Arquivo da categoria: historinhas

muito prazer (ou it’s a family affair)…

(lucy & luca, rio, 1993)

psicólogos, entendidos, palpiteiros, sociólogos, jornaleiros, jornalistas, antropólogos, djs, modelos, manequins & manicures estão com um prataço diante de suas respectivas antenas: “que mundo é esse que estamos vivendo?”

pensa a seguinte situation aqui no nosso cantinho: mãe, pai (ambos trabalham fora), um filho de 18 anos, uma de 15, outra de 6 e outro de 3… há muitas famílias no planetinha com essa configuração, procede?

quantas vezes você acha que essa tchurma se encontra all together por ano?

posso chutar? nenhuma… nem no natal. nem no niver da mãe.

pois bem, nesse exato instante, estão todos amontoados… em mood almôndega total… se conhecendo, falando coisas jamais faladas, sabendo de detalhes amoitados, se beijando todos ao mesmo tempo, sendo apresentados uns aos outros. “mamãe, não sabia que eu tenho um irmãozinho. qual o nome dele?”… hahahaha!

ah, e com um detalhe: as duas avós que moram sozinhas, travadonas, se acomodaram na casa dos filhotes… JISUS!

ok, podemos matutar, simplesmente, um casal já separado / sem nenhum tipo de connection mas que habita a mesma maloca e que está coladinho right now. até quem sabe “matando a sodade” pra engrenar de novo… pensou?

delirante? provavelmente sim mas você pode imaginar trocentas outras situações familiares inéditas que estão acontecendo no planeta nesses dias de março2020.

tomara que existam documentaristas captando em imagens essas realidades cascudas… os teóricos, certamente, encherão páginas e páginas analisando essas e muitas outras preciosidades dos humanos.

três catedrais d’aTRIPA no UK…

já pensou se a nhaca tivesse explodido na semana anterior ao carná, exatamente, um mês atrás?

imaginou a convulsão social que rolaria? nessas horas é que deus é brazuca mermo.

mandei um pombo pra diegão (dublin), pedro “blackhill” (londres) e marcelo “caipirinha” (leeds) – três pilares do roNca, três leNdas, três residentes em meu coraçãozinho – para saber como estão soprando os ventos por lá…

“opa,
Paddy land ta calminha desde sexta … todos em casa depois q Leo anunciou fechamento das escolas
pubs fecharam domingo … sem festinha de sao patrico , sem nada
clima sinistro
na firma q trabalho, ja teve corte de um dia a menos por semana, mas ontem ja anunciaram q o facão vai passar.
os avioes ainda estao no ar resgatando a galera, mas semana q vem acho q nao sobe mais nada, so emergencia da emergencia… mas estamos ai ne ?! tocando ate o barco afundar mas ja de olho em outras paradas …
ouvindo Edu Lobo eu vivo num tempo de guerra pra dar uma acalmada
abs e cuidem-se”

diego (dublin)

+

“fui no mercado mais cedo (Sainsbury’s) e quase tudo já tinha ido embora, peguei amendoim e bolo, e um congelado
estava na Brownswood na missão de organizar esses CDs todos com programas antigos do Gilles Peterson, várias pepitas…


chego lá em uns 30min andando de casa, então ainda tenho ido
sábado fui ver umas lojas de discos no Soho, e se não soube do apocalipse nem diria que o mundo chegou ao fim, tudo normal, e bom movimento nas lojas (Phonica, Flashback, Reckless, Sounds of The Universe, Sister Ray)
domingo andei pela área, fui lá pelos jardins do Alexandra Palace, e de domingo pra cá não peguei mais transporte público – tem rolado, mas estão diminuindo
papel higiênico tá difícil de achar, já estou ficando sem meias!
tem um ou outro lugar ainda funcionando, e dá certo dó, pois cê vê que é só pela real necessidade de se manter mesmo
muitos cinemas independentes, casas pequenas de shows, uns pubs, a turma se adaptando pra não fechar, pois pode ser de vez
serviço postal meio que rolando ainda, não teve entrega pro Gilles hoje (todo dia tem!),
lavem as mãos!”

pedro “blackhill” (londres)

+

“Salve, Simpatia!

Em Leeds estamos aqui nos aprontando pra ficar em casa. Pra Crina o último dia de trabalho do trabalho foi ontem, pra mim foi terça, pro Tom o último dia de escola na escola é hoje. Todo mundo se mudando pra casa – computadores agora em três mesas, cinco telas ligadas, microfones, headfones e webcams prontas pra continuar a vida social e o trabalho via videoconferência. Isso aqui tá parecendo a NASA. Me faz lembrar um disco ao vivo do Alceu que adoro…

Foi gravado ali pelos dias do watergate, e lá pelas tantas o Alceu diz estar se sentindo como o Nixon com tanto microfone em volta.

Os supermercados estão com as prateleiras vazias como você já ouviu dizer… mas eu não tô preocupado com isso não. Os contatos na Espanha e na Itália dizem que foi o mesmo por lá… por um tempo, mas que quando o pessoal se assentou em casa, os supermercados voltaram ao normal.

Outra coisa que sumiu aqui foi headphone sem fio – bluetooth – pra essas videoconferências todas, em particular pras crianças que vão ter aula via videoconferência.

A Netflix já diminuiu a resolução do que transmite pra tentar dar um sossego na sobrecarga da internet. O governo começou a pedir pras pessoas usarem suas webcams com menos definição. Ainda não vi ninguém seriamente preocupado com isso, porém… se as conexões de internet começarem a deixar as pessoas na mão, aí sim o bicho vai pegar. Tomara que aguente!

Amigos e vizinhos já começaram a perder o trabalho ou a renda (caso, por exemplo, de gente que vive de organizar eventos culturais). Uma família de amigos em casa com pai e um dos filhos com tosse e febre, mas fora esses ainda não me deparei com ninguém que claramente tenha os sintomas, que dirá o vírus.

Uma amiga se mudou pro Devon (terra da PJ Harvey) pra começar um trabalho novo num centro cultural de lá… mas no primeiro dia de trabalho o centro fechou, a vida social fechou, e ela foi trabalhar em casa… num lugar onde não conhece ninguém.

Se aqui é assim, imagina na…

Hora de voltar pros emails com os estudantes no estrangeiro – alguns em pânico achando que não vão conseguir voltar, alguns em pânico porque não querem voltar, achando que o lugar onde estão é mais seguro que o UK.

Abração,”
Marcelo/// (leeds)

######

aTRIPA de fora, please, fica à vontade para enviar seus relatos, ok?

programa@roncaronca.com.br

eles indicarão para onde os ventos soprarão!

cheers

aTRIPA no mocó mas coladinha ao roNca…

muitas e muitas mensagens chegando d’aTRIPA amoitada em suas respectivas malocas… D+D+D+D+, obrigado a todos.

situação barra pesadíssima sem previsão de solução mas com a noção do estrago gigante que virá em pouco tempo. parece a sensação de incerteza/impotência/tristeza/desconhecimento do pós 11setembro. mas o fato é que aqui no nosso mundinho esperança & bom humor resistem ao tombo, à dor… claro, a música nos conforta e aTRIPA tem passado, exatamente, esse tipo de connection. segura a vibe do istvan…

Assunto: Porcelana na Quarentena!

“Direto do Rio de Janeura, Copacabana.

Sou fãnzaço fiel do Ronca Ronca desde 2006, programa Cabeleira Altíssima e estou de trabalhando de casa na Pandemia e bebendo café na minha Porcelana da Dinastia MinMinLing do Bibi da Santa Clara!

Neste momento precisamos que você Maurição e Nandão – a Lenda, com as mãos devidamente higienizadas e afastados 1,5 m um do outro NOS DESORIENTEM ORIENTANDO com o talento de sempre!!

Um salve a Flávio Selvagem!! Um alô no Rosvaldo e Mamede, já tão isolados eles???!!! Kkk

Forte Abs!!! Ronca Ronca – O Melhor, O Melhor!!!!”

Istvan

cineminha “john cale em SP”…

que tempos, hein?

mas aTRIPA, em performance inoxidável, conseguiu ingresso para o nublu festival com juçara marçal e john cale, no sesc pompéia, dia 14… conclusão?

de cara, ao entrar no sesc, esbarrei com ottinho… que astral e felicidade. aTRIPA estava muito bem representada por renan (ex-residente em sheffield-UK) e outros tantos que passavam balbuciando algo como: “tô de olho parado, maurição”, “quero um açaí do bibi”, “saudade do xandão” (hahahaha), “manda música, manda música”… doideira!

juçara, kiko e thaís começaram a viagem deitando os cabelos em “comme à la radio” de brigitte fontaine, “oi cat” (tantão) e outras preciosidades…

como sempre, é bom destacar a tremenda vibe alucicrazy do sesc pompéia. que lugar fueda, que assim ele se perpetue… amém!

durante o intervalo, comentei que estava ali para testemunhar mister cale realizar qualquer tipo de apresentação… mesmo que ficasse calado/imóvel por uma hora eu pediria bis, aplaudindo em cima da mesa… simples assim!

em poucos minutos john cale & trio assumiram o palco para desfilar, talvez, a História mais brutal da música planetária nesses tempos agonizantes. não sei quem pode concorrer com ele a esse espaço incomum em nossas vidinhas movidas a sons… oxente, produzir stooges, patti, squeeze, nico & etc. criar o velvet. gravar com terry riley, nick drake, kevin ayers, lowell george… lançar inúmeros discos solo de qualidade espantosa. instigar. transgredir. ousar + trocentas outras traquinagens. UFA!

enfim, a felicidade estava presente antes dele começar a missa com “helen of troy”…

… dar sequência com “the endless plain of fortune” até chegar ao trio calafrio que encerrou a experiência místca: “femme fatale”, “fear is a man’s best friend” e “sister ray” (set completo AQUI)… tudo isso a poucos metros do “é deus, mamãe”, respirando o mesmo ar… JISUS

cale estava claramente cansado (7.8), querendo distância de todos (não recebeu ninguém), doido pra vazar, com a voz desgastada… mas, como era esperado, cravou mais uma noite pra ficar forévis no coração!

em solo paulistano ainda tivemos a passagem solene da fita demo do coquetel molotov (que guardo desde os tempos da flu fm) para a rapaziada do nada-nada discos produzir um compacto com o material…

+ encontro com o mitológico tunel que fez questão de apresentar o carango que paul weller entrou numa de imitar (segundo o próprio tunel, hahahahaha)…

enfim, correria… muita gente de máscara nos aeroportos apesar de não ter avistado um ser da aviação usando a peça. nenhum piloto, nenhuma atendente. nenhum comissário… crazy!

ok, claro, cada um faz o que achar melhor em qualquer situação… mas acho que tem uma dose de loucura/desconhecimento/modismo (!) reinando forte.

pra fechar, juçara com quem – em 72 horas – cruzei duas vezes, em niterói e são paulo. até brinquei com ela: “você deveria ter chegado no microfone pra perguntar: quem aqui no sesc me viu anteontem em niterói e está aqui nesse instante?”

ela encara, dá o recado, sorri e bota a tampa no cineminha…

cheers

enola gay (ou OMD em 1980)…

The Enola Gay (/ɪˈnlə/) is a Boeing B-29 Superfortress bomber, named after Enola Gay Tibbets, the mother of the pilot, Colonel Paul Tibbets. On 6 August 1945, during the final stages of World War II, piloted by Tibbets and Robert A. Lewis it became the first aircraft to drop an atomic bomb. The bomb, code-named “Little Boy“, was targeted at the city of Hiroshima, Japan, and caused the near-complete destruction of the city. Enola Gay participated in the second atomic attack as the weather reconnaissance aircraft for the primary target of Kokura. Clouds and drifting smoke resulted in a secondary target, Nagasaki, being bombed instead.

para elevar o espírito, a existência (ou “this is religion”)…

ao dar a rotineira checada na caixa postal (SIM) do roNca, me deparei com essa maravilha enviada pelo ralph… PQP

fui obrigado a sentar no meio fio molhado (blu blu forte) para matutar sobre carmela, viola, jujuba, arrudinha & trocentas outras inspirações poderosérrimas que o roNca abriga no coração… PQP

enfim, prestenção nessa demonstration “this is religion” que chegou de londres com envelope “hand made” com detalhes em relevo e com uma caligrafia que nem o vaticano faz parecido… PQP

mamãe

( :

a mocidade detonará a mulata assanhada (ou tudo a ver com 2020)…

“Nesta segunda-feira, quando a Mocidade Independente desfilar na Sapucaí com o enredo em louvor a Elza Soares, eu vou torcer para que os deuses africanos acertem, sem um segundo de delay, todos os instrumentos da bateria em sua paradinha genial. Eu vou rezar para que mãe Menininha, homenageada em 1976, ilumine as rendas, os paetês, e em seguida assopre os bons ventos para as baianas rodarem na mesma rotação feliz do planeta.

Eu vou pedir acima de tudo para a caretice dos tempos não tomar conta da escola ao lembrar a saga desta diva empoderada, um monumento da afirmação e resistência da mulher negra. Eu vou torcer para os otários da correção histórica não cancelarem a existência da mulata assanhada Elza Soares.

Foi há exatamente 60 anos, em seu primeiro LP, logo depois do estouro nacional em 1959 com “Se acaso você chegasse”. Elza Soares balançou o Brasil com a gravação de “Mulata assanhada”, de Ataulfo Alves, o primeiro negro a entrar na lista dos dez mais elegantes do Ibrahim Sued. Foi como se o país reaprendesse a cantar.

Antes dela houve a serelepe Carmen Miranda, a dramática Linda Batista, a incomparável Marlene, a enluarada Elizete e tantas outras rainhas do rádio. Cada uma na sua. Nara sussurrava, Dalva soltava os bofes. Não sou tolo o suficiente, nem o lança-perfume carnavalesco me serviria de desculpa, para hierarquizar os méritos dessas deusas. A todas, acendo genuflexo uma vela branca nesta segunda-feira das almas.

Elza Soares inventou uma voz que balançava em harmonia com as cadeiras. Improvisava. Ela se aproveitava da recém fundada bossa nova, dos elementos jazzísticos que ouviu nas boates, sem esquecer dos tambores desde sempre na sua existência. Botou tudo no liquidificador e soltou a voz com liberdade, nos tons mais altos da escala. Tenho certeza que Alcione não é a única a lhe agradecer.

Eu vou torcer para que, em sua nuvem de purpurina verde e branca, o mestre André, da bateria dez, nota dez, erga a batuta e dê o tom para o desfile não esquecer esse início de Elza, não riscar da história a gravação de “Mulata assanhada”. Foi o seu momento mais espetacular nos anos 1960. Ao lado de Jorge Ben, Ed Lincoln e outros, ela botava a bossa nova para dançar ao ritmo do “sambalanço”, uma joia da MPB.

Será uma pena se o politicamente correto atravessar o samba da Mocidade e, como se houvesse algum motivo de desonra, apagar de uma ativista negra moderna o momento, outro contexto, em que ela se apresentou como mulata, essa palavra só agora amaldiçoada. Naquela década, gravou ainda “As polegadas da mulata” e “Mulata de verdade”. O mundo mudou e Elza foi junto, com outra consciência de afirmação racial.

Eu estou dizendo isso porque li o “Abre-alas”, o livro em que a Mocidade detalha para a imprensa o roteiro do desfile. Não há menção, em alas, fantasias ou carros alegóricos, a esse capítulo. Cancelaram a mulata. Eu torço para que lá do barracão celestial o espírito transgressor da escola, onde Fernando Pinto inventou o carnaval pop, invada a avenida e no último momento, a comissão de frente já diante do júri, ponha em cena algo que lembre esta etapa da vida de Elza, uma mulher fabulosa justamente pela trajetória de superação e adequação aos tempos.

Eu torço para que deixem a mulata sambar em paz.”

Joaquim Ferreira dos Santos

DAQUI

######

o roNca vem com essa pauta no ar há muito tempo. lembra, né? mostramos elza e elizeth cardoso interpretando esse clássico do negão ataulfo alves e comentamos de como seria impraticável ele ser cantado hoje em dia. pois é, conseguiram matar a mulata…

Ai, mulata assanhada
Que passa com graça
Fazendo pirraça
Fingindo inocente
Tirando o sossego da gente
Ai, mulata se eu pudesse
E se meu dinheiro desse
Eu te dava sem pensar
Essa terra, este céu, este mar
E ela finge que não sabe
Que tem feitiço no olhar
Ai, mulata assanhada
Ai, meu Deus, que bom seria
Se voltasse a escravidão
Eu pegava a escurinha
Prendia no meu coração
E depois a pretoria
É quem resolvia a questão
Ai, mulata assanhada

serico & the clash, outubro1981, lyceum/londres…

conforme anunciado no #375, aqui estão algumas das fotografias clicadas pelo mitológico serico quando o the clash se apresentou por sete dias no lyceum/londres, em outubro1981.

pois bem, o fio desencapado penetrou em cinco shows! como? hahahahaha… acho que nem ele sabe. o fato é que, num desses, nosso ídolo estava com a xeretinha na mão e coladão no palco… mesmo massacrado pela turba insana de adoradores de joe strummer & seus bluecaps, ele conseguiu clicar algumas vezes. imagina a pressão?

esses negativos foram enviados pra mim logo após a temporada no lyceum… cheguei a fazer uma camiseta, no final de 81, com a primeira imagem da sequência.

“sandinista” foi lançado em dezembro1980 e neguinho tava seco pra rever a banda em casa. segura…

serico forévis…

o príncipe de brixton e do núcleo bandeirante

cheers

( :

negativos & positivos (502) [legião urbana]…

legião urbana  /  jardim botânico (rio)  /  setembro1984

######

momento de agradecer ao inoxidável chapa arthur dapieve pelo convite para participar da décima edição do livro “o trovador solitario“, de 2000, com novas fotografias e letrinhas para a orelha… lançamento programado para mês que vem, batendo com 6.0 de renato.

e no que eu estava catando uma imagem para o livro, esbarrei nessa – com os quatro sorridentes – que jamais havia sido observada nesses quase trinta e seis aninhos.

negativos & positivos (500) [andy gill]…

caramba, com a de hoje são 500 imagens no “negativos & positivos”… 99% nunca haviam sido ampliadas ou vistas por mim… ou seja, quase todas inéditas, inclusive a de hoje.

fiquei matutando qual seria a de número 500, tipo responsa segurar a marca.

quando, ainda agora (são 18:30), fui massacrado pela subida de andy gill, guitarrista do gang of four, banda MEGA inoxidável formada em leeds/1976 e que já passou pelo brasa três vezes (2006, 2011 e 2018) com diferentes formações… PQP

a primeira pessoa que pensei foi dado villa lobos, fissuradão no quarteto e, mais ainda, como guitarrista, em andy… tão apaixonado que trouxe mister gill pro brasil nos shows de 30 anos da legião.

no que mandei a msg entristecida, dadinho respondeu:

– nosso mundo vai ruindo. estou a caminho do planeta atlântida, vamos abrir com “to hell with poverty”, depois vem anitta

andy gill (gang of four)  /  lyceum (londres)  /  junho1981

arrumando sarna pra se coçar (ou vai dar ruim)…

captou a mensagem acima? mais ou menos, né?

é um show do jethro tull?

se você prestar atenção ao anúncio, não verá a confirmação de ser, realmente, um show do jethro tull… são dois ex-componentes da banda (que nem são originais) interpretando o repertório do jethro.

segunda perguntinha (salve, demmy) que é a mesma: é um show do jethro tull?

hahaha… sim, quer dizer, é um show da banda (?!) com dois ex-componentes “originais”!

pronto, lascou, essa peça da propaganda “hello, crazy people” é uma ratoeira dos infernos.

imagino a reação de um fanzaço de ian anderson – sem muitos amigos ou contatos nas redes – animadão, quando abrirem a cortina e o coitado não encontrar a voz / a flauta / o compositor / a alma / porra, o JETHRO TULL no palco… mamãe!!!

após uma rápida olhada na UEBI, dá pra perceber que existem “dois” jethros se apresentando on earth ao mesmo tempo: o original com ian anderson e esse tributo com martin e barlow, dois músicos estrogonóficos.

conclusão, vai dar ruim… corre o risco de quebra-quebra, incêndio, dedo no olho & outras milongas mais… afinal, quem procura acha.

ah, pra esquentar ainda mais a chapa, parece que os ingressos estão acabando… jisus

(sp/5, curitiba/6 e rio/8)