hendrix ou era o Fernando…PQP!!!!). Mas…como a conexão do Ronquinha com a minha pessoa é muito forte, tenho duas observações: a primeira foi quando Fernando Vidal falou sobre o show no Teatro Casa Grande em comemoração aos 10 anos da morte de Jimi, quando estiveram no mesmo palco Robertinho de Recife, Pepeu Gomes e Sérgio Dias, e…eu estava lá !!!Lembrei-me que depois desta sonzeira toda, lá pelas 3:30 da manhã de uma quarta-feira, peguei um velho buzão 438 para Vila Isabel e fui sonhando com Hendrix (estudava no CAP-Uerj, tinha uns 17 anos e no dia seguinte, acordaria às 6:30 hs e teria que encarar uma prova de Geografia às 8:00 hs…imagine como foi a prova…somente “notas musicais”; a segunda observação é sobre o que vocês comentaram no programa – o que faria Jimi Hendrix se não tivesse morrido? Que som teria tocado ? Eu tenho a resposta…ou melhor, está escrito na página 196 do livro “Jimi Hendrix por ele mesmo”, organizado por Alan Douglas e Peter Neal, com entrevistas e arquivos pessoais escritos por ele mesmo e diz o seguinte:
“…Tenho vontade de fazer umas coisas mais sinfônicas, para que os garotos aprendam a respeitar velhas tradições musicais, os clássicos. Queria misturar isso tudo com o que chamam de Rock. Mas preciso entrar nessa de jeito, porque sempre gosto de respeitar minha própria maneira de ver as coisas. Minha idéia não é chegar lá com uma orquestra de 90 músicos e tocar duas horas e meia de música clássica. Minha idéia é explorar os dois lados sem tomar conhecimento de nenhuma distinção entre rock e clássico, é fazer algo inteiramente diferente. Seria como se cada passo fosse uma mistura de passado e futuro. Quando eu conseguir isso, o mundo todo vai saber…”
Abraço
Gilberto (RJ)

simples assim (ou sodade arretada)…

janeiro1969 / estocolmo…

o início do fim do experience, bastante evidente… e que situação o corte do apresentador quando a rapaziada estava voltando pra saideira… a nhaca, talvez, tenha sido porque houve um segundo show em seguida… sinister.

  1. (The Leaves cover)

hendrix70

gênio, bonito e sem falar bobagem…

hendrix.close

Assunto: Hendrix
“Caro Maurício

Sensacional o último Ronca com Hendrix e Fernando Vidal.
O cara era realmente um gênio, sem qualquer dúvida.
Ouvi vocês comentando o que é uma questão recorrente não só sobre Jimi Hendrix como sobre outros músicos dos 60’s e dos 70’s já mortos: “o que estaria ele fazendo HOJE se estivesse vivo?”.

Temos vários exemplos de gente da época que ainda produz e acho que dá para ter uma ideia.
Na minha modesta opinião, após o advento e estouro do Punk em 1975, 1976, 1977 houve uma mudança no interesse musical. Ninguém aguentava mais o Art Rock, experimentações, orquestrações, discos muito burilados e que, apesar de alguns terem muita qualidade não soava mais como a maioria dos consumidores de música queria ouvir naquele momento. Isso sem falar que, para a indústria fonográfica, era muito mais barato ter 3 caras usando bateria, baixo e guitarra do que a London Symphony Orchestra, corais, naipes de metal…
O show do The Wall, na minha opinião chatíssimo, pretensioso (o disco), tinha tal estrutura de palco que só pode ser apresentado em poucas cidades da Europa…
O Rock tradicional estava em baixa em meados dos 70’s. Li uma entrevista de Paul Weller em que ele diz que viu Joe Strummer em um show com uma camisa escrita “Chuck Berry is dead” e que ele, obviamente não concordava com aquilo. Mas era, talvez, um sentimento dominante na época. Tem aquela coisa Iluminista…tudo o que é novo é bom e o que é velho não serve mais.
“o novo sempre vem…”, mas claro, nem tudo que é velho é ultrapassado- e o Rock é um excelente exemplo- e nem tudo, obviamente, que é novo é bom.
Fazendo uma digressão, creio que Jimi Hendrix teria feito muito mais coisas geniais até meados dos anos 70, talvez coisas com Miles Davis e depois, com o advento do Punk, com a redução da chama criativa que vimos em outros artistas, com mais grana, outros interesses, ele reduziria sua produção, provavelmente com alguns discos ou faixas ainda geniais mas sem o elemento de novidade que ele foi no fim dos 60’s.
Foi uma explosão breve de uma supernova que ficará sempre na nossa memória e ele morto jovem ficará sempre com a imagem dos 27 anos, elegante, bonito e sem o risco de ter escrito ou falado bobagens como outros contemporâneos fizeram.
Abs”
Gerson