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pacha, a consagrada, beNto ribeiro, o K7, uns beijos e o #434…

Subject: Uma sincronicidade fodida
“MauVal, espero que tudo esteja bem aí contigo no teu bunker.

Tem coisa de uma semana que estava conversando com a consagrada sobre um amigo que era muito querido meu, e a vida foi embaralhando os caminhos e a gente deixou de se ver. Foi ele quem me apresentou o RoNca RoNca lá no final da década de 90. Eu estudava à noite e saía tarde, e ele muitas vezes gravou o programa em K7 para mim. E foi com ele também que estive em uma festa do RoNca no Barman Club, em Copa. A gente despencava de Bento Ribeiro, subúrbio profundo do Rio, para ir sacudir o esqueleto na Zona Sul com o teu som.
Daí que eu tô aqui trabalhando e escutando o programa de quinta-feira, e eis que no final tu canta a lista dos nomes dos ganhadores do sorteio de ingresso duplo para a festa e tava lá o nome dele. Que inclusive tu dá uma zoada: Eduardo Turzchnek (ou algo assim).
Na sequência tu ainda sacaneia o Yuka com um email de uma mulher chamada Janine, que muito provavelmente foi a mesma Janine que dei uns beijos numa festa do RoNca – talvez nessa mesma aí do sorteio. Até porque não é um nome tão comum. Ela era de Niterói, muito gente fina e muito gatinha.
Olha, MauVal, que viagem no tempo tu me proporcionou, viu.
Sei nem mais o que dizer. Foda demais.
Abração,”


Pacha

aTRIPA aglomerada no #434…

Assunto: #434 | batendo fundo

“Pô Mauricio,

Agora pegou pesado, viajei fundo aqui nesse outro busão clássico do RJ…

Primeiro bate aquela falta de gente boa – não que não esteja em falta, mas cada um é cada um, né bicho? Yuka falando, sempre aquele astral, tudo o que ele representou e produziu, isso foi fundo…

Acabei me reconciliando aqui com o Rappa, que tava de certo modo na minha escadaria pessoal. A gente que tava naquele movimento dos 90 chegando a 00, Rappa com um primeiro disco muito pancadão lindo, maior orgulho que a gente tinha, e depois de alcançar aquela onda mega pop acabou me deixando meio saturado. Só pra sacar a loucura: quando o Asian Dub Foundation tocou no Canecão em 2001 abrindo pro Rappa (ok, sofri mas entendi coisas de headline local…) eu e um camarada fomos embora logo depois do Asian. Hahahahah… uns malucos do lado de fora quase xingando a gente…. Pra mim não tinha condição de escutar nada depois do ADB também naquele auge de Rafi’s Revenge e Community Music…  E, naquela onda de recusa de entrar em contato com a porrada, fugimos do show.

Mas, também tava surfando naquela vibe Tabla Beat Science, pistas de DB loucas virando a madrugada na sala 2 da Matrix, Marky alucinando em Copa no meio da semana (e você evocando essa viagem no programa também, faltou o especial com o Lauro), eita saudade da porra! Puro teletransporte.

Corta para: negócio de Rick Martin na época que artista não podia sair do armário que dava ruim pra ele… E nem tinha rede social pra acabar com o sujeito, o povo queimava o sujeito na praça mesmo, parava de comprar disco, de ir a show. Pelo menos mudanças boas aí nesse mundo de pandemia-pandemônio que estamos navegando…

Pra mais doideiras explodindo o olho parado rastejante, ainda me saca o Bill Laswell no meio do caminho, que também me lembrou um muito tocado aqui Dreams of Freedom do Bob Marley. Pra mim um disco que tira ele de qualquer escadaria (ainda que as vozinhas da velha guarda feminina do samba estejam bem lá nos dubs… hahahahaha, sinto muito, Nandão).

Épico, esse vai demorar pra pessoa se recuperar!
Grande abraço!”
Gracindo.

+

Assunto: #434

“Caros MauVal e Nandão!

Como já havia dito uma vez, fiquei um bom tempo sem acompanhar seu programa, logo pode imaginar como me senti ouvindo essa relíquia de Fevereiro de 2000 na Rádio Imprensa, que soou inédito para meus tímpanos!
Clima fantástico no estúdio ao som dO Rappa!
E aí me pergunto (posso nao ter percebido), mas porque não ter uma vinheta com o Laurinho? pois o acervo é grande! pelo menos umas 3 deveriam existir!

Grande Abraço!”
Demétrio

+

Assunto: SÃO MUITAS EMOÇÕES

“Ô de casa!! O mundo só girando, muita atividade, e a gente tentando ficar com a cabeça no lugar. Que fase né… Pandemia alterou bastante o curso das coisas aqui, mas a saúde aqui ainda prevalece. Ufa! 2020 foi o ano que eu resolvi sair do trampo-de-carteira-assinada pra ficar só na música. Saí em fevereiro, em março, pandemia – agenda zerou, mas consegui me virar bem por conta das economias, que acabaram, obviamente. Bem, no final das contas também foi nesse fluxo maluco que consegui lançar minhas primeiras músicas (ainda sem chance de prensagem, então só online mesmo). Galera gostou, tá gostando; lancei uma primeira trilogia de singles pra ver se conseguia contribuir de alguma forma com as dificuldades desse tempo. Tanto deu certo que to preparando o primeiro disco, vai chamar Matutando Sonho. Com a banda Macaxeira, estamos com o disco pronto, mas soltando as músicas uma-a-uma, naquele esquema ‘bora render’. Ficou bem bom o trampo. E outras três bandas, K2, Segundo Departamento, e iúna, todas também com discos de inéditas engatilhados ahahah ou seja, tem coisa desmoronando mas muitas outras boas coisas surgindo. Maluco né? Mando abaixo os três primeiros singles do meu trabalho, claro que queria mandar material físico né, mas… ainda não tá dando ahaha…

Bem, ouvindo o #434, eternizando o registro do programa do Rappa na íntegra. Que demais hein. Obrigado por ter realizado tudo isso. E salve Shogun! Realmente, só de ouvir esse programa bate uma alegria foda.

Espero que esteja tudo bem contigo, Nandão, e respectivas famílias. Grande abraço e seguimos!”

Pedrinho

fabiano, os meninos, orson e o disco enferrujado…

Assunto: #433 na uebi

“valladão:
o ronca segue salvando a bagaça.
confesso: tenho aquele primeiro disco do joão bosco, e acho que só tinha ouvido uma vez. pulava sempre pro segundo, caça a raposa e pro terceiro, galo de briga o pros que vinham depois. mas caraca. o eremita fez todo mundo sair da tumba por aqui. mas não é james bond não. é mancini. da marca da maldade. orson welles gastou metade do orçamento pra filmar estes tres primeiros minutos em plano sequência.
a bagaça tá tão sinistra que tenho saudade até de andar de 433 lotado.
e os meninos aqui volta e meia me pedem pra ouvir o disco da caixa enferrujada. (ver foto anexo) apesar de mr. lydon ter virado um velho podre e reaça, o pil ainda segue firme na prateleira de casa.
é isto. abrazos pro nandão e sigam em frente que o resto todo tá sinister.”
fabiano

zottoni, cartola e a fanfarra festiva tricolor…

Assunto: Verde, Rosa, Branco e Grená

“Fala Mauval… Aproveitei o feriado de sexta-feira para tirar o atraso dos últimos dois programas.

Aproveito pra registrar que agora quem quiser bater um papo com Cartola não precisa necessariamente subir a serra.

Se chegar na rua Pinheiro Machado 50, pode encontrar o Agenor de Oliveira vestido com as cores que herdou, sobre fundo nas cores que ele nos deixou.

Iniciativa dos amigos da Fanfarra Festiva Tricolor num projeto que começou a pintar os muros de Laranjeiras com homenagens à ídolos da música que dividem a paixão pelo Fluminense. Te mandei algumas fotos do processo.

Levei o manto hoje cedo para trocar uma idéia com Cartola na esperança que em 2022 o sol nascerá.”

ZOttoni

o fantasma chegando…

Assunto: Operário Ferroviário e Vasco da Gama vão abrir a série B em 2021!

“Maurição, quem diria…

Nem nos meus melhores sonhos eu imaginaria que tão cedo teríamos uma partida oficial, valendo muito, entre o Fantasma e o Vascão.
Alvíssaras aos deuses do futebol, que nos concedem essa honra.
Quer dizer, não sei se os vascaínos estão assim tão felizes quanto os operarianos, mas acho que sim, né? Como operariano, eu espero nada menos que uma partida à altura dos dois clubes, independente do que estar na série B signifique para cada uma das torcidas – e certamente, não temos a mesma visão a respeito do campeonato. Mas nossas histórias, tradições, torcidas e paixões trazem uma boa dimensão do que será esse encontro épico.
Eu vejo isso como um presente. Obviamente, temos muito respeito pelo Vasco. A oportunidade de medir força com um dos grandes. Uma honra!
Ainda que eu preferisse o encontro entre nossas tradicionais torcidas em condições menos obscuras, não marcadas pela tragédia da pandemia e sua “anti-gestão” no Brasil bolsoafetivo, penso que, pelo lado positivo, esse encontro será sem dúvida nenhuma, espetacular. Já está marcado na história do futebol brasileiro e dos nossos clubes.
Fossem outras as condições, e vc pode ter certeza, eu estaria em São Januário. No segundo turno, se houver condições, você já esteja mais do que intimado a assistir à partida de volta na Vila Oficinas, em Ponta Grossa.
Bom, neste ano, não tem churumelas – chegou a hora da verdade, e eu espero que essa partida possa ser apenas a primeira de muitas de um jogo que já nasce clássico. Estou muito confiante de que nossos próximos encontros serão na série A.
Um abraço cabriocárico e fantasmagórico”

André

romulo, luiza e o #434 (ou o coração triturado)…

Salve, MauVal!

(Alerta de textão)

“Rapaz, o blu blur de quinta feira foi forte – e foi em plena madruga, no sapatinho, pra não acordar a madame. Que presente pra torcida! (E eu lembro de VÁRIOS trechos. Doideira a memória da gente)

Ouvir o Ronca de fevereiro de 2000 me fez pensar no Romulo de fevereiro de 2000, e como eu seria outra pessoa se não fosse o Ronca Ronca. Sem uma grama de exagero, pela amor de Pai Santana!

Eu aprendi a ouvir música pra valer, todo e qualquer tipo, no Ronca. (Inclusive o prazer de ouvir uma música pela primeira vez) Aprendi que Cartola, Bob Dylan e Fela Kuti conversam. Que o bom é juntar, não separar. Isso é lição de vida, que espero passar pra Malu.

O Ronca Ronca é uma entidade gregária. Você já parou pra pensar na quantidade de gente e coisas que juntou?

Esse Ronca com o Rappa é a prova disso. E é um negócio tão legal que todo mundo tem vontade de participar. De estar junto. E nesses tempos pandêmicos isso faz toda diferença.

A última vez que vi Allan e MAM, dois membros honorários da torcida do Ronca – foi em janeiro de 2020 . Foi também a última vez que fui ao Rio, para fazer uma série de entrevistas com um pessoal das escolas de samba. Bebemos uma cerveja na Tijuca com mais uma amiga, a Carol, e depois passamos na casa do Allan. A surpresa dele era uma caneca do Ronca que ele tinha guardado pra mim! Choray, claro!

(Espia os registros do momento da entrega e da peça milenar já às margens da não tão plácidas do Ipiranga.)

Abraço, obrigado e vida longa. Venceremos.”

/+/

Romulo

ps: a Janine que você menciona no fim do programa é a Janine Lima? Se sim, mais uma: fui ao show do Blur em 99 com um ingresso que ela ganhou no Ronca!

+

Olá Mauricio,

Tudo bem por aí?

Quero dizer mesmo é que mais uma vez o RoNcaRoNca me fez chorar de emoção.
Puta que parile!!! Que foda esse programa com O Rappa.
Sem palavras para dizer a felicidade que o RoNca traz sempre, toda semana, todo ano, há décadas, há mil e trinta e poucos programas! Eu escuto muito podcast, aula, jornal, sons em geral para aprender coisas. Acho que é uma certa nostalgia do rádio. E hoje pensei no quanto o RoNca RoNca é uma escola. Eu amo escola, acredito na escola, acho que só a educação salva. Obrigada por nos educar há tanto tempo. Queria dizer também que me lembro de algumas vezes em que fui feliz, tipo vontade de rir de felicidade com o que a vida proporciona e muitas delas foram ouvindo o RoNca. Me lembro de estar sozinha, triste com alguma coisa importante (ou não) da vida e depois de ouvir o programa tudo mudar, me lembro das risadas como as que saíram hoje com o Rappa, de sempre ouvir coisas que nunca ouvi e de ter a sensação que a vida vale a pena.
Obrigada por continuar a fazer esse programa tão fundamental há tanto tempo, por insistir, por manter o compromisso. É uma honra viver na mesma época que você e poder ouvir o RoNca RoNca toda semana.

Beijo enorme,”

Luiza

+1 na plataforma…

Subject: Ganharam mais um fã!!!!!!
“Caríssimos Mauricio e Nandão. Tudo na paz?
Confesso que fiquei admirado e ainda mais apaixonado por musica… Falo de música de altíssimo nível como encontrei no programa de vcs que até então não conhecia.Cito exemplos: Elza Soares, João Bosco músicas do mundo como Fela Kuti e outros mais.
Sou profundo adorador do Rock clássico, porém Tenho uma paixão pela música de origem africana, principalmente o estilo Funky..
Gostaria de escutar Cymande e Ify Jarry Crusade com Every likes Something good.
Sou geólogo e trabalho embarcado em plataformas de petróleo… Aqui a vida não é nada fácil… mas é muito intensa!!
Gostaria que vcs enviassem por favor um grande abraço aos meus amigos que levam o sustento à família nesta árdua labuta.
Um abraço e parabéns pela riqueza de musicalidade do programa de vcs!!”
Marcos Vinicius

julio e a porcelaNa…

Assunto: A tragédia da porcelana

“Fala Mauval, sente o drama.

Botei ontem minha relíquia da Dinastia Mim Mim Ling com água no congelador pra pegar um fresquinho e criminosamente esqueci. O gelo forçou o fundo da porcelana e…

Já não posso fazer como a Araci e dizer que não tenho saudade de nada.”

Julio

caramba, a chapa tá muito queNte…

Assunto: Ainda sobre o #433

“Salve, Mauval e Nandão, A Lenda!

Como vamos?
Rapaz, que programa foi esse hein? fui atropelada por esse #433!

tô achando demais esse movimento com o João Bosco, hein! Só acho que ele deveria estar presente em mais umas edições seguintes do ronquinha… 😊
Sou fissurada nos discos dele da década de 70.
Aldir e João me fazem companhia há anos. Quase que diariamente!
Tem muita coisa pra conhecer ainda né… Todos os dias a gente tem a possibilidade de ouvir algo genial do mestre. Ontem mesmo, escutei o Cabeça de Nego, por indicação do Zé. Um disco de 86, que eu nunca tinha chegado nele… Discasso! E um tempo atrás, ouvi uma versão que ele fez pra Vatapá (do Caymmi) que eu fiquei altamente de olho parado rastejante! Vale dar uma conferida!

Uma outra coisinha que queria comentar, que tbm tocou meu coração nesse #433, é sobre o primeirasso do Quinteto Armorial…
é o disco preferido da minha irmãzinha Maria Júlia! 🙂 Diz ela que é música das histórias de princesas… Hahah
Segue uma fotoca dela, com o disco do “pássaro de fogo”

Grande abraço!
Até quinta!”

Nathalie

+

Assunto: Saravac

“Oi Mauval, Oi Nandão
Que pepita do Hudson, hein…
#433 D+, na sequência de voos cabriocáricos, mamãe! Sempre aqui com os cintos apertados e botões prontamente desabotoados com o radinho na orelha.
Então quer dizer que tem amigo que não está entendendo muito bem, com dificuldades para acompanhar o trelelê, do francês descacetê do jumboteco?! Vai que na uébi já se pode encontrar um tutorial, hein… um wikihow… um podcast com explicações… merece uma pesquisada.
Meus queridos, nesses tempos de incontinência emocional total, o roNquinha é um oásis de peace and love.
A propósito, cai por acaso no canal do ytube do Scandurra e puxa, que alegria. Ele conta algumas historinhas sobre sua carreira, de forma bem leve e carinhosa, com os olhinhos apertados de guaxinim, enfim, vale a visita.
Um grande beijo, sigamos vivos no caos da sobrevivência.”

Sissi

+

“MauVal e Nandão,

Só hoje consegui escutar o #433 e a fala do Apolinho e a discussão sobre o registro das coisas me encafifou. Concordo com vocês que hoje tudo é registrado e automaticamente tudo é armazenado. Mas a desgraça do negócio não é mais o registro em si, mas a tal da indexação. A questão é: se tudo agora é guardado, como eu encontro as coisas? Um exemplo simples: se eu hoje buscar no Google (que é obviamente o maior buscador do planetinha) ou mesmo no Spotify a palavra “Apolinho”, eu não vou conseguir chegar ao #433. Simplesmente porque eu não busco “dentro” do áudio. Hoje, eu preciso de conteúdo textual junto a esse podcast (a descrição dele, as palavras-chave, etc.) Se nesse conteúdo não existe o texto “Apolinho”, eu não vou achar.

Claro, documentar é o primeiro passo. Digitalizar e guardar em um lugar seguro. Mas se não tivermos estratégias de indexar esses conteúdos multimídia, não vai adiantar nada. Será muito conteúdo, em uma escala inimaginável, e não encontraremos merla nenhuma.

A parte boa é que já temos tecnologia pra isso. Dá pra pegar o #433, jogar em algumas ferramentas/algoritmos e transcrever ele todo, com uma eficácia beeeeeem boa. Mas aí depende de tempo, grana, armazenamento, ferramentas…

Enfim, o mundo tá olho virado rastejando pro caos. Mas acho que se a gente tratar com carinho dá pra fazer umas coisas fodas.

E aproveitando o frete do email, que coisa absurda é o João Bosco. E pensar que é um cara que nunca estudou música formalmente. E que como faz falta a inteligência do Aldir Blanc. MauVal conectou uma parada que seria sensacional: o Kiko Dinucci produzir ele. O Rastilho é filho direto de João Bosco, né?

Grande abraço,”

Herbert

tô achando que deixamos a rádio tupi pra trás…

na boa, vou dar uma consultada no IBOPE pra saber como anda a audiência do roNca. afinal, pela quantidade de mensagens sobre o #433, creio que jah passamos a rádio tupi… UHU!

ih, o IBOPE acabou… lascou!

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Assunto: Filme

“Diga lá, MauVal,

Acabei de ouvir o #433 e, mesmerizado como sempre, esbarrei no trailer acima. Fizeram um filme sobre um camarada que invade uma emissora e obriga o DJ a tocar The Smiths a madrugada inteira.

Só quem ouve o Ronquinha entende o desespero do rapaz. Longa vida à boa música!

Abcs, olhos parados rastejantes,”
Renato

+

Assunto: A onda de 12 metros

“Alô, Mauval! Alô, Nandão, a lenda!

To aqui doido com Fiona Apple. Tô aqui descobrindo que as cores do mar e a festa do sol do João Bosco não são brinquedo não. O primeiro disco do cara é grosseria pura. E chegar no 430 com a minha pranchinha de nadar crawl e pegar uma onda de 12 metros logo de cara com Elza Soares e Wilson das Neves? Eu não tenho estrutura pra um evento desses. E isso que eu tô descrevendo aconteceu só no último mês. Repito: SÓ NO ÚLTIMO MÊS DE PROGRAMA! É grosseria demais. Minha dívida de ouvinte com vocês tá maior que a minha dívida habitacional com a Caixa Econômica Fuderal. Por favor, não me cobrem nunca esses juros compostos de anos de ronquinha me fazendo descobrir Primal Scream, Cartola, Nick Drake, Devotos do Ódio, Chapterhouse, me informando a quantas anda a cabeça de Damon Albarn e seus 20 mil projetos. E reggae, amigo? Eu comecei a gostar de outros ritmos ouvindo o ronquinha. Agora eu pulo do rock pro reggae pro samba e pro jazz com uma naturalidade que só quem apertou o cinto pro jumboteko decolar consegue entender.

Vou parando por aqui porque já me perdi na desorientação. Tô pegando a minha pranchinha da natação, meu pé-de-pato e já tô esperando o próximo caldo.

Abraços!”

Leo

o #433 segue balançando a roseira d’aTRIPA…

Assunto: Não Leia isso… (é só para chamar a atenção)

“Porra, tá funcionando aí?

Rapaziada, dois amores: Fotografia e música…
Mauval, vc faz os dois…
Então assim; 42 anos, pobre, negro, taxista (carrego essa maluquice que orienta desorientando desde antigamente com alguns dos passageiros perguntando que porcaria de programa é esse que eu escuto… Alguns poucos sabem do que se trata e o que representa), fotógrafo amador, laboratorista profissional…
Escuto essa bagaça desde a Imprensa “que eu gamo” onde o Funque era dominante nessa terra de São Jorge (São Sebastião perdeu o posto para o protetor da malandragem).
Gargalhei com Felipe Ferrare, me vi amigo de Yukão sem nunca conhecer pessoalmente, conhecido de Nandão que nunca me viu nas terras de Arariboia, conterrâneo do Seu Vajão { [ (insulano) sou nascido na Ilha ] }, catador de endereços nas “páginas amarelas” (leia Google) para saber uma porra de uma localização do BAR.ONE, que acredito ser em Marte e que o João BARoNe seja dono… Frequentador e morador do local onde existe um portal para a imensidão (Lapa).
Venho através deste e-mail perguntar se o Sr possui o disco Afrika Gumbe de 1989. Onde existia um sujeito (Marcelo Lobato) que se mudou para O Rappa.?
Se não possui, diga-me qual porra de portaria que eu deixo essa obra de arte (disco) para que vc utilize.
Vi naquela parada que balança para lá e para cá que é um LP de certo esmero pois vale alguns “muitos” Reais. Mas essa parada não me importa, sei que será muito bem guardado e utilizado por vc caso, não deixe a janela aberta para chover e molhar…
Aproveito para pedir o seguinte, toca Daqui pro Méier do Eduardo Motta em homenagem aos motoristas de táxi que se encontram em extinção.

Obs: esse e-mail encontra-se pronto em rascunho a 1 ano e meio e escutando o #433 vi que vc falou sobre a minha classe e resolvi enviar… Manda um bj para minha esposa que já está viciada nessa desorientação. Bete.

Sem mais, subescrevo-me cordialmente.”

Hudson

+

Assunto: #433

“Fala Mauricio,

Rápidas notas sobre o programa…

433 fazia ponto final ao lado de onde morava em Vila Isabel (saudades)

Caralho duas pedradas pra abrir hein, que instrumentação foi essa na canção do João Bosco hein, eu meio que me perdi nas informações, Rogério Duprat era o responsável pelas cordas e etc? Outra perguntinha pertinente, quem foi o nosso Quincy Jones dessa geração brasileira do fim dos 60 e início dos 70? Foi ele o Duprat? Procurei rapidamente com os estagiários sobre ele e achei muita coisa desencontrada.

Apolinho foi sensacional, minha infância de Maracanã e rádio globo passando na minha frente, quando entrou a vinheta do assovio depois então… rolou uma lágrima aqui, na honestidade.

E sobre o falar sem entender do que está falando. Rola uma página de brasileiros em Montreal no quase finado FB. Uma vez por mês vem alguém que acabou de mudar e abre um canal sobre como é a vida no Canadá… zzz zzz puta merda, eh muita presunção e desconhecimento de querer dizer como é a vida aqui quando você chegou tem 4 semanas né… to aqui a 5 anos e ainda to tentando entender e essa galera já tá graduada. Podcast de gato total.

Salve quem realmente entende do que está falando!

Sobre o Raconteurs. Em 2005 tava dando uma chegada na finada Virgin store de San Francisco e tinha um palcozinho com um violãozinho e um teclado. Pra resumir era o Brendan Benson que depois chegou com o Jack White pra formar os Raconteurs. Foi espetacular, voz violão e um tecladinho acompanhando. na época tinha comprado minha primeira câmera digital e tava sem bateria nem espaço pra filmar nada depois de um dia de turista em SF.
Comprei o álbum, alternative to love. Esse cara tem um lugarzinho no meu coração. Fazia live todo dia na pandemia, com seu imenso cigarrinho de artista e seu violão.

Grande abraço a você e Nandao,”

Gustavo

aTRIPA esmigalhando o #433 e o #432…

Assunto: #433

“Fala Mau Val,
cara que bula a do #433!
– mais uma –

Diz aí Nandão, o que é o tempo?

Em pleno 25 de março de 2021
ouço um programa musical atualíssimo que
abre com Boscão, ainda no clima Ouro Pretano,
descoberto por Vinícius de Moraes
e abraçado pela nata dos músicos
da época… depois você morde um Bibi e pelo canto da boca
manda um esporro na ALERJ, aproveitando pra ralar a agulha no
primeiro LP com o transe sonoro do Weather Report… porra!
Pensei, agora vai rolar uma pausa pra respirar…

paul newman, vc abre o baú e chama o Apolinho Washington Rodrigues
com o show da madrugada falando pela primeira vez em uma emissora FM.
Podia ter acabado por aí que o olho da geral já estaria parado…

Que nada, vc ainda tira da cartola Hermano, Suassuna e o
movimento Armorial, um clássico entre clássicos da Marcus Pereira,
Jorge Ben apagando velinhas, Kinks e não satisfeito tira onda demais com a Metal Box…

Consequência, saí dançando rumba cubana igual zumbi atrás de vacina!

Porra Mau Val só vc mesmo, só o ronquinha!”

Fabio

+

Assunto: Estrogonófico #433

“Caros MauVal e Nandão!

O inoxidável #433 está devidamente documentado e guardado para os verdinhos… bem que poderia ser depositado numa metal box como o PIL…
Aliás, que programa…
O cão estava descansando, língua pra fora, olho fitado no nada, quando passam por ele JB com o eremita, Tom Jones com sua versão da salada polk de annie e Racounteurs… o cão pirou, e seguiu sua interminável caçada!
Como se não bastasse, nosso querido Apolinho direto de 91 (esse programa tb me lembrei)

Abraços!”
Demétrio

+

Assunto: Tom Jones!!!!

“Mauval, meu amigo, tudo bom? Bom dia pra ti e pro Nandão!

Rapaz, o #433 está sensacional, de arrebentar a bombacha do vovô.

Fiquei especialmente comovido com o resgate de Sir Tom Jones, que é um dos mais queridos cantores da minha humilde preferência. Não por coincidência, saiu uma caixa violenta com DEZESSETE DISCOS do homem pela Decca Records, a The Complete Decca Studio Albums Collection, com quinze discos do cara, gravados e lançados entre 1965 e 1975 e uma compilação dupla, chamada HIDE AND SEEK, que pega sucessos e lados-B.

Sempre achei a canastrice do Tom absolutamente sensacional, um exagero na medida, dando a impressão que ele ia morrer após algumas interpretações, tamanho a força do cara na voz.

Eu não sei se entendi direito, mas ele não subiu há algum tempo, tá firme e forte, com 80 ANOS.

É isso, meu caro, queria te dar um abração por fornecer esse combustível de criatividade e novidade (nova ou velha) pra gente, que teima em levar a música a sério. Você é o cara.

Grande abraço,”

CEL

+

Assunto: JB

“Mauricio,

Estou uma semana atrasado na audiência do programa, acabei hoje de ouvir o #432 – sorte que estava de máscara, pois quase chorei dentro do supermercado quando vc colocou as duas músicas do Tiro de Misericórdia.

É meu disco preferido do João Bosco.

Em janeiro de 2020, dentro da Oficina de Música de Curitiba, semanas antes de iniciar a pandemia, JB fez um show histórico e sensacional no Teatro Guaíra em Curitiba, acompanhado do Vocal Brasileirão… assim… eu já assisti muitos espetáculos na minha vida, mas foi um negócio de arrepiar… emoção pura.

Obrigado, Mauricio,

Grande abraço,”

Terence

+

Assunto: João Bosco aqui é matéria obrigatória!

“Fala MauVal! Tudo certo?

Cara, to pra te escrever desde a semana passada e não consegui.

Aquele “tiro de misericórdia” no final do #432 me pegou de jeito. E, pelo jeito, não foi só em mim não, né?

Mas não tem como ser diferente. João é gênio!

Eu cresci ouvindo meu pai e a família dele tocando violão e cantando JB. Era “kid cavaquinho”, “papel marchê” e outras. Mas a que eu mais gostava era ‘Rancho da Goiabada”, com todo mundo cantando junto na cozinha da casa da minha vó.

E aqui em casa JB continua sendo matéria obrigatória. Olha a Maria Antonia aí com essa pérola na mão!

E esse vídeo aqui que tá no youtube, já deu um confere? É o programa “Repertório Popular” da TV Cultura, gravado em 1979. “Tiro de misericórdia” fecha o programa, tal qual o #432. É muito foda!

Grande abraço pra você e para o NaNdão!”

Rafael

leandro, o #432 e a fuleiragem…

Assunto: Sobre o #432

“Tenho que confessar que sou um recém-convertido ao programa, apesar de conhecê-lo “de ouvir falar” há décadas. Hoje tenho que concordar com o Zé Flávio que me disse, há uns anos, que a “cena de São Paulo” teria muito a ganhar se tivéssemos tido acesso ao programa nos anos 80 e 90, quando um certo “xiitismo” fazia parte de nossas vidas.

Gostei muito da última edição, até porque também entrei tardiamente em uma fase João Bosco e, só agora, me dei conta de como ele é brilhante, mesmo achando aqueles boleros dele meio pentelhos, bem como as versões “definitivas” feitas pela Elis para as suas músicas. Mas concordo com o Valladares: ele precisa passar por um processo de “johnnycashzação” e ganhar mais prestígio e respeito (mas, por favor, não pelo Di Nucci haha).

Aliás recomendo que vocês escutem no Spotify a versão comentada de um disco recente dele chamado Abricó de Macaco onde ele desvenda um pouco seu método de trabalho. Tem muita história boa ali, a começar pelo fato do disco ter sido gravado ao vivo em estúdio e tudo de primeiro take. Ou seja, sim, o cara é absolutamente foda e está em uma casta de músicos brasileiros abençoados (no violão pós-JG diria que ele forma um quadradinho mágico com Ben, Toquinho e Gil).

Voltando ao programa, eu gosto mesmo é da mistura de alta cultura com uma certa fuleiragem, algo que eu sempre valorizo na arte, na cultura e nos seres humanos em geral (uma vez disse para o Pedro Só que se tivesse a chance de ter a minha revista faria uma Mojo com espírito galhofeiro, e chamaria ele para editar…).

Enfim, eu tive que escrever para vocês pq o último programa fez com que eu me lembrasse dessa foto que fiz há uns dois anos e, acho, tem o espírito do programa…

Sucesso”

Leandro