Todos os posts de mauval

nathalie mandou pra gente (ou ranaldo & lennon)…

Assunto: Isolation

“Salve, Mauval!
Como vamos?
Olha, viu isso aqui?
Clipe que o Lee Ranaldo lançou hoje, da versão que ele fez pra Isolation, lá atrás. E agora, ele faz esse resgate, mas com esse video lindo, com imagens de vários cantos do mundo, nesse momento de isolamento. Blu blu forte, hein!! Prepara o coração.

Aproveito pra mandar um abraço pro Nandão. A subida do Aldir tá reverberando até hoje por aqui…

um beijo, <3
Nathalie
🙂

mais uma pra se juntar a hendrix e cartola…

perdemos, ontem, mais uma parte da História do rádio brasileiro com o sepultamento da rádio globo são paulo.

em tempos onde testemunhamos a banalização da morte, até que escolheram a época certa pra encerrar as atividades… poucos sentirão o buraco.

claro que não foi inesperado. essa página do desmonte do SGR vem sendo escrita há tempos… um fato após o outro até a total (ou quase) extinção…

que tristeza a afirmação “apoiar a vibração da cultura carioca”… caramba, que brasil é esse onde qualquer idéia se ajusta (na marra) a qualquer realidade (inexistente) e neguinho entra numa que está descobrindo a roda?

enfim, apagando o SGR como era previsto

) :

DAQUI

nelson, pai, avô, rádio & o céu…

“Salve Mauricio ,

Firme e forte feito granito?

Rapaz agora vc me emocionou…..o rádio me traz tambem tantas lembranças …agora quando vc “falar pelo orelhão” vou chorar pacas..o rádio lembra meu avô e meu pai ….o primeiro amava o rádio e as novelas pelo rádio e os programs de humor manja? E sempre que eu pequeno chegava na casa dele la tava ele colado no rádio deitado na cama viajando na imaginação …ele que veio da Polônia no último navio e construiu tantas coisas neste país aqui ..principalmente cuidou de 4 irmãos mais novos e que eram como filhos dele e que praticamente viviam na casa dele …

E meu pai pqp um filho da rádio MEC ..sem a rádio MEC meu pai não seria musicalmente falando absolutamente nada …a música pro meu pai sempre foi um momento onde a emoção era extravasada ..onde o cérebro não pensava em ciência ..onde o hipotálamo dele e o cérebro inteiro dele não pensava em outra coisa a não ser nos naipes de cada instrumento e sua conexão com a Ucrânia …sua alma russa..e os movimentos de cada um dos maestros que ele conheceu tão profundamente …meu pai fazia a ” regência virtual” digamos assim de centenas de obras clássicas ..um trem meio fora de padrão de qualquer coisa..e eu sempre dizia ” coisa de cientista doido ” kkkkk

Enfim …fique bem fique em casa e de fato o orelhão graças a Deus eh uma metáfora de um tempo de união alegria e de família reunida…mas o mundo vai voltar aos bons tempos…sem saudosismo mas vai ….onde quer que eles estejam eles estão olhando pra gente com carinho e afeto ..e orgulhosos do nosso amor pela música..

A tecnologia pós pandemia vai ser absolutamente relativizada e os pique niques na quinta da boa vista com aviãozinho de isopor e a pipa junto com a cadeira o orelhão e bicicleta e a bola de gude e o eskibom e o abraço das pessoas que a gente gosta vão preponderar …

Bom domingo e o céu azul hoje prenuncia novos tempos de uma nova racionalidade humana..de um compartilhamento saudável e de corpo presente …que o humano perceba novas tecnologias como apenas e tão somente instrumentos de fortalecimento do humano e não sua desagregação.

Repara não mas eu escrevo assim …

Grande abraço e a música e o rádio salvam …em silêncio de reverência e de boas lembranças ..obrigado e ronca ronca forevis…

Cheers”

Nelson

BH (ou gleison & jenilson)

Assunto: #387

“Fala, MauVall !

Cara, passando aqui rapidamente pra te dar um alô. Nessa grande pausa forçada das nossas rotinas loucas, sigo no barco do Nandão e mando aquele salve a quem nos ajudou e ajuda a ouvir de onde vem o apito do trem.

#387 realmente me emocionou. Pelas partidas “Blancas” e pelas recordações. Obrigado por tudo, amigo.

Segue registro emocionado com o Mestre Lucinho aqui nas alterosas ano passado devidamente acompanhado de uma Negro Drama RIS dos irmãos da Botocudos Cervejaria.

Sigamos online na UÉBI.

Gleison de BH

+

Assunto: saudade

“salve mauval,

aqui a saudade bate de um tempo que a gente aproveitou bem as aglomerações, e como hoje em dia o que aglomera é a imensa quantidade de informação, a cabeça as vezes da tilt, ou o famoso malcon, esse mesmo q rola de vez em sempre nos sistemas de som
hoje dei um tempo na loucura e perdi umas horas revendo shows do bem brasil da tv cultura, nem vou falar “bons tempos”, porque o que é o tempo, não é mesmo?
to me sentindo um pouco melhor depois de uma dose mais diluída de informação, menos pixels por segundo, menos sons por milésimo de décimo de segundo, menos
agora aquela máxima do menos é mais faz mais sentido, ou menos, vai saber

essa volta toda pra lembrar de alguns roNcas célebres, como aquele das 20 maiores músicas de todos os tempos votadas pela audiência, ou o dos buckleys
to na nostalgia, sorry
mas hoje ao invés de pedir eu quero é agradecer pela reverberação de cultura, de amor e música boa e desorientação.

só a desorientação salva

vida longa ao roNca roNca

um abraço pra você e pra naNdão”

jenilson – bh

karen & eugene (ou a glote travando geral)…

como foi dito no #387, a conexão de karen com eugene smith me deixou de pernas bambas e com a glote (é isso, nandão?) travadona.

eugene é minha maior referência na fotografia… lá pelos idos de 1980, dei uma chegada ao departamento de fotografia do victoria & albert museum (londres) e marquei hora para ver / manusear (com luvas) as imagens originais Dele que lá estão arquivadas… mamãe.

no dia e hora agendados, após me aconchegar diante da mesa gigante (provavelmente do século 12), se aproxima um lorde (provavelmente do século 18) com uma pasta de couro, a coloca na minha frente e balbucia: “twenty minutes”!

no que abri a dita cuja, dei de cara com vários prints originais (talvez ampliados pelo próprio eugene)… a glote (de novo) fechou geral e o blublu foi brutalmente incontrolável. ainda bem que o lorde não testemunhou a cascata colocando em risco o tesouro… PQP! foi um coice na alma do tamanho de presenciar o primeiro show dos paralamas no western club (rio, 82) ou the who (com keith moon) lançando “quadrophenia” (paris, 74)… sério!

na boa, se john peel e big boy me alimentam há décadas nas ondas da comunicação radiofônica, com certeza absoluta, eugene smith está por trás (e pela frente) de todos os cliques feitos pela xeretinha… desde sempre.

portanto, essa reportagem na the new yorker foi um furacão de felicidade por juntar karen e eugene, em pleno 2020… matéria estrogonófica AQUI