Todos os posts de mauval

tárik de souza no #218, hoje, às 22h…

tarik1

a leNda do jornalismo brasileiro a bordo do #218… muita atividade que será um programa pra colar a orelha ao radinho, climão AM… total.

destaque para o livro “sambalanço, a bossa que dança” e sua respectiva trilha sonora (elza soares, orlandivo, ed lincoln, eumir deodato, joão roberto kelly, miltinho, lafayette)… casca!

é às 22h, aqui mesmo no poleiro

diz pra gente, pete…

who

The Who plan 2017 shows in North and South America

The Who’s manager Bill Curbishley discussed plans for upcoming shows in North America and South America in a recent interview with the BBC. This is exciting news, as it will be the first time The Who will play in South America! According to Curbishley, they are putting together a tour that includes North American dates in August and September, followed by 5 shows in Brazil, Chile, and Buenos Aires, Argentina in September. It is likely that they will appear at the popular Rock in Rio festival that will be held September 15 – 24. Other possible cities include Sao Paolo and Porto Alegre in Brazil, and Santiago de Chile. These have yet to be confirmed.

Here is an excerpt from Bill Curbishley’s BBC Radio London interview.

“I’m busy at the moment putting together some North American dates for later in the year for August and September, and then, I still can’t believe it, but we’re going to go down for the first time ever to South America. And I know quite a bit about South America, my wife is Argentinean, and I know what great audiences they are. I know it’s going to be really fantastic. So we’re playing there in September, we’re doing three shows in Brazil, one in Chile, and one finally in Buenos Aires at River Stadium. Recently we did some shows in America in the desert with the Rolling Stones, Roger Waters, Bob Dylan, Neil Young, they were really great. So it was two different weekends. It was the Sunday of one weekend and Sunday on the following weekend, but on the Wednesday, I booked them in to Mexico City.  We went there and it was unreal. The first thing was, I don’t think anyone of the audience’s feet touched the floor for two hours. But secondly, it was a young audience. We got used to this aging fan base over the years. Prior to that we played Italy, and that was a young audience and it was great, but then Mexico was something else. So Pete Townshend said to me ‘Now I know why you’ve been pushing us all this time to play South America!’ And he was still buzzing for like two weeks after that.”

Pete discussed how excited he was to play to younger audiences on the last leg of The Who’s tour in an interview with Rolling Stone.

“In Germany and Italy, and Bologna specifically, at least 65 percent of the audience were under 30. Now, when we went to Coachella, we were also playing to an audience that was about 50/50 millennials on the one hand – fuck knows why they were there but they were there, and I’m not gonna try and explain it – and people of our age and younger. But in the middle, we played in Mexico, and that was like Bologna turned up four; the audience was very, very young, but they knew the words of every song and they sang them the whole way through. And on both nights, when I went to bed, I couldn’t sleep. I’d try to sleep and I couldn’t sleep. I was tired, but I couldn’t sleep, and I wondered why. And I think it was because the little artist inside me was excited. I feel I’m still riding on a bit of that now.”

So stay tuned as more dates get confirmed for 2017! As always, we will be covering all of the shows this year on our Who tour pages!

Pete Townshend

DAQUI

a cabeleira do zezé…

Insubordinate man with zipped mouth

.

Governador Valladares, que merda, hein? Digo, como vai, vai bem? Escrevo aos corvos que repartem minhas grossas linhas em seus voos pelo Rio de Janeura que leio aqui em Islamabad, minha terra, minha bolsa, minha vida, que um bando de piranhos de velcros envenenados resolveu censurar marchinhas de carnaval desgraças ao politicamente correto. Valladares, nosso rei, Valladares, tempestade no deserto,  Gov de todos nós eu amo o Paquistão porque aqui não tem essa porra de correto em nada. Aqui, em vez da “cabeleira do Zezé” o povo canta “olha o cabeçudo do Zezé”, chutando cabeças degoladas de empoderados metidos a achar pentelho em ovo. Como bem disse um líder aqui do meu quarteirão “ninguém manda em ninguém nessa porra; aqui é Tim Maia’s Law: “só não pode dançar homem com homem, nem mulher com mulher”.
O que se comenta aqui no Baixo Islamabad é que o carnaval do Rio vai pras picas em breve. Motivos: muita mulher gostosa, muito pau no lorto, muito minete, gritaria, alegria, alto astral, liberdade, bêbados, mijões, cagões, porradaria, quebra-quebra. O que os politicamente corretos querem é que em todos os blocos a macharia se fantasie de escoteiro e as mulheres de saco de alpiste, já que o bando da sapataria paquetá quer nivelar por baixo, na base “se não tem pra mim que sou canhão e baleia, não vai ter pra ninguém”. Chegaram ao cúmulo de fantasiar a ex-mulata Globeleza (
mulata tá proibido) de Vovó Donalda sem exibir um mísero pentelho. Aí, o Crivella vai adorar, vai fazer seu filho – que acabou de empregar como chefe da casa civil – escrever uma lei chamada “Destrepa Tudo”. O velho Criva vai virar governador do Estado, depois presidente, sendo sucedido por hordas de bispos da igreja do tio. Assim para o furor uterino dos politicamente corretos, o Brasil vai se tornar um estado radical evangélico, pior do que o estado islâmico.
Sinto vergonha vendo João Roberto Kelly quase chorando por ter tido ceifadas do reinado de Momo suas músicas como “Cabeleira do Zezé”. O bando do “velcro unido jamais será vencido”, vulgo cerol de glande, acha que “transviado” é o mesmo que viado. Nem o dicionário consultaram. Está lá. Transviado: aquele que se transviou; quem se afastou dos bons; um outsider; um Daminhão Experiença, um Milton Mete em Negro, um Pedro Blackhill.
E você me imagina voltando para aí? No cu, rolinha! Prefiro o atraso assumido das escravas sexuais, poligamia, suruba, ópio e geordnt (manguaça daqui) do que essa trolha chamada censura enterrada na boca. Ummagumma Ferrare – Centauru´s Massage Inc. Corp. Islamabad, RJ, Ponto Com.

o rádio hertziano…

radio

A demissão da equipe da MPB FM pegou de surpresa ouvintes e suscitou onda de lamentos nas redes sociais sobre o fim de mais uma emissora relevante no cenário musical carioca. Desde a zero hora desta quinta-feira, 1º de fevereiro, a frequência 90,3 MHz passou a replicar o sinal da vizinha BandNews Fluminense FM. As queixas sobre a perda de espaço para a cultura nacional se multiplicam, mas, para entendermos o que há por trás de mais este movimento de desinvestimento (para usar um eufemismo tão em voga no mundo da comunicação), é preciso contextualizar a encruzilhada com a qual o rádio se defronta no Rio de Janeiro e em outras capitais.

O rádio hertziano fatura cada vez menos, na esteira da profunda depressão econômica que atravessamos desde 2015. Radiofrequências são um bem escasso: desde os anos 1990, o dial carioca está totalmente loteado entre empresas (sobretudo privadas), muitas delas sem qualquer atividade além do gerenciamento de contratos de gaveta. Os “inquilinos” se sucedem a cada três ou cinco anos, sem lógica aparente, levando à eliminação de marcas estabelecidas.

A sucursal da BandNews no Rio abriu as portas em 2005, ocupando os 94,9 MHz que já tinham sido referência para a música independente, nas ondas da Fluminense FM, a Maldita. O surgimento da Band no mercado carioca levou a CBN a “matar” outra rádio tradicional, a Globo FM, bem colocada no segmento adulto contemporâneo – em poucos meses, a frequência 92,5 MHz passou a replicar o sinal da CBN AM. Em 2009, a Tupi AM fez o mesmo movimento em direção à Frequência Modulada, deslocando a Nativa, emissora de música popular dos Diários Associados, da frequência 96,5 MHz para 103,7, e com isso tirando do ar no Rio a tradicional rede Antena 1. Em resposta, a Globo AM arrendou a frequência da antiga Manchete FM, 89,5 MHz.

Com o AM em declínio (apenas um em cada dez ouvintes do rádio estão hoje nas ondas médias), houve uma corrida por posições em FM, que ficou sobrevalorizado nos últimos anos. Corre no mercado carioca que a Record, quando estava bem das pernas, ofereceu R$ 100 milhões por uma frequência bem no meio do dial carioca, pensando na formação de uma rede All News que acabou não saindo do papel. A proposta teria sido refugada pelo concessionário, que certamente tinha um horizonte de continuar faturando alto nos anos seguintes.

Só que vivemos, nos últimos anos, um ponto de inflexão. Contratos de arrendamento fechados por valores estratosféricos inviabilizaram diversos negócios e estão sendo revistos. O Sistema Globo de Rádio devolveu a posição de 89,5 MHz e tirou do ar a Beat 98, emissora própria, para abrigar a Globo AM na Frequência Modulada. Mesmo sempre disputando a liderança de audiência, a Beat virou uma programação automatizada rodando num notebook da Rua do Russell, assim como a antiga Globo FM. Já as Emissoras e Diários Associados devolveram os 103,7 para a Antena 1 e acabaram com a Nativa.

Era esperado, infelizmente, que a MPB FM, criada em 2002, seguisse o mesmo caminho, a partir do momento em que a empresária Ariane Carvalho vendeu 50% do negócio para o Grupo Bandeirantes, há cinco anos. A direção da Band não se pronunciou sobre o destino da frequência, mas o mercado já projeta a devolução dos 94,9 MHz para o Grupo O Fluminense, de Niterói. Nenhuma rádio, hoje, tem condições de fazer frente a um custo fixo anual de R$ 3 milhões a R$ 5 milhões, só em arrendamento de posição no dial – sem falar nos custos com folha de pagamento, equipamentos etc.

O leitor pode estar se perguntando: mas este não é um mercado clandestino? Vender frequências não deveria ser passível de punição? Em tese, de fato, o Estado poderia reaver as concessões de radiofrequência que se tornaram moeda de troca e descumprem a legislação em termos de representação da diversidade social e cultural do país. Na prática, no entanto, não há fiscalização. Estima-se que mais da metade das emissoras comerciais em operação no país esteja com outorga vencida e nem sequer pediu renovação. Nesse contexto, empresários arrendam suas posições no dial para quem oferecer mais. O que embaralhou as cartas é que há cada vez menos interessados em pagar pequenas fortunas por um negócio de horizonte incerto – como fizeram os donos da Rádio Mania, que desalojou a ressuscitada Cidade, única rádio rock no dial carioca, em julho de 2016.

Quem perde com a situação? Todos nós, ouvintes, naturalmente, que somos privados de emissoras que cumpriam um papel cultural destacado. No caso da MPB FM, uma emissora adulta contemporânea de conteúdo 100% nacional, muitos comunicadores deixarão saudades – a voz-padrão do inigualável Fernando Mansur (40 anos de ficha corrida no rádio carioca), Valéria Marques, Daniella Lapidus –, bem como programas do naipe do Palco MPB e do Samba Social Clube. Os ouvintes, claro, se sentem desrespeitados, até pela forma como as mudanças são conduzidas. À meia-noite, uma voz gerada em São Paulo irrompeu no meio dos versos de “Quem te viu, quem te vê”, de Chico Buarque, em versão de Zeca Pagodinho – aquela canção dos lindos versos “Hoje o samba saiu procurando você / Quem te viu, quem te vê / Quem não a conhece não pode mais ver pra crer / Quem jamais a esquece não pode reconhecer”.

Rádio só funciona se criar vínculo, formar hábito, se tornar imprescindível. Com um dial em permanente mutação, ao sabor de negócios nada republicanos, vão-se os hábitos e a fidelidade de uma audiência hoje cada vez mais disputada por outros atores do entorno digital, como os serviços de streaming. Pela frieza dos números, entende-se. Pelo afeto envolvido, lamenta-se. E muito.

Marcelo Kischinhevsky. Jornalista, doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ e professor do Departamento de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCS/UERJ), onde coordena o AudioLab.

DAQUI

coNfusão, o carne & aTRIPA…

ronca-cortina

volta e meia comento no programa como é lamentável – e sofrido – eu não me fazer entender por deficiências minhas de comunicação… levando o assunto a um nível brutal de batatada… ainda mais pelo fato do programa ser ao vivo… lascou, tá dito tá eternizado. ou quase!

mas como a atenção d’aTRIPA é absolutamente cabriocárica, em certas ocasiões, dá tempo de acertar as arestas na edição seguinte do roNca.

pois bem, semana passada, no #217, logo ao início do voo, comentei que o carne doce não se parece com nada, que a banda é – simplesmente – o carne doce… em seguida, eu disse que algumas influências no CD são bem audíveis.

hahaha… que momento!

mas é por aí mesmo… tipo o grande the orb (produtor dos paralamas) que chegou pro gerente e disse: “chefe, comprei uma pasta igualzinha a sua, só que é diferente”!

anyway, anyhow, anywhere… o carne doce – na minha opinião – não se alinha com nada que esteja por aí mas dá pra sentir referências de outros colegas… afinal, como dizia joão saldanha:

– ninguém é filho de chocadeira

tudo isso por conta da mensagem inoxidável enviada, da suécia, pelo gustavão:

Assunto: #217 The Fall, influências Carne Doce

 

“Fala Mauricio!
Depois de ter ouvido o #217 coloquei como dever de casa ouvir as bandas CAN e The Fall de quem eu nunca tinha ouvido falar. Sendo que o  CAN vcs tocaram em alguma edicão recente, né?  Eu gostei de algumas músicas do disco Rite Time, mas confesso que não entendi muito bem, pelo menos ainda, o som deles. Já o The Fall, putz, muito foda ! Gostei logo de cara. Muito maneiro. Inclusive tem uma música chamada Totally Wired, que foi gravada pelo The Last Shadow Puppets, projeto do Alex Turner do Arctic Monkeys, na verdade essa música saiu em um EP a versão demo agora no fim de 2016.
Uma dúvida: você disse que nego te pergunta ”Ah , o Carne Doce se parece com o que?” Ai vc disse que não tem muita referência, é simplesmente o Carne Doce, mas na mesma frase vc disse que é possível perceber claramente ali várias referências, fiquei confuso. Se possível dá uma clareada nessa parada ai no #218.
Valeu!
Forte abraco,”
Gustavo.